Capítulo 8

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Carlos Eduardo

- Pare de se desculpar e saia da minha piscina. - Caminho até a borda e me ajoelho para olha-la mais de perto.

Pelos refletores localizados dentro da água, observo seu corpo seminu. Ela se abaixa de modo que fica somente com o pescoço da fora d'água. Percebo quando cobre os seios, e me olha envergonhada sem tirar seus olhos azuis dos meus. Seus cabelos longos se espalham pela água rondando-lhe com perfeição. Sua pele morena, molhada dá um toque lascivo, que parece me convidar para junto dela.

Fui ao bar mais badalado da cidade, bebi algumas doses de uísque, mas o tédio me fez voltar para casa mais cedo. Dei a noite de folga a Mateus, liberando meu carro para que passeie um pouco pela cidade. Ele parece ser ambicioso, com certeza deve estar paquerando algumas garotas, deixando implícito que é um homem rico.

Dissipo meus pensamentos, quando os olhos azuis, límpidos, de Leyla roubam minha atenção novamente. Ela morde o lábio inferior e me fita com uma expressão para além de sensual. Percebo mistério e ao mesmo tempo, medo em sua face.

O jeito que essa menina me olha definitivamente me incomoda. Em alguns momentos sinto raiva quando nossos olhares se conectam. Algo em mim a rejeita, mas ao mesmo tempo, sinto uma atração quase incontrolável, uma vontade intensa de toma-la em meus braços, da maneira mais insana e mais selvagem que posso ter uma mulher.

Desvio minha atenção para a área gourmet e caminho até o armário de onde pego um meus roupão e volto até ela.

- Tome! - Estendo a mão afim de lhe entregar o objeto, mas Leyla continua imóvel. - Saia da minha piscina, se vista e suma das minhas vistas. Eu poderia demiti-la agora...

Me faltam as palavras quando Leyla usa a escada para sair da água. Cada movimento dela, chama ainda mais minha atenção. E eu juro, juro que em toda a minha vida nunca vi corpo mais bonito.

Ela está vestida num conjunto de lingerie azul, que por estar molhado, mostra um pouco mais do que deveria. Não consigo deixar de admirar cada centímetro de suas curvas arrebatadoras.

A brisa da noite faz sua pele arrepiar, e engulo em seco quando Leyla vem em minha direção. Envergonha, tentando se cobrir.

Abro a peça que ainda tenho nas mãos e aceno para que ela se vire. Sob um olhar protestante, ela obedece, me deixando cada vez mais excitado. Leyla enfia os braços nas mangas do tecido felpudo e num lastro de insanidade, enlaço sua cintura com a corda do roupão, fazendo nossos corpos grudarem. Sinto seu corpo molhado, trêmulo, e encosto minha face na dela. Na cuidadora do meu filho. Na mulher que me enlouquece cada vez que sinto seu cheiro.

Ela se assusta com meu ato, e sinto sua respiração alterar, instigando ainda mais o meu desejo.

- O que o senhor está fazendo? - Pergunta quase num sussurro.

- Aquecendo você. - Digo tentando controlar meu instinto selvagem de possuí-la aqui mesmo, no meio do jardim.

Olho para os lados me certificando de que não há nenhum segurança por perto, e de maneira impetuosa viro seu corpo em minha direção. Leyla engole em seco, e segura meus braços, enquanto me fita assustada.

- Por favor, Senhor Carlos Eduardo.

Enquanto ela fala, o resquício do seu perfume invade meus sentidos, me fazendo perder o restante do meu controle.

Seguro sua nuca com firmeza, enquanto a mantenho presa a mim pela corda do roupão. Sinto minha ereção latejar por trás da calça e quando ela vira a cabeça para o lado só consigo encarar a boca de Leyla, entreaberta, esperando por mim.

Trapaças do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora