19 | A vermelha...

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Ayla

Conversar com o Gabriel é muito bom, e por mim eu ficava o dia inteiro fazendo isso, mas eu tinha que ir pra casa. Depois de comer na mesa com ele, fui pra cozinha lavar a louça. Mas fui impedida pelo mesmo, que disse que eu já fiz demais e agora era a vez dele, nem protestei, me encostei na bancada, e fiquei observando ele lavar a louça, todo concentrado, o que deixava ele ainda mais lindo.

Ele terminou em questão de minutos, e fomos pra sala. Nos sentamos no sofá, não muito próximos um do outro, ele ligou a tv, colocando no video game.

- Gabi, eu tenho que ir embora. - anunciei, fazendo ele me olhar.

- Mais já? - assenti. - Fica aí pô, sabe jogar fifa? - balancei a cabeça sorrindo. Eu não era muito boa, mas gostava muito de jogar, principalmente com o meu pai. - Então, fica aí e joga comigo.

- Eu adoraria, mas você deve ter várias coisas pra fazer nesse domingo sem treino. - ele negou e largou o controle na mesinha de centro.

- Tenho não, vou ficar em casa jogando mesmo, mas com companhia é melhor ainda, te levo em casa mais tarde. - me olhou com uma carinha na qual foi impossível negar. Porra Gabigol, porque você tem que ser tão lindo?

- Tá, tá bom. Eu fico, mas saiba que você vai levar uma surra. - ele gargalhou, deixando amostra aquela sorriso que me deixava fraca.

- Bora vê então. - brincou pegando outro controle e me entregando, ele configurou tudo certinho e se virou pra mim. - Com qual time tu quer jogar?

- Daqui do Brasil ou lá de fora? - perguntei ajeitando minha postura no sofá.

- Qualquer um, eu gostaria de jogar Premier League, mas tu escolhe. - deu de ombros.

- Então vamos jogar Premier League, se importa de eu ficar com o Chelsea. - negou, sorrindo de lado.

- Vou ficar com o Arsenal, o time dos Gabriels. - gargalhei, realmente o Arsenal adorava um Gabriel. Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli, Gabriel Magalhães.

- Espero que você esteja fora da visão deles. - comentei enquanto escolhia o uniforme e configurava tudo direitinho junto com ele.

- Eu adoraria jogar na Inglaterra. - falou com o tom brincalhão, mas que me deixou com medo de um dia isso acontecer, por mais que eu saiba que é muito provável, já que ele é novo, joga bem e é decisivo. Olhei pra ele assustada e ele riu, riu muito. - Você precisava ver sua cara. - continuou rindo.

- Não brinca com isso Gabriel, não podem tirar meu 9 do Flamengo. - olhei pra frente fazendo um biquinho triste, que involuntariamente saiu.

- Relaxa aí gatinha, tem propostas, mas nenhuma me interessa, não pretendo sair agora, mas não prometo que vou ficar aqui até o final da minha carreira. - explicou encostando as costas no sofá.

- Eu sei, é que eu não tô preparada pra esse dia. Acho que nenhum Flamenguista tá, você e o arrasca são meus jogadores preferidos, óbvio que quando esse elenco se desfazer, eu vou sofrer muito, mas você e ele é totalmente diferente, são os meus protegidos, eu amo ver vocês jogarem. - disparei, agora olhando nos seus olhos, que me olhavam atentamente. Larguei até o controle de lado.

- A gente não vai agora, e mesmo que isso aconteça, você ainda vai poder ver a gente jogar. - sorriu de lado.

- Não é a mesma coisa Gabi. - só de pensar nisso, me dá uma vontade tremenda de chorar, qual é cara, são meus meninos, eu não quero eles longe, queria que eles fossem eternos pra mim, pra nação, pro Flamengo. Acho que o Gabriel percebeu minha aflição, porque me puxou, encostando comigo no sofá, deitei minha cabeça no peito dele o abraçando forte, como se ele fosse fugir e puta que pariu, não canso de falar o quanto ele é cheiroso.

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora