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Olho pela janela do passageiro, não
quero ser o primeiro a falar. Depois de alguns quarteirões, Jungkook liga o rádio e aumenta muito o volume.
Reviro os olhos, mas ignoro – até onde dá. Odeio o gosto musical dele, fico com dor de cabeça na hora. Sem pedir, giro o botão do volume para abaixar e Jungkook olha para mim.

— O que foi?—
— Nossa! Tem alguém nervosinho —, ele diz.
— Não, só não queria ouvir isso, e se tem alguém de mau humor é você. Foi supergrosseiro comigo, e aí liga pedindo para passar a noite com você. Não entendo. —
— Fiquei puto porque você falou do casamento. Agora que está resolvido que não vamos, não.tenho motivos para ficar assim..— Seu tom de voz é calmo e firme.
— Não está resolvido… nem conversamos a respeito. —
— Conversamos, sim. Eu disse que não vou. Então esquece, Park. —
— Bom, talvez você não vá, mas eu vou. E vou à casa do seu pai para aprender a cozinhar com Eunji no fim de semana —, digo. Jungkook range os dentes e olha para mim.
— Você não vai ao casamento. E o que está acontecendo? Você e Eunji são melhores amigos agora? Você mal a conhece! —
— E daí? Eu mal te conheço —, digo. Ele parece triste, e eu me sinto mal por isso, mas é verdade.

— Por que você está sendo tão difícil? —, elepergunta, ainda com raiva.
— Porque você não vai mandar em mim, Jungkook. Pode esquecer. Eu vou ao casamento, e gostaria muito que você fosse comigo, se quiser. Talvez você até se divirta. Seria muito importante para seu pai e Eunji, não que você se importe com isso. —
Ele não diz nada. Solta um longo suspiro e volto a olhar pela janela. O restante do trajeto é feito em silêncio, nós dois estamos irritados demais para falar.

Quando estacionamos na fraternidade,
Jungkook pega minha bolsa no banco de trás e a coloca no ombro.
— Por que você faz parte de uma fraternidade?.—, pergunto. Quero entender isso desde que descobri seu quarto.

Ele respira fundo enquanto sobe a escada.
— Porque, quando concordei em vir para cá, o dormitório estava cheio, e eu não queria morar com meu pai de jeito nenhum. Então foi a única opção que tive. —
— E por que fica aqui? —
— Porque não quero morar com meu pai, Jimin..E dá uma olhada nesta casa: é bonita, e meu quarto é o maior. — Ele sorri um pouco, e fico feliz ao ver que sua raiva está diminuindo.
— Por que não mora fora do campus?.—, pergunto, mas ele dá de ombros. Talvez não queira arrumarum emprego.
Eu o sigo em silêncio até seu quarto e espero enquanto destranca a porta. Por que essa obsessão com o próprio quarto?

— Por que você não deixa ninguém entrar no seu quarto? —, pergunto. Ele revira os olhos e coloca minha mala no chão.
— Por que você faz tantas perguntas? —, ele resmunga e se senta em uma cadeira.
— Sei lá. Por que você não responde? —, pergunto, mas é claro que ele me ignora.

— Posso pendurar minha roupa para amanhã? Não quero que fique amassada dentro da minha bolsa. —
Ele parece pensar na pergunta por um segundo, mas logo assente e levanta para pegar um cabide no armário. Pego a calca e a blusa e penduro no cabide ignorando a cara feia que ele faz para minha roupa.
— Preciso levantar mais cedo do que o normal amanhã para estar no ponto de ônibus às oito e quarenta e cinco. Vou pegar o ônibus três ruas acima, e descer a dois quarteirões da editora.—, digo.
— O quê? Você vai lá amanhã? Por que não me contou? —
— Eu contei… Você estava ocupado demais.fazendo birra.—, rebato.
— Levo você lá. Não precisa ficar uma hora dentro do ônibus..—
Quero recusar a oferta só para irritá-lo, mas decido não fazer isso. Vai ser muito melhor ir para.lá de carro do que em um ônibus lotado.

AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora