22 | Preocupação...

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Ayla

- Eu tô te falando cara, ele voltou com a loira oxigenada. - Beatriz fofocava enquanto eu me maquiava. Eu só sabia rir do jeito que ela falava, mas não podia negar que estava super incomodada com aquela notícia.

Simplesmente saiu nos sites de fofoca que o gabigol foi visto com a Rafaella. Não sei nem por que eu tô surpresa, ele não larga o osso.

- Tô nem aí que ele voltou pra ela bia, somos amigos. - ela fez cara de deboche, obviamente não acreditando em mim.

- Garota, contra outra né. Rolou mó climão entre vocês, tu dormiu na casa do cara, teu sonho é pegar ele e você me diz que não tá nem aí pra essa notícia? - assenti enquanto passava o rímel no olho. - Um caralho, hoje no jogo vamos pro vestiário e quero ver você não falar com ele.

- É claro que eu vou falar, assim como vou falar com todos os outros. - bia revirou os olhos e foi sentar na cama, puxando o celular do bolso.

Confesso que eu me incomodei, se existia alguma chance, ela foi pro ralo agora. Apesar que eles só foram vistos juntos, não tem nada certo, mas é algo que já dá pra sacar vindo dos dois.

Hoje o Flamengo enfrentaria o Grêmio nas oitavas da copa do Brasil. Primeiro jogo aqui no maraca e o próximo vai ser no sul.

Como eu não perco nenhum jogo do Fla, estou me arrumando pra ir pro Maracanã. Coloquei uma camisa do Flamengo que tinha o nome do Arrascaeta.

Terminei de me arrumar e levantei atrás do meu celular, pra tirar uma foto. Beatriz me olhou com a sobrancelha arqueada.

- Que foi mona? - perguntei brincando com ela, que gargalhou, mas sinto que não foi pela minha fala. - Tá doidona é?

- Cara... - deu uma pausa pra rir. - Tá indo com a blusa que tem o nome do Arrascaeta por causa do que rolou lá do Gabigol e a Rafaella? - neguei rapidamente. Menina chapada.

- Claro que não louca, deu vontade só. - ela assentiu, nada convencida.

- Sei. - riu e se levantou. Tirei as fotos, umas até com ela. Fomos no carro dela até o Maracanã.

As mulheres dos jogadores vão ficar na parte da área vip, a Mylla até perguntou se eu queria ficar lá com elas, mas educadamente eu neguei. Prefiro mil vezes o setor norte, que isso, ainda mais em mata mata. Torcida vibra e canta "a arquibancada incendeia", essa é de arrepiar.

No telão mostra a escalação, e a ansiedade toma conta de mim, decisão me dá vontade de ir no banheiro um monte de vezes. Nem consegui dormir a noite, passei a madrugada vendo o documentário do gabigol, sim, dele mesmo. Eu nunca canso.

Minutos depois os jogadores já estão em campo, enfileirados e respeitando o 1 minuto de silêncio, que obviamente ninguém respeita, mas eu faço questão, já que é um momento delicado.

Logo o juiz apita, a bola rola e meu coração acelera. Do meu lado, a Bia está muito calma, não é o time dela então provavelmente por dentro ela deve tá secando o Flamengo.

A bola corre, assim como os jogadores, e eu torço pro "imortal" ser mortal dessa vez. Assim como várias outras vezes.

Agora a torcida canta "em dezembro de 81" e sim, pedimos o mundo de novo, traz ele pra gente mengo, eu te imploro. Copa do Brasil não é o mesmo sentimento que libertadores, mas é muito bom também. Se eliminarmos o Grêmio vai ser uma emoção e tanta, poxa, eles tem 5 copas do Brasil.

Olho pro ataque do Grêmio chegando no gol do Santos, meu coração erra uma batida, mas pro meu alívio, David Luiz tira a bola dali e chuta pra longe, sedendo um escanteio pra eles, que graças a Deus não dá em nada.

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora