51 | Dengo.

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Gabigol

Entrei no carro já pegando o celular pra ligar pra dhio. Digitei o número e fiquei esperando ela atender, mas só chamava.

- Atende porra. - murmurei.

Resolvi ligar pelo número normal mesmo, sem ser pelo whatsapp. Ela atendeu rapidinho.

Ligação on

- O que é? - perguntou impaciente, como se eu tivesse atrapalhado alguma coisa.

- Preciso da sua ajuda. - ouvi ela suspirar.

- Diga.

- a Ayla disse que tava com cólica, e ela tá muito sensível. O que eu posso fazer pra ajudar? - ouvi ela soltar uma risadinha.

- Que bonitinho ele preocupadinho com a namorada. - revirei os olhos, mesmo que ela não pudesse ver. - Vai na farmácia, e compra uma bolsa de água quente, e um remédio específico pra cólica, no mercado você vai comprar coisas pra ela comer, besteiras, tipo chocolate, salgadinho, refrigerante, essas coisas. - explicou e eu tentei mentalizar tudo.

- Só isso? - perguntei verificando se ela não esqueceu de nada.

- Dá bastante atenção pra ela, você disse que ela tá sensível, é porque ela tá de tpm, então toma cuidado com a sua ignorância, e mima muito ela.

- Pode crer! Tchau.

- Tchau, Gabi. - desliguei o celular e coloquei nas pernas.

Ligação off

Dirigi até a farmácia mais próxima, e entrei procurando a tal bolsa de água quente, que eu não faço a mínima idéia de que pra que serve. Uma mulher toda sorridente, apareceu do meu lado.

- Quer ajuda? - perguntou me olhando de cima a baixo.

Aí ai, se a Ayla tivesse aqui.

- Aqui tem bolsa de água quente? - ela assentiu e foi até o outro corredor. Segui ela.

- Aqui. - entregou a caixa pra mim. - Só esquentar na água, depois enrola em uma toalhinha pra não ter contato direto com a pele, e coloca no abdômen. - assenti. - É pra sua mulher?

Percebi que a intenção dela, era só saber se eu era solteiro. Preciso comprar uma aliança.

- Sim, é pra minha mulher. - toda a animação dela foi embora na hora.

- Aaah sim, ela tem sorte, toda mulher daria de tudo pra namorar o famoso gabigol. - me segurei pra não revirar os olhos com o sorrisinho sínico dela. - Vai ser só isso?

- Me vê um remédio pra cólica também. - ela foi até a prateleira que tinha atrás do balcão e procurou o remédio, logo me entregou a caixinha.

Paguei e sai da farmácia. O mulherzinha mal intencionada viu.

Entrei no meu carro, colocando a sacola no banco ao lado. Dirigi até o mercado, torcendo pra ainda estar aberto. Já ia dar onze da noite.

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora