47 | Um começo de alguma coisa...

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Ayla

Vejo ele respirar fundo, e me pergunto se ele já está calmo.

- Gabi... Eu quero te entender, mas fica difícil porque uma hora você me dá esperança e depois você caga pra mim, eu não sei se você quer ser só meu amigo, ou sei lá, ter alguma coisa. - expliquei, completamente confusa e falando muito rápido.

Ele encostou as costas no banco, ainda com a cara fechada. Seu olhar direcionou a mim.

- Eu não sei, eu gosto muito de você Ayla, mas eu não sei se tô pronto pra um relacionamento agora...

- Se você não tá, então não reclama de como eu tô curtindo minha vida. - interrompi ele.

- Também não precisa sair pegando o rio de janeiro todo. - gargalhei com deboche. Não acredito que ele falou isso.

- E se eu pegar, o que é que tem? - ele negou com a cabeça, olhando pro lado.

- Isso não combina com você, e se você fizesse isso, estaria fazendo pra me provocar. - aí eu ri mais ainda.

- Já te falaram que o mundo não gira em torno de você? - arqueei a sobrancelha. - Eu não preciso me esforçar pra te provocar Gabriel, eu causo esse efeito em você naturalmente. Com um comentário de algum famoso na minha foto, falando com algum amigo seu, ficando com qualquer homem. São coisas que te deixam puto, sem motivo nenhum, ou vai assumir que tem ciúmes de mim?

Gabi passou a mão no rosto e demorou um pouco pra responder, e mesmo que a resposta fosse "não", eu saberia que ele estava mentindo.

- Tenho! - novamente eu fiquei surpresa. Não esperava que ele fosse confessar. - Tenho porque eu sei que você não é minha, mas eu queria que fosse, eu sei o quanto você chama atenção e que a qualquer momento, alguém pode roubar o que ainda não é meu. - arregalei os olhos.

Nesse momento eu me encontrava sem reação nenhuma.

- Co... Como assim? - gaguejei. - ele deu uma risadinha, me deixando com medo de que ele estivesse só brincando com a minha cara.

- Vem aqui. - pediu dando batidinhas na sua perna. Sai do banco do passageiro, e me sentei de lado no colo dele.

- O que você quer de mim? - perguntei cansada de criar hipóteses e nunca ter certeza do que ele sente por mim.

- Eu quero você, mas não sei o que fazer pra isso dar certo. - falou baixinho com as mãos na minha cintura, e com um olhar sincero focado nos meus. - E o que você quer? - perguntou, apertando a minha cintura, me fazendo respirar fundo.

- Eu quero ser sua. - respondi quase em um sussurro. Ele sorriu de lado, me deixando sem saber o que fazer.

Mas antes que eu pensasse em alguma coisa, ou falasse alguma coisa. Ele simplesmente me beijou, me deixando sem reação.

Correspondi ao beijo, que era calmo, como se tivéssemos todo tempo do mundo. Coloquei minhas mão na nuca dele, e as mãos dele, continuavam na minha cintura, dando leves apertos.

- Você quer tentar? - perguntou ao colar a testa na minha. Sorri me surpreendendo.

Nunca imaginei que isso seria possível. Será que esse é o momento onde a gente começa algo sério?

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora