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Quando volto para o carro depois do primeiro dia, que não poderia ter sido melhor, telefono para Jungkook, mas ele não atende. Quero contar que a manhã foi incrível e perguntar por que não me contou que trabalhou na editora e agora trabalha de casa para a concorrência.
Quando chego ao campus, ainda é uma da tarde. Fui dispensado cedo, porque estavam todos ocupados com reuniões de diretoria ou algo assim.

Tenho o dia todo livre, então acabo indo ao shopping dar uma volta. Depois de entrar e sair de quase todas as lojas, entro na Nordstrom, pensando em comprar mais umas roupas para o estágio. Lembro-me de Jungkook e eu na frente do espelho logo cedo, e penso que devia comprar cuecas novas. Minha roupa íntima é muito simples e já está meio velha. Jungkook parece não se incomodar. Procuro nas araras e encontro algumas interessantes. Minha preferida é uma cor-de-rosa, feita quase totalmente de renda. Fico corado só de tirá-la da arara, mas gosto muito dela. Uma vendedora de cabelos enrolados e um batom vermelho demais se aproxima para me ajudar.
— Ah, essa é linda, mas o que acha desta?—, ela diz, então pega algo que parece um emaranhado de fios pink em um cabide.
— Hum… não é bem meu estilo —, digo, olhando para o chão.
— Você prefere peças com mais pano?—, ela pergunta. Por que preciso discutir minhas preferências no que diz respeito à roupa íntima?
Não poderia ser mais humilhante.
— Você deveria ver as tipo shorts. São sexy, mas não demais —, ela diz, então mostra a cueca cor-de-rosa que estou segurando. E uma cueca tipo shorts. Nunca liguei muito para isso, porque ninguém via a minha. Não imaginava que fosse tão desconfortável e complicado comprar.
— Certo. — Eu concordo e ela pega mais algumas da arara: uma preta, uma branca e uma vermelha. A vermelha é um pouco chocante para mim, mas devo admitir que desperta minha curiosidade. Até mesmo a branca e a preta são um tanto exóticas,
porque são de renda.

O sorriso da vendedora é largo e assustador.
— Experimente. São do mesmo estilo.— Concordo educadamente e pego as peças da mão dela, torcendo para que não me siga quando eu me afastar. Aliviado por estar sozinho, procuro entre as araras e encontro algumas camisas e calcas confortáveis. Tenho que pedir à moça da caixa registradora para repetir três vezes o total antes de finalmente pagar. Roupa intima pode ser muito mais cara do que eu imaginava. É melhor Jungkook gostar do que comprei. Quando volto para o quarto, Tae não está e Jungkook ainda não ligou, então decido tirar um cochilo.

Guardo minhas roupas novas e apago a luz. Acordo com um toque desconhecido. Eu me viro e abro os olhos. Jungkook está sentado na cadeira com os pés sobre a cômoda de Tae.
— Foi bom o cochilo?—, ele pergunta com um sorriso.
— Foi. Como você entrou aqui? — Esfrego os olhos.
— Peguei minha chave de novo com Tae.—
— Ah. Há quanto tempo está aqui?—
— Meia hora. Como foi seu dia na editora? Pensei que chegaria mais tarde, ainda são seis. Mas aqui está você, desmaiado e roncando. Não pode ter sido um longo dia.— Ele ri.
Eu me apoio no cotovelo e olho para ele. —Foi ótimo. Tenho uma sala só para mim, com meu nome na parede e tudo. Nem consigo acreditar! É incrível! Vou receber muito mais do que pensei, e para ler manuscritos. Não é perfeito? Só estou com medo de estragar as coisas, porque tudo parece perfeito demais —, digo.
— Nossa, Kim deve gostar de você. — Ele levanta uma sobrancelha.
— Mas você vai se dar bem, não se
preocupe. —
— Ele disse que você trabalhou lá —, comento, testando sua reação.
— Imaginei que diria..—
— Por que você não me contou? E por que não me disse que trabalha? Como consegue tempo para isso? —
— Você faz muitas perguntas.— Jungkook passa as mãos pelos cabelos.
— Mas vou responder. Não contei porque… bem, não sei por quê. E tenho tempo para trabalhar. Sempre que não estou com você, tenho tempo. —
Eu me sento de pernas cruzadas e olho para ele.
— O sr. Kim gosta muito de você. Disse que quer que você volte para a editora.—
— Imagino, mas não vou voltar. Estou ganhando mais e tenho menos trabalho—, ele se gaba. Reviro os olhos.
— Fala mais sobre o trabalho. O que você faz exatamente?—
Ele dá de ombros.
— Leio manuscritos e edito. A mesma coisa que você, mas eu me envolvo mais no processo.—
— E você gosta?—
— Sim, Jimin, eu gosto. — Seu tom de voz é um pouco ríspido.
— Que bom. Quer trabalhar para a Portland Independent quando se formar? —
— Não sei o que quero fazer. — Ele revira os olhos.
— Eu disse alguma coisa errada?—, pergunto.
— Não, mas você faz perguntas demais.—
— Você acha?—
— Você não precisa saber todos os detalhes da minha vida—, Jungkook diz.
— Só estou puxando assunto, conversando casualmente sobre seu trabalho —, digo.

— As pessoas fazem isso. Desculpa por me interessar pelo seu dia a dia. —
Jungkook não diz nada. Qual é o problema dele? Tive um dia incrível e a última coisa que quero é brigar. Olho para o teto e também fico calado.
Acabo contando os quadrados do revestimento, noventa e cinco, e quarenta parafusos.
— Preciso tomar um banho —, digo, por fim.
— Então vai —, ele diz.
Reviro os olhos e pego minha nécessaire. — Sabe pensei que você tinha superado isso, essa coisa de ser um idiota sem motivo.—, digo, então saio do quarto.
Demoro no banho.
Estou mais do que nervoso, mas minha animação supera tudo. Gostaria muito que Jungkook não estivesse sendo tão chato. Só perguntei a ele sobre o emprego que eu não sabia que tinha. Gostaria de poder falar sobre isso, mas tem muita coisa de jungkook que não sei, o que me deixa bem desconfortável.
Tento pensar num jeito de explicar isso a ele, mas, quando volto ao quarto, ele foi embora.

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➪Cuecas do Jimin.

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