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O nervosismo toma conta de mim enquanto caminho pelo bar enfumaçado. Como pude achar
que isso era uma boa ideia? Jungkook vai ficar furioso comigo, e Tae vai pensar que enlouqueci.
Um enorme sorriso se forma no rosto dele quando me vê, e Tae praticamente grita enquanto me abraça:

— Jimin, o que você está fazendo aqui?.

— Eu… Bom, estava procurando 
você —, explico.

— Tudo bem? Ou só estava com saudade? —, ele pergunta, aos risos.

— Eu estava com saudade.— Decido que por enquanto é melhor pegar leve.

— Faz séculos que a gente não se vê, Jimin —, Choi provoca e me dá um abraço.

— Onde Jungkook escondeu
você? — Hoseok aparece atrás de Tae e o abraça pela cintura. Pela maneira como ele cede a seu toque, percebo que já fizeram as pazes depois da briga por
causa de Yeri.

Tae sorri.

— Vem sentar com a gente… O resto
do pessoal ainda não chegou.

O resto do pessoal? Será que ele quis dizer que Jungkook vai chegar daqui a pouco? Sigo os três até a mesa, com medo da resposta, e decido nem fazer a
pergunta em voz alta. Peço um hambúrguer com fritas. Ainda não comi nada hoje, e já são mais de três da tarde.

— E desta vez vai vir sem ketchup mesmo —, a garçonete diz com um sorriso quando leva o pedido para a cozinha.

Ela claramente se lembra do
que Jungkook fez na última vez em que estive aqui. Fico mexendo nas minhas unhas pintadas enquanto espero a coca.

— Você perdeu uma festança ontem à noite, Jimin —, Choi comenta. Ele ergue o copo e termina de beber sua cerveja.

— Ah, é? — Abro um sorriso. A parte mais frustrante do meu relacionamento com Jungkook é nunca saber o que posso contar para as pessoas.

Se fosse um namoro normal, eu poderia responder que tínhamos nos divertido bastante no casamento do pai dele. Mas, como nosso relacionamento não tem nada de normal, fico quieto.

— É, foi uma loucura. A gente foi para o porto em vez da república.— Ele dá risada.

— Dá para fazer bem mais coisas por lá, e depois não precisa limpar nada.

— Ah. Yoongi mora no
porto? —, pergunto, tentando
manter um tom de voz neutro.

— Quê? Não, só tem barcos por lá. Ele trabalha durante o dia, e mora meio perto.

— Ah… — Começo a mastigar meu canudo.

— Estava um frio de rachar, e Hoseok ficou tão bêbado que pulou na água gelada —, Tae conta com uma risadinha, e o namorado dá um tapa de brincadeira nele.

— Não foi tão ruim, meu corpo ficou todo dormente assim que entrei na
água —, ele brinca.

Minha comida chega junto com as asinhas de frango de Hoseok e mais uma rodada de cervejas para os três.

AFTER - JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora