22| conflicts

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Aisha Collins

Novamente acordei com uma leve dor de cabeça pelo vinho que tomei ontem, por mais que tenha sido apenas uns goles, foi o suficiente para me causar dores de cabeça.

Na real, talvez minha dor de cabeça seja por outro motivo. Eu não conseguia parar de pensar no meu beijo com Nicholas.

Eu não deveria, de forma alguma, ter feito isso. Não posso esquecer o que ele me fez, que matou Carl.

Mas é tão difícil resistir a ele.

Gemi de frustração afundando meu rosto no travesseiro, querendo ser outra pessoa, qualquer outra pessoa.

Tomei coragem e me levantei da cama, indo ao banheiro. Me olhei no espelho e fiz uma careta ao ver o chupão que ele deixou em meu pescoço.

Escovei meus dentes e lavei meu rosto, depois passei uma base para esconder e fiz o melhor que pude.

Troquei de roupa rapidamente ao perceber que estava atrasada e desci para a cozinha.

— Como foi ontem? — escutei minha mãe perguntar quando entrei na cozinha.

— Foi bom. — eu disse me sentando na mesa e colocando café em minha xícara.

— Me de detalhes. — minha mãe pediu se sentando na minha frente.

— Não tem detalhes nenhum para dar, mãe.  — ela me olhou fazendo um biquinho.

Bebi meu café de uma vez e me levantei.

— Já vai?

— Sim, estou atrasada. — eu disse dando um beijo em sua bochecha. — Te amo.

— Também te amo. — escutei ela dizer e sai de casa.

Entrei em meu carro e fui para a padaria, chegando lá, coloquei meu avental e fui atender como de costume.

Até entrar alguém que me deixou surpresa: Dustin.

Ele se sentou em uma mesa e eu fui o atender.

— Bom dia, o que vai querer? — perguntei educada e ele me olhou também parecendo surpreso por me ver aqui.

— Um cappuccino e um croissant. — ele disse e eu anotei. — Pensei que nunca mais iria te ver.

Franzi o cenho e ri.

— Um pouco melancólico. — eu disse e ele riu.

— Um pouco. — deu de ombros.

Analisei seu rosto, vendo que não estava mais machucado.

— Me desculpa por, você sabe... — eu disse um pouco envergonhada.

— Não tem que se desculpar por algo que não é sua culpa. — ele disse e eu dei de ombros.

— Mesmo assim, me desculpa. — pedi e ele me olhou por alguns segundos, pensando se deveria falar algo ou não. — Pode falar. — eu disse.

— O que? — perguntou confuso.

— Você quer me falar algo, pode dizer. — eu disse sorrindo.

— Você poderia me fazer companhia, o que acha? — perguntou com medo de eu dizer não.

— Até faria, mas não posso.

Eu realmente gostaria de fazer companhia a Dustin, ele parece ser um cara legal.

— Que tal na sua hora de almoço? — perguntou e eu pensei se deveria aceitar.

Ele me olhou com uma carinha de quem implorava por isso e eu ri.

Dark SoulmateOnde histórias criam vida. Descubra agora