62| heir

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Nicholas Hall

Caminho calmamente, enquanto escuto os gritos de dor e sofrimento das pessoas. Eu sinceramente não me importava, todos os que estavam aqui, pagavam o preço do que fizeram em vida.

Alguns demônios quando me vêem  abaixam a cabeça por medo. Outros me olhavam com raiva, mas ainda sentia o medo deles. Todos compartilhavam da mesma covardia, nenhum tinha coragem para me dizer o que pensa.

Mesmo eu e meu pai tendo nossas diferenças, eles sabiam que eu era filho do rei deles, e consecutivamente, o único herdeiro. Eles me deviam respeito.

Ao entrar na sala onde meu pai ficava, o avisto em seu trono.

Assim como os humanos na época medieval tinham seus tronos para o rei, o diabo decidiu os copiar, criando um castelo e um trono para ele, e assim ele se divertia bem mais ao punir as pessoas e ser vangloriado por seus subordinados.

Ele amava isso.

— O que faz aqui, Nicholas? — sinto em sua voz o quão descontente estava.

Ele me encara de cima.

— Precisamos conversar sobre sua puta. — seu rosto se transforma em uma carranca pela forma pejorativa que me refiro a Taylor.

— Não chame ela assim. — seu tom era ameaçador, mas não me intimidava.

— Quer que eu chame ela como? É isso o que ela é. Você é o único que não enxerga isso. — o escuto respirar fundo e o vejo apertar as mãos em punho. — Mas não é disso que quero falar.

Ele arqueia a sobrancelha, esperando que eu continue.

— Fique longe de mim e Aisha, se não Taylor não vai durar muito. Mal voltou a vida e já morreria, seria uma pena, não acha? — solto irônico.

— Acho que você está muito confiante para vir aqui chamar minha mulher de puta e ainda exigir coisas. Está  se esquecendo quem eu sou? — se levanta e se aproxima em passos lentos.

— Um pai de merda? Não tem como esquecer isso. — em um piscar de olhos ele avança em mim, agarrando meu pescoço com força.

— Escuta aqui, filho — sua voz saí sarcástica enquanto ele aperta meu pescoço. —, deveria agradecer de eu ter deixado você e sua namoradinha vivos.

Me solto dele com um empurrão.

— Fizemos um acordo. — digo cerrando o maxilar.

— E eu estou cumprindo, não? Você está vivo e a vadia também. —

Impossível não sentir a raiva incendiar dentro de mim pela forma que chama a Aisha. Mil e uma cenas de como eu o mataria se pudesse se passa em minha mente.

— Pois eu quero que você e Taylor sumam. — ele solta um riso balançando a cabeça.

— Você acha que está em posição de exigir algo? — pergunta irônico.

— O que quer para nos deixar em paz? —um sorriso cresce em seus lábios.

Ele é o diabo. A única forma de conseguir algo com ele, é negociando.

— Um herdeiro. — franzo o cenho. — Você não está apto pro cargo.

— Oque? —

— Tenho rancor demais de você para deixar tudo em suas mãos. Mas também não daria tudo para um demônio qualquer. — explica. — E eu adoraria ter um neto.

— Se eu tivesse um filho, você não chegaria perto. Muito menos Taylor. — digo sério.

— É o que você acha? Pois está muito enganado. — coloca suas mãos no bolso. — Aceita a proposta ou não?

Dark SoulmateOnde histórias criam vida. Descubra agora