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  ∞︎︎

Mais tarde, quando meus cachos já estão perfeitos, prendo um grampo de cada lado da cabeça, para evitar que caiam sobre meu rosto.

— Quer usar minha maquiagem?—, oferece Taehyung,e eu me olho no espelho.

Meus olhos sempre pareceram grandes demais para meu rosto, mas prefiro usar o mínimo de maquiagem, em geral só um pouco de rímel e gloss.

— Talvez um pouco de delineador? —, digo, ainda inseguro.

Com um sorriso, ele me entrega três: um roxo, um preto e um marrom. Fico passando os três por entre os dedos, tentando decidir entre o marrom e o preto.

— O roxo vai combinar com seus olhos—, ele sugere, mas abro um sorriso e balanço a cabeça negativamente.

— Seus olhos são tão diferentes...quer trocar? —, ele brinca.

Taehyung tem olhos lindíssimos; nem de brincadeira deveria dizer que quer trocá-los pelos meus. Pego o lápis preto e faço o contorno mais fino possível em torno dos olhos, ganhando em troca um sorriso orgulhoso dele.
Seu celular vibra, e ele pega a bolsa.

— Choi chegou —, ele avisa.

Apanho minha bolsa, dou uma alisada na roupa e calço minha sapatilha branca.
Ele olha, mas não comenta. Choi está esperando em frente ao prédio, com
um rock pesado tocando bem alto dentro do carro com as janelas abertas. Dou uma olhadinha ao redor para ver se tem alguém incomodado por causa do som. Mantenho a cabeça baixa e, quando levanto os olhos, vejo Jungkook se ajeitando no banco da frente.

Ele devia estar agachado. Argh.

— Senhores —, cumprimenta Choi,

Jungkook me olha feio quando entro no carro atrás de Taehyung e me acomodo no assento bem atrás dele.

— Você sabe que estamos indo pra uma festa, e não pra igreja, certo, Park Jimin? —, ele pergunta.

Olhando para o retrovisor lateral vejo um sorrisinho de deboche em seu rosto.

— Por favor, não me chama de Park. Prefiro só Jimin —, aviso.

Como ele sabe meu nome, aliás? Park me faz lembrar do meu pai, e prefiro não ser chamado assim

— Como quiser, Park. —
Eu me recosto no assento e reviro os olhos.

Melhor não ficar discutindo com ele; não vale a pena.

Olho pela janela e tento absorver a música ruidosa enquanto nos dirigimos para a festa. Choi estaciona em uma rua movimentada, com casas grandes e aparentemente idênticas.

O nome da Fraternidade está pintado em letras pretas, mas não dá para ler por causa das trepadeiras que crescem na lateral do casarão. Pedaços enormes de papel higiênico estão pendurados na fachada da casa, e o barulho forma a imagem perfeita de uma fraternidade universitária.

— Olha o tamanho disso... Quanta gente será que tem lá dentro? —, pergunto, engolindo em seco.

O jardim da frente está cheio de gente com copos vermelhos na mão, alguns até dançando, bem no meio do gramado. Definitivamente não é minha
praia.

— Está lotada, vamos logo —, Jungkook responde e sai do carro, batendo a porta atrás de si. Do banco de trás, vejo um monte de gente cumprimentar Choi,
ignorando a presença de Jungkook. O que me surpreende é que ninguém mais ali tem o corpo coberto de tatuagens como ele, Choi e Taehyung.
Talvez eu até consiga fazer algum amigo na festa.

— Você vem? — Taehyung abre um sorriso, abre a porta e desce.
Balanço a cabeça afirmativamente, mais para mim mesmo do que para ele, enquanto saio do carro, tomando o cuidado de dar uma última
alisada no macacão.

                                 

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➪Imagem da casa da fraternidade para terem uma ideia.

➪Imagem da casa da fraternidade para terem uma ideia

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AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora