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  ∞︎︎

Meus olhos tentam se ajustar à escuridão, mas apenas uma parte da luz do luar consegue atravessar a janela fechada.
— Jungkook —, suspiro.
Ele solta um palavrão ao tropeçar em alguma coisa e preciso me esforçar para não rir.
— Estou aqui —, ele responde,
e acende um abajur. Olho ao redor do quarto enorme, que parece até de um hotel. A cama coberta com lençóis escuros fica na parede oposta e parece ser king, com pelo menos umas vinte almofadas em cima.

A escrivaninha é grande, feita de cerejeira, e o computador tem um monitor maior que a televisão do meu quarto no alojamento.

Há um banco logo abaixo da janela principal, e as demais estão cobertas com cortinas azuis bem grossas, que não deixam a luz entrar.

— Este é… meu quarto —, ele diz, passando a mão na nuca, quase envergonhado.
— Você tem um quarto aqui? —, pergunto, mas está na cara que sim. É a casa do pai dele e de Namjoon também.
Namjoon disse que  Jungkook  quase nunca aparece, então deve ser por isso que o quarto parece um mausoléu, impessoal e imaculado.

— Pois é… Mas nunca dormi aqui… até hoje. —
Ele se senta no baú posicionado ao pé da cama, desamarra as botas, tira as meias e as guarda dentro dos sapatos. Meu coração dispara diante da ideia de
que vou compartilhar com Jungkook uma experiência que também é inédita para ele.
— Ah. E por quê? —
Aproveito para tirar vantagem de sua sinceridade de bêbado.

— Porque nunca quis. Detesto este lugar—,
ele responde baixinho, desabotoa a calça preta e começa a abaixá-la.
— O que está fazendo? —
— Hã… tirando a roupa —,
ele responde, afirmando o óbvio.
— Sim, mas por quê? —
Apesar de meu corpo estar ansioso para sentir de novo suas mãos, espero que não pense que vamos transar.
— Bom, eu é que não vou dormir com essa calça apertada —,
ele responde, dando uma risadinha.
Jungkook afasta os cabelos da testa, puxando-os para cima. Tudo o que faz produz uma sensação incrível no meu corpo.
— Ah. —

Ele tira a camiseta, e eu não consigo desviar o olhar. Sua barriga tatuada é perfeita. Jungkook arremessa a camiseta para mim, mas não pego, deixo-a cair no chão. Levanto uma sobrancelha, e
ele sorri.
— Você pode dormir com ela. Acho que você não vai querer dormir só de cueca. Mas é claro que não ligo se quiser. —
Ele dá uma piscadinha, e eu, uma risadinha. Do que é que estou rindo? Não posso dormir com a camiseta dele, vou me sentir praticamente nu.

— Não ligo de dormir de roupa —, respondo. Ele dá uma boa olhada no que estou vestindo. Até agora, Jungkook fez nenhum comentário grosseiro sobre minha bermuda comprida ou minha blusa larga, e espero que não comece agora.

— Tudo bem. Você que sabe. Se prefere ficar desconfortável, por mim tudo bem.—
Ele vai para a cama só de cueca, e começa a jogar as almofadas no chão.
Chego mais perto e abro o baú, que, como eu imaginava, está vazio.
— Ei, não joga no chão. É pra guardar aqui dentro —,
aviso, mas ele dá risada e continua fazendo a mesma coisa.

AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora