36| killer

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No capítulo anterior muita gente ficou na dúvida de quem era Amber e muitas acharam que é a madastra do Nicholas, e não é gente, ela é personagem nova.

Desculpem a demora e boa leitura

Aisha Collins

— Está me escutando, Aisha? — perguntou se virando na minha direção e tirando um walkie talkie da cintura e colocando em cima da mesa que tinha ali. — Tem um desses na mesa para você falar comigo.

Olhei para os lados, achando a mesa no canto e o outro walkie talkie. Peguei o mesmo com minhas mãos trêmulas e apertei o botão verde para falar.

— Por favor, nã- — ela me interrompeu.

— Não comece com essa de "por favor não mate" e blá blá blá. — disse zombando e afinando a voz. — Pensei que o amor da sua vida fosse menos dramática, Nick. — seu tom sarcástico e o apelido pelo qual chamou Nicholas, fez o mesmo travar o maxilar.

Eu sabia que na mente dele, ele imaginava mil formas de como a mataria se pudesse. Seu olhar para ela demonstrava isso.

— Aisha, isso é um jogo muito interessante, tenho certeza que você vai gostar. — ela disse sorrindo.

Engoli em seco ao ver minha mãe se mexer, mas ela não acordou. Meu coração estava doendo de medo do que aconteceria com ela e com o Nicholas.

— Você já assistiu jogos mortais? Vai ser quase isso. — seu tom animado me dava a certeza de que ela era sádica. — É o meu filme favorito, sabe? E hoje eu vou me inspirar no Jigsaw.

— Você é ridícula. — disse o Nicholas revirando os olhos e ela o olhou irritada, mas não fez nada.

Ela andou em direção a porta e saiu. Eu rapidamente peguei o walkie talkie para conseguir.

— Nicholas, o que eu faço? Eu não posso deixar minha mãe morrer. — eu disse desesperada.

— Seja o que for, Aisha, pode falar pra ela fazer comigo. — ele disse tentando se soltar, mas isso só fazia seus pulsos sangrarem mais.

Ela voltou com uma fita em mãos e cortou um pedaço dela colando na boca de Nicholas.

— Você fica quietinho. — ela disse dando dois tapinhas por cima da fita, fazendo ele a encarar furioso. — Bem Aisha, vamos começar? — perguntou sorrindo.

Ela se abaixou e pegou um balde que até então eu não tinha olhado e se aproximou de Nicholas e jogou a água por cima dele. Eu engoli em seco vendo ela pegar outro balde e jogar da mesma forma em minha mãe.

— Tem três botões perto da janela um verde, uma amarelo e um vermelho, está vendo? — perguntou.

— Estou. — respondi com a voz falha.

— Aperte um.

— O que vai acontecer?

— A cadeira é uma cadeira diferenciada, ela da choque e é ativada por um botão, e um dos três botões ativa o choque das duas cadeiras. — disse andando para trás do Nicholas e tocando na cadeira.

— E como vou saber quem vai levar o choque? — perguntei franzindo o cenho e me aproximando dos botões.

— Só iremos saber quando você apertar o botão. — ela disse e eu senti minha respiração pesar.

Fiquei sem falar nada por alguns segundos, com medo do que aconteceria com minha mãe caso eu apertasse o botão de sua cadeira. Mas ao mesmo tempo me sentindo mal em saber que Nicholas iria se machucar, mesmo tendo a certeza de que isso não o mataria.

Dark SoulmateOnde histórias criam vida. Descubra agora