11 | Momento especial.

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Ayla

Sabe aquele momento onde você não sabe o que fazer e parece que uma corrente elétrica passou pelo seu corpo? É exatamente como eu estou me sentindo agora.


Beatriz passou a mão nas minhas costas, na intenção de me acalmar, foram só alguns segundos nesse transe, mas pareceram minutos, e eu me senti uma idiota por ainda estar parada.

Bia foi na frente cumprimentando o Cebolinha e a Isa, eu adoro os storys dela, principalmente quando ela mostra o Pedro, filho dela e do Cebola.

Eu fiz o mesmo que minha amiga, e fui cumprimentar o casal, com um sorriso no rosto, tentando deixar de lado o nervosismo que insistia em estar aqui ainda.

Logo ao lado da Isa, estava a Bruna e ao lado dela, o Diego Ribas, cumprimentei eles e assim eu fui fazendo com o restante do pessoal.

Depois de falar com cada um, fomos pra área da piscina, onde tinha algumas cadeiras e mesas. Beatriz sentou entre o Matheus e o Victor Hugo, e só me restou lugar ao lado do Pedro.

Queixada ao vivo, do meu lado, se for um sonho, não quero ser acordada.

Matheuzinho falou que ainda não tinha pedido a pizza porque estava esperando a gente chegar, e que eles só tinham comido alguns pestiscos. Eles bebiam cerveja, até porque no dia seguinte não iria ter jogo, mas eu não sabia se iria ter treino.

— A Beatriz a gente já conhece, mas e você Ayla? — Bruna perguntou, olhando pra Bia e depois pra mim. Eu não sabia o que responder, o que eu iria responder? Ela pareceu perceber que eu ainda processava a pergunta e se pronunciou de novo. — Sua idade, o que você faz , sei lá, só pra gente te conhecer melhor.

— Ela é filha do Roger, aquele que tava no churrasco do Arrascaeta, eu e mais alguns jogadores gravamos um vídeo pra ela. — Diego falou, me deixando surpresa.

Ele lembrou de mim.

— Nossa é mesmo. - Bruna deu um sorrisinho fraco.

Eu sorri envergonhada, meu pai deve ter falado o quanto eu sou louca por eles.

— Sim, eu tenho 19 anos. — respondi sorrindo. — E abri recentemente uma loja do Flamengo, na rua do Maracanã. — todos olharam pra mim, senti minha bochecha esquentar.

— É Flamenguista desde de pequena? — Pedro perguntou me olhando.

Não entendi o intuito dessa pergunta, mas ele deveria estar só querendo puxar assunto.

— Sou sim. — ele assentiu e bebeu um gole do refrigerante. Diferente dos outros, ele não estava bebendo cerveja.

— Como você conseguiu fazer amizade com uma tricolor? — Marinho perguntou, aparentemente provocando a bia, que ergueu a sobrancelha pra ele em sinal de deboche.

— Boa pergunta Marinho. — ri olhando pra Bia, que me olhava com atenção, assim como os outros. — A mãe dela me paga pra ser amiga dela. — brinquei, arrancando risada deles.

Meu coração ficou quentinho, e metade do meu nervosismo foi embora.

— Iii ala, se manca mana. Sou eu que te consolo quando o Flamengo perde. — Bia rebateu.

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora