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Troco de roupa e tomo um banho rápido, apesar de saber que vou me sujar mexendo na estufa com Eunji. Jungkook espera pacientemente, mexendo em minha gaveta de roupa íntima para passar o tempo. Quando termino, ele me pede para pegar mais roupas para passar outra noite com ele, o que me faz sorrir. Passaria todas as noites com ele, se pudesse.

Enquanto voltamos de carro, pergunto:
- Você quer pegar seu carro e levar para a casa do seu pai? -.
- Não, assim está bom. Desde que você pare de andar de um lado para outro da pista. -
- Como é? Sou um motorista incrível -, digo, na defensiva.
Ele ri, mas se mantém calado.
- O que fez você decidir comprar um carro?-
- Bem, consegui o estágio, e não queria continuar dependendo do transporte público ou de outras pessoas para ir aonde preciso. -
- Ah... você foi sozinho? -, ele pergunta, e olha pela janela.
- Sim... por quê? -
- Só para saber -, ele mente.
- Eu estava sozinho. Foi um dia ruim para mim -, digo, e ele se retrai.
- Quantas vezes você saiu com Taemin? -, Jungkook pergunta.

Por que ele está tocando nesse assunto agora?
- Duas vezes: fomos jantar e ao cinema, depois ver a fogueira. Você não tem com que se preocupar. -
- Ele só beijou você uma vez? -
Ai.
- Sim, só uma vez. Bem, além daquela vez que... você viu. Agora podemos mudar de assunto? Não perguntei nada sobre Yeri, perguntei? -, digo.
- Certo... certo. Não vamos brigar. É o nosso recorde de tempo sem brigar, e não queremos perder isso -, ele diz. Jungkook pega minha mão e traça pequenos círculos em minha pele com o polegar.
- Certo -, eu digo, ainda um pouco irritado. A imagem de Yeri no colo dele embaça minha visão.
- Ah, para com isso, Jimin, sem bico. - Ele ri e me cutuca.
Não controlo uma risadinha.
- Não me distrai estou dirigindo! -
- Esta é provavelmente a única vez em que me pede para não tocar em você. -
- Não sei, não... Não fique se achando tanto. - Nós rimos juntos e o som é adorável. Ele leva a mão à minha coxa e sobe e desce os dedos compridos.

- Tem certeza? -, a voz rouca dele sussurra e minha pele se arrepia. Meu corpo reage a Jungkook depressa, minha pulsação está forte. Eu me surpreendo e balanço a cabeça, fazendo com que ele suspire e afaste a mão.
- Sei que não é verdade... mas prefiro que você não saia da estrada, então só
vou meter o dedo mais tarde. -
Dou um tapa nele, corando.
- Jungkook! -
- Desculpa, lindo. - Ele sorri, levantando as mãos para alegar inocência, então olha pela janela.

Adoro quando me chama de lindo. Ninguém nunca me chamou assim antes. Jongin e eu sempre achamos ridículos os apelidos que as pessoas usam, sempre os consideramos infantis demais, mas quando Jungkook me chama de lindo eu me sinto superfeliz. Quando voltamos para a casa do pai dele, Donghae e Eunji estão no quintal à nossa espera. Donghae está diferente, de jeans e uma camiseta da S.U. Nunca o vi vestido tão casualmente e, na verdade, ele parece mais com Jungkook assim. Os dois nos cumprimentam com um sorriso que Jungkook tenta retribuir, mas parece desconfortável enquanto enfia as mãos nos bolsos.
- Quando estiver pronto... -, Donghae diz a Jungkook.
Ele parece tão pouco à vontade quanto o filho, e mais nervoso.
Jungkook parece mais apreensivo, e olha para mim. Faço um meneio de cabeça para incentivá-lo, surpreso por ter me tornado alguém que ele procura quando precisa de conforto.

Parece que nosso relacionamento mudou drasticamente, e isso me deixa feliz de um modo que eu não esperava.
- Estaremos na estufa. Levem o adubo para lá -, Eunji diz, e dá um beijinho no rosto de Donghae. Jungkook desvia o olhar, e por um segundo penso que vai me beijar também, mas não me beija. Sigo-a até a estufa e, quando entramos, eu me surpreendo. É enorme, maior do que parece de fora, e Eunji não estava brincando quando disse que precisa de mais coisas. Está praticamente vazia.
Ela coloca as mãos no quadril e diz contente:
- Vai ser um baita projeto, mas acho que conseguiremos -.
- Também acho -, digo.
Jungkoom e Donghae entram carregando dois sacos de adubo cada. Eles permanecem calados quando os deixam no chão, onde Eunji manda, e saem de novo. Vinte sacos de adubo, centenas de sementes e dezenas de flores e plantas depois, estamos prontos para começar.

Quando percebo, a luz do sol começou a
diminuir, e já faz algumas horas que não vejo Jungkook. Espero que ele e Donghae ainda estejam vivos.
- Acho que já fizemos o suficiente por hoje -, Eunji diz, limpando o rosto. Estamos cobertos de terra.
- Sim, é melhor eu ver como Jungkook está-, digo a ela, que ri.
- É muito importante para nós, principalmente para Donghae, que Jungkook esteja vindo mais aqui, e sei que devemos agradecer a você por isso. Imagino que tenham resolvido suas diferenças. -
- Mais ou menos... Acho que sim. - Dou uma risadinha.
- Ainda somos muito diferentes.- Ela não tem nem ideia... Eunji me dá um sorriso cúmplice.
- Bem, às vezes precisamos de alguém diferente. É bom ser desafiado.-

- Bom, Jungkook é bem desafiador. -
Nós dois rimos e ela me puxa para um abraço.
- Querido, você fez mais por nós do que imagina.- Meus olhos começam a marejar e eu meneio a cabeça.
- Espero que não se importem por eu ter dormido aqui. Jungkook pediu para eu dormir de novo.- Digo isso tentando não olhar nos olhos dela.
- Não, claro que não. Vocês são adultos e imagino que estejam se protegendo.-
Ai, Deus. Sei que meu rosto está mais vermelho do que as raízes que acabamos de plantar.
- Nós... hum... não... -, eu gaguejo. Por que estou falando sobre isso com a futura madrasta de Jungkook? Fico muito sem graça.
- Ah -, ela diz, igualmente envergonhada.
- Vamos entrar. -
Eu a sigo para dentro da casa, e tiramos os sapatos sujos na porta. Olho para a sala e vejo Jungkook sentado na beira do sofá e Donghae em uma poltrona. Jungkook olha em meus olhos e vejo alívio neles.
- Vou preparar a comida enquanto você se
limpa -, Eunji diz.
Jungkook fica de pé e se aproxima de mim. Parece feliz por ter saído da sala.
- Desço daqui a pouco -, digo, e sigo Jungkook escada acima.
- Como foi? -, pergunto quando entramos no quarto dele.
Em vez de responder, ele segura meu rabo de cavalo e me beija. Nós nos encostamos na porta e ele pressiona o corpo contra o meu.
- Estava com saudade. -
Sinto que derreto por dentro.
- Mesmo? -
- Mesmo. Passei as últimas horas com meu pai em um silêncio esquisito, trocando comentários de vez em quando. Preciso de uma distração. - Ele passa a língua por meu lábio inferior e minha respiração se acelera. Isso é diferente.

Gostoso e bem quente, mas diferente.
Jungkook desce as mãos pela minha barriga e para no botão da calça.
- Preciso de um banho. Estou cheio de terra -, digo, rindo.
Sua língua percorre meu pescoço.
- Gosto de você assim, lindo e sujo.- Ele abre um sorriso com aquelas covinhas. Delicadamente eu o empurro e pego minha bolsa antes de ir para o banheiro. Minha respiração está acelerada e me sinto um pouco desorientado.
Quando tento fechar a porta do banheiro, vejo que ela para no meio do caminho e fico confusa. Até olhar para baixo e ver a bota de Jungkook.
- Posso ir junto? - Ele sorri e entra no banheiro sem esperar minha resposta.

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Boa leitura!!

AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora