27 | Sentimentos indecifráveis.

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Gabigol

Tive um dia estressante, por diversos motivos. E posso afirmar que o maior deles, se chama "Rafaella" mais conhecida como "irmã do Neymar".


Eu realmente tento esquecer ela, focar na minha vida e na minha carreira, até gosto de ser o Lil Gabi, que curte pra caralho e bebe pra porra. Mas quando ela aparece, eu me rendo totalmente.

Quando eu tô com ela esqueço do mundo a minha volta, e isso não é bom, é muito ruim. Porque eu acabo me acostumando e ela sabe disso, por isso brinca comigo, aparece só quando quer.

Isso me faz vacilar com os outros, tô ligado que dei mancada com a Ayla, minha irmã jogou isso na minha cara, e a metade do elenco do Flamengo também. Principalmente o Rodi e o João.

Não é que eu queira procurar ela só quando preciso, acaba acontecendo, não é porque eu quero.

Quando a Rafaella some, eu sinto falta da Ayla, do jeito que ela me acalma e do seu jeitinho de menina mulher, toda delicadinha, mas que tem cara de que na cama é completamente ao contrário.

Mas quando a Rafa aparece, eu esqueço da existência da garota, sim eu sei, isso é ridículo.

Sentado no sofá, me toco que vacilei mais uma vez. Dhiovanna vive falando que eu sou bipolar e chato pra caralho, eu costumo descontar minha raiva nas pessoas, e acabei de fazer isso com a minha garota.

Ignorei ela, o motivo? Eu nem faço ideia, só sei que me incomodou o fato dela ir sair hoje. Porra, ela tá saindo todo final de semana com a Dhiovanna, minha irmã tá levando ela pro mal caminho, e isso me deixa puto, simplesmente por a Ayla não passar mais o tempo comigo.

Ela nem me procura mais, não manda mensagem e nem aparece mais no vestiário em dia de jogo, eu sei que a culpa foi minha, até porque no começo do mês, ela me chamava sempre, mesmo as vezes eu deixando ela no vácuo.

Pelo visto ela cansou de correr atrás...

Escuto passos descendo a escada, e logo a voz da Dhiovanna.

- Gabi, já estamos indo. - avisou chegando na sala, com a Ayla ao seu lado. Filha da puta linda. Vestidinho colado e uma sandália, que parecia ser rasteirinha, eu acho. Toda delicinha, e com certeza vários vão dar em cima dela.

- Tá levando a chave? - perguntei, olhando só pra ela, depois de ter medido a amiga dela, de cima a baixo.

- Tô levando. - riu e veio me abraçar.

- Cuidado tá, vê se não bebe tanto e nem volta muito tarde. - assentiu fazendo um joinha.

Ayla olhou pra mim, acho que esperando algo de mim, e eu só virei a cara. Olhei de relance e vi seu semblante triste e o olhar perdido, ela acompanhou a dhio até a porta e saiu da minha visão.

Me senti um idiota por deixar ela pra baixo, mas porra, eu não faço a mínima ideia de como agir com ela. Parece ciúmes mas isso não faz sentido, nunca nem fiquei com a garota.

Decido ligar pra Rafaella, pra ver se me acalmo ou me distraiu. Ela não atendeu, como imaginado. Bufo frustado e com tédio.

Hoje é sábado, amanhã eu não jogo porque tô de suspensão, que caralhos eu vou fazer em casa, pleno sabadão?

Meu camisa 9 - Gabigol Onde histórias criam vida. Descubra agora