17 | Uma amizade pode surgir...

5.9K 322 120
                                    

Gabigol

Vencido pela curiosidade, decidi perguntar o significado das letras na pulseira.

- Ayla? - chamei sua atenção, fazendo ela olhar pra mim. - O que essas letras significam? - apontei pra pulseira e mesmo não estando tão claro, consegui ver ela corar, mas sorriu esticando o braço na minha frente.

- Esse "G" e "B" é do seu nome, Gabriel Barbosa. - olhei surpreso pra ela, que sorriu sem graça. - E o "G", "D" e "A" é de Giorgian de Arrascaeta. Os pingentes vermelho e preto, é pro Flamengo.

- Caralho. - foi a única coisa que eu consegui dizer. Eu nunca tive convívio com pessoas que sejam muito fã. Todo mundo gosta de mim, mas não ao ponto de ser fanático.

- Foi uma forma que eu encontrei de homenagear vocês, que são meus ídolos e dão tudo de si pelo meu time. Eu sou muito feliz em ter vocês no Flamengo. - ela sorriu, e um sorriso lindo pra porra.

- Obrigada, de coração mesmo. Isso foi lindo. - abracei ela, que pareceu surpresa, provavelmente eu a peguei desprevenida. O cheiro do cabelo dela invadiu minhas narinas e o seu perfume também.

- Meu casal. - rodinei falou, fazendo a gente se afastar. - Não, não, podem voltar a se abraçar. - ele sorriu, atraindo a atenção de alguns jogadores.

- Que casal viu meus amigos. - João chegou, se juntando as graças do rodinei.

- De novo essa história de casal? Vocês não cansam? - perguntei encarando os dois patetas.

- Quando você assumir que concorda com a gente, talvez podemos parar. - rodinei falou, logo em seguida saindo dali.

- Não me olha com essa cara não, eu concordo com ele. - João riu e saiu também.

- O rodinei é engraçado né? - Ayla falou enquanto sorria e olhava pra suas próprias mãos.

- Ele é muito idiota, isso sim. - passei a mão no cabelo. Ayla olhou pra minha ação e pareceu pensar.

- Por que você não volta pro loiro pivete?

- Qual é, até tu? - perguntei rindo, ela sorriu sapeca. - Pô, vai falar que meus cachinhos são feios?

- Não, claro que não. Você fica lindo de qualquer jeito. - falou tão naturalmente, mas depois arregalou os olhos, parecendo perceber o que falou.

- Obrigado. - agradeci, rindo da cara dela. - Quem sabe em uma final de libertadores, eu não volte.

- Vou esperar ansiosamente. - ajeitou o cabelo pro lado. Comecei a reparar no cabelo dela, era lindo pra caralho e um pouco grande. Quantas voltas deve dar na mão? - O que foi? - perguntou sem graça. Eu devo ter brisado olhando pra ela.

- Nada não, tava só vendo teu cabelo. É aplique? - ela arregalou os olhos e negou rapidamente.

- Não, é meu mesmo. - riu enrolando ele com os dedos. - assenti, não sabendo mais o que falar.

Logo o pessoal voltou pra mesa. Bebemos e quando a bebida tava começando a subir pra mente, fui pra pista dançar, colocaram minha música "sei lá" aí eu perdi totalmente o controle do que eu tava fazendo.

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora