58 | O grande dia pt 2

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Maratona 1/3

Gabigol

Se a anos atrás me falassem que eu estaria vivendo tudo o que vivo hoje, eu não acreditaria, não porque não acredito no meu potencial, e sim porque é algo surreal pra mim.

Um garoto que veio de São Bernardo, foi pra Santos e virou cria da VILA. Com a maior idade foi pra Europa, mas não deu muito certo. Voltando pro Brasil, novamente pro Santos, surgiu a oportunidade de vir pro Flamengo.

E ali, tudo mudou...

Literalmente TUDO, minha vida, minha carreira, meu comportamento, minha mente. Eu amadureci, vindo pro Flamengo aconteceram coisas incríveis.

Uma delas foi ter conhecido a mulher da minha vida, sim, a Ayla é a mulher da minha vida. É cedo? Talvez, não tenho certeza, isso porque eu sei do que sinto por ela, sei da importância dela na minha vida, e também sei que se um dia eu perder ela, vai ser a maior burrada da minha vida.

Esperei pra assumi-la, queria que fosse nesse momento, eu estava com um sentimento bom em relação a esse jogo, então pensei que seria a ocasião perfeita pra assumir ela.

Se caso tivéssemos perdido, eu esperaria tudo se acalmar, pediria ela em namoro, oficialmente, com aliança e tudo, depois postava nas redes sociais.

O lance da aliança ainda vai ocorrer, pensei em pedi-la aqui no gramado, mas seria muito clichê, então quero esperar voltarmos pro rio, talvez no trio elétrico seja um bom momento.

Recebo a medalha em meu pescoço, junto com um troféu individual pelo meu desempenho na competição. Olho pra Ayla e vejo ela vir com a Marília.

Fiquei com receio dela pensar que não poderia vim pro gramado, mas que bom que eu não precisei buscá-la e ela entendeu que é minha mulher e tem que mostrar isso. Agora pode, a vontade.

Sorrio ao notar que ela está nervosa, isso é uma coisa que qualquer um nota na Ayla, ela é MUITO ansiosa, mas de uma maneira ruim, é insegura e qualquer coisinha já bate um nervosismo nela.

Quero ajudá-la com isso, não quero que seja um problema pro nosso relacionamento, também sou inseguro, e um pouco ciumento. São coisas que podem nos prejudicar, mas com a maturidade de ambos, podemos administrar esses sentimentos e controla-los.

- Eai minha menina, tá de boa? - pergunto quando ela se aproxima. Coloco minhas mãos de cada lado do seu rosto e ela cora, sorrindo de lado.

Ayla assente, olhando ao redor e parando seu olhar nos meus olhos.

- Tô um pouco nervosa, meu coração ainda tá batendo forte devido as emoções do jogo. - falou tudo rapidamente e eu ri achando graça. - Principalmente a emoção que foi causada por você.

- Valeu a espera? - perguntei no seu ouvido, subindo minha mão pro seu pescoço.

- Si...Sim. - gaguejou, me fazendo rir novamente.

- É muito fácil tirar sua postura, vida. - sorri divertido olhando pra ela, que cemirrou os olhos na minha direção.

- Para de ser assim, a gente tá no gramado, na frente de um monte de gente. - escondeu seu rosto no meu pescoço.

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora