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Entramos em uma estrada de cascalho, e
Jungkook desliga o rádio. O único som que ouvimos é o das pedrinhas sendo amassadas pelos pneus. De repente me dou conta de que estamos no meio do
nada. Começo a ficar nervoso. Estamos a sós, realmente sozinhos. Não há carros, nem construções, nem nada por perto.

— Não se preocupe, nós não viemos até aqui para eu matar você —, ele brinca, e engulo em seco. Duvido que saiba que tenho mais medo do que sou capaz de fazer quando nós dois estamos sozinhos
do que de ser assassinado.
Depois de rodar mais ou menos um quilômetro e meio, ele para o carro.

Olho pela janela e não vejo nada além de mato e árvores. Há algumas florzinhas amarelas espalhadas pela paisagem, e a brisa está bem quente. Com certeza é um lugar agradável e sereno.
Mas por que me levar até ali?
— O que viemos fazer aqui? —, pergunto quando descemos do carro.
— Bom, pra começar, uma caminhada.—
Solto um suspiro. Então ele me trouxe até aqui para a gente caminhar?
Ao perceber minha expressão contrariada, ele acrescenta:
— Mas não muito longa —. Começamos a andar por uma parte da grama mais desgastada, que já devia ter sido pisada várias vezes.
Ficamos em silêncio na maior parte do tempo, a não ser por alguns resmungos de Jungkook reclamando que estou indo muito devagar. Eu o ignoro e observo o cenário ao redor.

Começo a entender por que gosta tanto deste lugar aparentemente sem atrativos. É bem tranquilo. E pacífico. Eu poderia ficar por aqui um tempão se
tivesse trazido um livro. Ele sai da trilha e segue pelo meio das árvores. Minha desconfiança natural começa a bater, mas vou atrás dele mesmo assim.
Alguns minutos depois, chegamos à beira de um córrego, na verdade mais para um rio. Não faço ideia de qual seja, mas parece bem fundo.
Sem dizer nada, Jungkook tira a camiseta preta. Meus olhos percorrem seu tronco tatuado.

A árvore morta e desfolhada desenhada em sua pele fica ainda mais bonita sob o sol. Ele se agacha para desamarrar as botas pretas, olha para mim e me surpreende admirando seu corpo seminu.
— Espera aí, você está tirando a roupa por quê? —, pergunto e olho para o rio. Ai, não.
— Você vai querer nadar? Aí? —, questiono, apontando para a água.
— Sim, e você também. Faço isso o tempo todo. —
Ele desabotoa a calça e tenho que me esforçar para não ficar olhando para os músculos de suas coxas nuas quando se abaixa para tirá-la.
— Eu não vou nadar aí. — Até gosto de nadar, mas não em um lugar desconhecido no meio do nada.
— E por que não?— Ele aponta para o rio.

— A água é limpinha, dá até para ver o fundo. —
— E daí? Deve ter peixes e sabe Deus o que mais aí dentro. — Percebo que estou sendo ridículo, mas não ligo.
— Além disso, você não me avisou, então não trouxe bermuda. — Contra isso ele não deve ter argumentos.
— Está me dizendo que você é do tipo que não usa cueca? —, ele provoca, deixando-me sem reação. E aquelas covinhas…
— É só entrar assim. —
Espera, ele me trouxe aqui para me fazer tirar a roupa e entrar nesse rio? Sinto minhas entranhas se revirarem, e minha pele inteira esquenta só de
pensar em nadar nu com Jungkook.

AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora