14 | Uma comemoração polêmica.

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Gabigol

Eu senti que vacilei com ela, e pretendo resolver isso hoje. Obviamente não tinha mais necessidade da gente se ver, já que eu já realizei o sonho dela.

Ayla é uma menina linda, mas eu nunca me envolvi com alguém igual a ela. Que é fanática por futebol e ainda mais pelo time que eu jogo.

- Ae beijinho, tem que dar a vida em campo hoje em. - ouço Marinho falar pro Ayrton Lucas. Dou risada, eles são resenha demais. - Da risada não Gabi, o conselho serve pra você também.

- Dando conselhos que nem você segue. - falei fazendo o Ayrton gargalhar.

- Escute o que eu falo mas não faça o que eu faço. - Marinho falou se levantando. Estávamos almoçando no ct.

- Esse conselho aí eu sigo, até porque eu não sou louco de fazer o que você faz. - ele se virou e me encarou.

- Então comece se resolvendo com a menina de ontem. Ela é muito legal pra você dar um fora nela. - caralho ele ainda tá com isso na mente.

- Tem nada pra resolver não. - neguei com a cabeça levantando também. Ele arqueou a sobrancelha e continuou andando.

O resto do dia foi bem tranquilo, treinamos e viemos aqui pro Maracanã. Agora o Dorival tá passando instruções aqui no vestiário.

O jogo é contra o Atlético goianiense, no Brasileirão. É importante porque se ganharmos, assumimos a liderança que agora está com o Internacional.

- Falou com ela Gabi? - Arrasca cochichou perto de mim. O olhei confuso, tantas mulheres no mundo. - Com a Ayla. - revirei os olhos. Tanta insistência desse povo na menina.

- Falei só ontem a noite arraysca, se eu tiver com cabeça a gente se encontra depois do jogo. - ele assentiu percebendo que eu não queria falar sobre isso. - E você, se resolveu com a mulher? Parece mais feliz. - ele sorriu, um sorriso largo. Nem precisava responder, já tava estampado na cara.

- Siim! Se resolvemos.

- No minino foi uma briguinha besta. - ele negou.

- Não foi não, eu explico depois do jogo. - assenti. Dorival chamou a gente pra subir pro campo e nós fomos.

Como sempre o Maracanã estava lotado. Aquele mar vermelho e preto, era a coisa mais linda. Não pude deixar de sorrir. Montamos a fileira pra cantar o hino e depois nos posicionamos pra começar o jogo.

Uma coisa que me deixava irritado era o juiz, esse Klaus sempre implicava comigo e na maioria das vezes não dava vantagem pro Flamengo.

Quando eu falo que isso aqui é uma várzea, eu sou errado. Mas no fundo todos sabem que eu tô certo, só não querem assumir. Pra falar a real eu até gosto disso, ser superestimado, deixar falarem e falarem.

Aí eu mando a resposta em campo, não precisamente fazendo gol, e sim dando assistência e se mostrando ídolo a cada jogo que passa.

O Atlético goianiense não jogava encaixadinho, então era fácil passar por eles, principalmente na defesa. Foi em uma dessas que saiu o nosso primeiro gol, uma cavadinha do Ribeiro, com passe de ninguém mais ninguém menos que Giorgian de Arrascaeta.

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora