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∞︎︎

Ando um quarteirão e as ruas estão escuras e silenciosas. As fraternidades aqui perto ocupam casarões do mesmo tamanho que a de Jungkook.

Depois de uma hora e meia de caminhada, consultando o GPS a cada passo, finalmente chego ao campus. Totalmente sóbrio e ciente de que é
melhor nem dormir, passo no 7-Eleven e compro um café.
Quando a cafeína faz efeito, me dou conta de que tem um monte de coisas que não entendo em Jungkook.

Tipo:
por que ele faz parte de uma
fraternidade cheia de filhinhos de papai se diz que é punk?

E por que foi de afetuoso a impassível em um piscar de olhos? Meu interesse, porém, é puramente acadêmico, já que não tenho motivo para perder tempo pensando nele, e depois do que
aconteceu na madrugada desisti de vez de tentar estabelecer uma relação amigável.

Não consigo acreditar que o beijei. Foi o maior erro que poderia ter cometido, e assim que baixei a guarda ele me
atacou com mais força do que nunca.

Não sou burro a ponto de acreditar que não vai contar para ninguém porque pedi, mas espero que a vergonha
de ter beijado "o virgem" seja suficiente para manter sua boca fechada.

Se alguém me perguntar, nego até a morte. Preciso inventar uma boa explicação para minha mãe e para Jongin sobre meu comportamento ontem à noite. Não sobre a parte do beijo, que eles nunca vão saber, mas sobre ter saído. De novo.
E preciso muito conversar sobre
essa mania de Jongin de contar tudo para minha mãe. Se quero ser tratado como um adulto de agora em diante, ela não pode controlar tudo o que
faço.

Quando chego ao alojamento, minhas pernas e meus pés estão doendo, e solto um suspiro de alívio ao virar a maçaneta.
Mas então quase tenho um ataque do coração ao ver Jungkook sentado na minha cama.

- Não acredito! -,
eu meio que grito quando finalmente me recupero do susto.
- Onde você estava? -,
ele pergunta sem se alterar.
- Rodei quase duas horas de carro tentando te encontrar. -
Quê?
- Como assim? Por quê? -
Se era para fazer isso, por que não se ofereceu para me trazer enquanto eu ainda estava lá? Ou, melhor ainda, por que eu mesmo não pedi uma carona assim que descobri que ele não bebia?
- Só achei que não era uma boa ideia você andar por aí sozinho de madrugada. -

E, como nem tento mais ler suas expressões e Taehyung está sabe-se lá onde e eu estou sozinho com
ele, a pessoa mais perigosa do mundo para mim, só consigo rir, dar uma gargalhada enlouquecida, que
não tem nada a ver comigo.

E não porque vejo graça na situação, mas porque estou exausto demais
para ter outra reação.
Jungkook me olha com a testa franzida, o que me faz rir ainda mais.
- Sai daqui, Jungkook ... some da
minha frente! -
Ele me encara e passa as mãos pelos cabelos. Pelo menos é uma reação que consigo entender.

AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora