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Não tenho ideia do que estou fazendo, mas não consigo parar.
Quando meus lábios tocam os de
Jungkook, sinto que ele respira fundo de susto. Sua boca tem exatamente o gosto que eu imaginava. Dá para notar um resquício do sabor de menta em sua
língua quando ele abre a boca e me beija de volta. E pra valer.

Sinto sua língua morna percorrer a minha e o metal frio do piercing no canto da minha boca. Meu corpo todo parece estar em chamas; nunca me senti dessa maneira antes.
Ele faz uma carícia no meu rosto vermelho antes de levar ambas as mãos aos meus quadris.
Depois se afasta um pouco e me beija de leve.
- Ji -, ele sussurra, e em seguida cola sua boca à minha outra vez, chegando ainda mais fundo com a língua. Minha mente não está mais no comando; uma sensação arrebatadora domina cada
pedacinho do meu corpo.
Jungkook me puxa pelos quadris e deita de novo na cama, sem parar de me
beijar.

Sem saber o que fazer com as mãos, apoio as duas em seu peito e monto em cima dele. Sua pele é quente e seu peito oscila com a respiração acelerada. Jungkook afasta sua boca da minha, e eu
solto um resmungo de protesto, mas logo em seguida ele já está no meu pescoço. Sinto intensamente cada movimento de sua língua.
Jungkook respira fundo junto de mim. Depois agarra meus cabelos para me manter imóvel enquanto beija meu pescoço.

Seus dentes roçam minha clavícula, e eu solto um gemido, sentindo uma
sensação boa se espalhar pelo meu corpo todo quando ele começa a sugar de leve minha pele.
Ficaria com vergonha caso não estivesse tão inebriado, tanto por Jungkook quanto pelo álcool.
Nunca tinha beijado ninguém dessa maneira, nem mesmo Jongin.
JONGIN!!
- Jungkook ... para -, peço, mas não reconheço minha própria voz, que soa grave e rouca. Minha boca está seca.
Ele não para.
- Jungkook! -, falo mais uma vez, agora de forma clara e audível, e ele larga meus cabelos.
Quando olho em seus olhos, noto que estão mais escuros, apesar de mais amenos, e seus lábios estão inchados e vermelhos por causa dos beijos.
- Não podemos fazer isso -, digo. Embora queira muito beijá-lo de novo, sei que não posso.

A delicadeza em seus olhos desaparece, e ele se afasta, jogando-me para o outro lado da cama. O que foi que aconteceu?

- Desculpa, desculpa -, digo, e não consigo pensar em mais nada para falar.
Meu coração parece prestes a explodir a qualquer momento.
- Pelo quê? -, ele pergunta enquanto anda até a cômoda, pega uma camiseta preta e veste.

Meus olhos baixam para sua cueca, e percebo que está bem mais apertada na parte da frente.
Fico vermelho e desvio o olhar.
- Por beijar você... -, explico, apesar de alguma coisa dentro de mim me dizer que não tenho por que me
desculpar.
- Não sei por que fiz isso. -
- Foi só um beijo. As pessoas se beijam o tempo todo -, ele diz.
Por algum motivo, aquelas palavras me magoam.

Não que faça diferença que não tenha sentido o mesmo que eu... E o que foi que eu senti, aliás? Só sei que não gosto dele de verdade, que estou bêbado e
que ele é bonito. Foi o efeito do álcool, e de uma noite longa e difícil, que me levou a beijá-lo. Em algum lugar no fundo da minha mente, tenho que
suprimir a vontade de fazer de novo.
Provavelmente porque ele foi gentil comigo, para variar

- Então podemos fingir que isso nem
aconteceu? -, pergunto. Eu me sentiria muito humilhado caso ele contasse para alguém. Esse não sou eu. Não fico bêbado nem traio meu namorado.
- Pode acreditar que também não quero que ninguém fique sabendo. Já chega de falar sobre isso -, ele esbraveja.

A arrogância habitual está de volta.
- Pelo jeito você já voltou a ser o mesmo Jungkook de sempre... -
- Nunca fui nada diferente disso... e não pense que, só porque me beijou, praticamente contra a minha vontade, a gente tem algum tipo de intimidade agora. -
Ai. Contra a vontade dele? Ainda sinto sua mão nos meus cabelos, a maneira como me puxou para junto dele, o modo como sussurrou meu nome antes de me beijar de novo.

Eu me levanto da cama com um pulo.
- Você podia ter me impedido. -
- Até parece -, ele retruca, e sinto vontade de chorar outra vez. Quando estou com ele, fico emotivo demais.

É humilhante e doloroso ter que ouvir que Jungkook me beijou só porque foi forçado a isso. Escondo o rosto entre as mãos por um momento antes de tomar o caminho da porta.
- Você pode passar a noite aqui, já que não tem pra onde ir -, ele fala baixinho, mas balanço a cabeça negativamente. Não quero ficar perto dele É tudo parte de um de seus joguinhos.

Provavelmente quer que eu durma em seu quarto para se fingir de bonzinho e depois desenhar alguma coisa obscena na minha testa ou coisa do
tipo.
- Não, obrigado -, respondo antes de sair.
Quando chego à escada, acho que ouço sua voz chamar meu nome, mas sigo em frente. Do lado de fora, o contato da brisa fria com minha pele é acalentador, e eu me sento de novo na mureta de
pedra e pego meu celular. São quase quatro da manhã.

Devia estar acordando dali a uma hora para tomar banho cedo e estudar. Em vez disso, estou sentado sozinho no escuro do lado de fora de uma festa.
Alguns bêbados ainda circulam por ali e, não muito certo do que fazer, vejo as mensagens de texto que recebi durante a noite de Jongin e da minha mãe.

Claro que ele contou para ela. Ele
sempre faz isso... Mas não posso nem pensar em ficar chateado com ele. Acabei de trair meu namorado. Quem sou eu para reclamar de alguma coisa?

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Boa leitura!

AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora