02 | Rio 40° graus.

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Ayla

Depois de uma noite maravilhosa no maraca, eu fui pra casa, feliz da vida. Eu já tentei diversas vezes levar cartazes pedindo camisas dos jogadores, só a do gabigol eu já perdi as contas de quantas vezes eu pedi.

Mas infelizmente eles não viram, nunca tive a sorte de encontrar eles por aí, no supermercado, shopping, praia, nesses lugares. Meu pai disse que o Gabi mora no mesmo bairro que a gente, só que eu nunca encontrei com ele na rua, mas se encontrasse, eu com certeza desmaiaria.

Eu sou o tipo de menina fanfiqueira, eu só consigo dormir, se montar uma história na minha cabeça. Sempre que eu tenho o tempo livre, eu fico no wattpad, minhas histórias preferidas são sobre jogadores ou morros.

Nesse momento eu estava no meu quarto, pensando em uma forma de conhecer meus ídolos. Às vezes eu acho que sonho demais, tenho que começar a ser mais realista.

Levantei da cama e fui pro banheiro, fiz minhas necessidades, escovei os dentes e fui tomar banho. Hoje era um dia de sol, muito sol, então aproveitei pra lavar meu cabelo.

Depois de sair do banho, vesti um cropped preto e um short jeans, penteei o cabelo e deixei secar naturalmente.

Abri a janela do meu quarto e arrumei a cama. Desci para comer e meus pais estavam na mesa, tomando café.

— Bom dia. — falei sem muita animação. Ainda era cedo.

— Bom dia. — responderam em coro.

— E Aí, como foi o jogo ontem? — minha mãe perguntou.

Ela é arquiteta, às vezes fica até tarde na empresa, e ontem foi uma dessas vezes.

— Foi muito bom, o mengão ganhou. — respondi sorrindo e ela sorriu também.

Ela não gostava muito de futebol, mas torcia pro Vasco, e mesmo sendo minha rival, sempre me apoiou.

— E o gabigol, jogou ontem? — ela sempre pergunta sobre ele. Na cabeça dela, eu tenho alguma chance com ele, não sei da onde ela tirou isso.

— Jogou, fez um gol e perdeu quinhentos. — falo sendo realista.

— Esse é o gabigol que eu conheço. — meu pai falou rindo, e eu o acompanhei na risada.

— Já pensou sobre qual faculdade vai fazer? — minha mãe perguntou, mudando de assunto.

— Quero fazer jornalismo esportivo. Mas eu não sei se tenho que fazer a faculdade de jornalismo ou se existe algum curso já pra minha área.

— Não acho necessário fazer faculdade agora, Você terminou a escola ano passado, e nós ainda estamos no começo do ano. - meu pai diz enquanto coloca café na xícara.

— Seu pai tem razão. Por que esse ano você não foca na loja que você queria abrir, e ano que vem você pensa na sua profissão. O que acha? — minha mãe fala, me lembrando da ideia que eu tive a um tempo atrás.

Assim como o jornalismo esportivo, eu também queria abrir uma loja, ou de roupas comuns, ou de roupas do Flamengo.

— Eu pensei nisso, ia falar com vocês, pra ver o que acham.

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora