50

556 45 6
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.




∞︎︎

Pego as roupas que Jungkook trouxe para eu usar:

uma de suas camisetas pretas lisas, uma calça xadrez vermelha e meias pretas enormes.

Dou risada ao imaginar Jungkook vestido daquele jeito,
mas então me lembro de que ele deve tê-las tirado da cômoda que guarda as roupas que nunca usa.
Levanto a camiseta, que tem o cheiro dele. Essa Jungkook com certeza vestiu, e há pouco tempo. É um aroma inebriante, indescritível, com um toque de menta, meu cheiro favorito no mundo.

Eu me troco e sinto que a calça é grande demais, mas mesmo assim é confortável.
Deito na cama e me cubro até o peito, com os olhos colados no teto enquanto repasso mentalmente meu dia. Sinto que estou pegando no sono, certamente para sonhar com olhos verdes e camisetas pretas.

- NÃO! -
A voz de Jungkook me desperta abruptamente. Estou ouvindo coisas?

- Por favor! -,
ele grita outra vez.

Saio da cama em um pulo e corro para o outro lado do corredor. Minha mão encontra o metal frio da maçaneta do
quarto de Jungkook, que graças a Deus não está atrancada.

- NÃO! Por favor... -,
ele berra.

Na verdade nem pensei no que fazer. Se ele estiver sendo atacado, nem imagino qual vai ser minha reação. Saio tateando à procura de um abajur e acendo a lâmpada.
Jungkook está sem camisa, enroscado na
colcha grossa, esperneando e se debatendo. Sem hesitar, eu me sento na cama e toco seu ombro.
Sua pele está quente, bem quente.

- Jungkook! -,
chamo baixinho, tentando despertálo.

Ele vira a cabeça para o lado e solta um
resmungo, mas não acorda.

- Jungkook, acorda! -,
eu grito e o chacoalho com mais força, colocando-me ao seu lado.

Levo as duas mãos aos seus ombros e
dou mais uma sacudida nele.
Seus olhos se abrem, a princípio com uma expressão de terror, depois de atordoamento, e por fim de alívio. Sua testa está coberta de suor.

- Ji -,
ele fala, quase sem fôlego.

A maneira como diz meu nome corta meu coração, mas a ferida se cura logo em seguida. Em questão de segundos ele está me abraçando, puxando-me para junto de seu peito. O suor em sua pele me deixa preocupado, porém não me movo.

Consigo ouvir seu coração batendo com força contra meu rosto. Pobre Jungkook. Eu o abraço. Ele acaricia meus cabelos e repete meu nome sem parar, como se
fosse uma espécie de talismã.

- Jungkook, você está bem? -
Minhas palavras são menos que um sussurro.

- Não -,
ele confessa.

AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora