35 | Preocupação ou ciúmes?

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Gabigol

Desço pra almoçar, vendo a Dhiovanna esticada em um sofá, com o braço tampando a cara, Ayla estava no outro sentada, mas com cara de sono.

Fui direto pra cozinha, vendo minha mãe ajeitar a mesa.

- Quer ajuda mãe? - perguntei dando um beijo no topo da cabeça dela.

- Pega a coca na geladeira, e coloca na mesa, por favor meu filho. - assenti indo até a geladeira. Peguei a coca e coloquei na mesa.

Ela foi até a sala, avisando que iria chamar as meninas, voltou com a Ayla atrás dela e a Dhio vindo parecendo que tá morrendo.

Logo meu pai apareceu com o Fabinho, e todos nos sentamos pra comer. Cada um colocou sua comida em silêncio, e quando eu comecei a comer, minha mãe puxou assunto.

- Como foi o show meninas? - ela perguntou, fazendo a Dhiovanna acordar pra vida.

- Foi muito legal tia. - Ayla respondeu, com um sorriso no rosto. Se eu não tivesse tão puto com ela, até ficaria feliz em ver ela contente.

- Essa daí aproveitou como ninguém. - dhio comentou, e apartir daí, eu foquei só na minha comida.

- Conta como foi. - Fabinho falou, me dando vontade de sair dali. Não tô com um pingo de vontade de saber o que aconteceu.

- Fomos no camarote do Poze, Ayla tirou foto com ele. - começou a contar.

Eu bem vi a foto, ela postou no story e ele repostou, até aí tudo bem. Ela postou uma foto sozinha, no feed, ele curtiu, quando eu fui ver, ele já seguia ela.

Fiquei sem entender porra nenhuma, como assim? Se até ontem ele não sabia da existência dela, o que rolou?

Terminei de comer minha comida e deixei o prato na pia, indo pro quarto. Não falei com ninguém mesmo, não tava afim de ficar ouvindo aquela conversa.

Não tenho absolutamente nada pra fazer hoje. Que caralho viu. Ontem eu falei que iria sair com a Rafaella hoje, só pra Ayla ficar, mas mesmo assim ela não ficou.

Deitado na minha cama, com o corpo pra cima, ouvi o barulho da porta abrir. Ela entrou e deitou do meu lado, olhando pra mim, não olhei pra ela, mas sei que ela está me olhando.

- O que foi Gabi? - perguntou com a sua voz doce. Porra, garota.

- Nada. - respondo curto e grosso.

- Então por que tá com essa cara? - suspiro.

- É a única cara que eu tenho. - ouço ela bufar e se levantar.

- Tô te perguntando, mas se não quiser falar, não vem me procurar depois. - ia saindo, mas eu fui mais rápido e puxei seu braço, impedindo que ela saísse por completo da cama.

- Desculpa, pode ficar aqui. - ela me olhou bolada.

Mal sabe ela que fica ainda linda assim.

- Vai me falar o que você tem? - perguntou. Respirei fundo.

Como explicar o que eu tô sentindo, quando nem eu mesmo sei o que eu tô sentindo?

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora