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Grito o nome de Jungkook, mas ele me ignora. Quando está quase chegando ao carro, ele dá meiavolta de forma tão repentina que quase trombamos.

— Como assim, Jimin? Que porra foi essa? —,
ele grita comigo. As pessoas ao redor estão olhando, mas ele nem se abala.

— Que tipo de joguinho está fazendo?— Ele chega ainda mais perto de mim. Está
furioso, irritadíssimo.

— Não estou fazendo joguinho nenhum,
Jungkook … Não percebeu o quanto ele queria que você fosse? Seu pai estava só tentando se aproximar de você, e sua falta de respeito foi absurda! —
Nem sei por que estou berrando, mas não vou deixar que grite comigo.

— Se aproximar de mim? Está de brincadeira comigo, porra? Ele devia ter tentado se aproximar de mim antes de abandonar a família, isso sim! —
As veias no seu pescoço saltam sob a pele.

— Para de gritar assim comigo! Ele deve estar querendo compensar o tempo perdido! As pessoas cometem erros na vida, Jungkook, e seu pai claramente se preocupa com você. Tem até um
quarto montado para você na casa dele, com roupas e tudo, para o caso de…—

— Você não sabe merda nenhuma sobre ele, Jimin! —,
Jungkook berra, estremecendo de raiva.

— Porra, ele vive em uma mansão com outra família, enquanto minha mãe trabalha dez horas por dia só para pagar as contas! Nem tente vir me dar lição de
moral… cuide da sua vida! —
Ele entra no carro e bate a porta com força.

Eu me apresso em entrar também, com medo de que me deixe para trás, de tão bravo que está. Lá se foi nosso dia sem discussões.
Jungkook está espumando, mas felizmente permanece em silêncio quando pegamos a via expressa. Se eu pudesse manter esse silêncio pelo
restante do trajeto, seria ótimo. Mas uma parte de mim insiste em afirmar que Jungkook precisa entender que não aceito esse tipo de tratamento.

Essa é uma das poucas coisas em mim cujo crédito deve ser dado integralmente à minha mãe – ela
me mostrou exatamente como não quero ser tratado por um homem.

— Certo —,
digo, fingindo estar calmo.

— Vou cuidar da minha própria vida, mas também vou aceitar o convite para jantar hoje à noite, mesmo que você
não vá. —
Como um animal selvagem que foi provocado, ele se vira na minha direção.

—Ah, não vai, não! —
Mantendo minha calma fingida, respondo:

—Você não pode me dizer o que fazer ou deixar de fazer, Jungkook, e caso não tenha percebido, fui convidado. É melhor eu perguntar pro Taemin se ele
quer ir, então? —.

— O que você disse?! —
Jungkook vira o volante e para no acostamento da via movimentada,
levantando uma nuvem de poeira.
Sei que peguei pesado demais, mas estou tão irritado quanto ele.

AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora