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𝕃𝕖𝕒𝕙

Alguns dias depois, no dia 14 de Julho, em um sábado, já era o meu aniversário.

Acordei de manhã e desci as escadas, dando de cara com meus pais e Brian.

- Bom dia, bela adormecida! -Brian zombou. Meus pais me abraçaram e desejaram feliz aniversário.
- E você? Não vai me dar parabéns?
- Não. -Ele sorriu, mas depois se levantou e me abraçou- Parabéns, e continua sendo essa irritante, insuportável, esquisita, chata e destrambelhada que você é, beleza?
- Beleza. Acho que eu nunca ouvi tantos insultos ao mesmo tempo... -Forcei uma risada- Vai se foder, seu idiota. E obrigada.

(...)

Coloquei uma calça jeans, um cropped preto básico e um tênis qualquer.

Fiquei lendo por um tempo no sofá, fazendo carinho no cachorrinho.
Até alguém bater na porta e eu ser obrigada a me levantar.

- Eaí. -Javon sorriu, assim que eu abri a porta.
- Eaí. -Sorri- A festa é de noite. -Brinquei.
- Eu sei. Só quería te dar parabéns. -Ele me abraçou, com um beijo logo em seguida- Feliz aniversário!
- Valeu...
- Quer sair 'pra almoçar?
- Hoje?
- É.
- Claro. Vamos sair agora?
- Sim.
- Só me espera um pouquinho? Vou trocar de roupa.
- Não, assim está ótimo.
- Mas eu nem estou arrumada.
- Mas eu também estou básico. E você 'ta linda. Anda, deixa de frescura.
- Vou pegar dinheiro, então.
- Não, eu vou pagar. É seu presente. Vamos.

- Os presentes são à noite, bobão. Tem a festa ainda, lembra?
- Eu sei. Quem disse que você vai ganhar só um presente? Tem o almoço e mais um, que você vai receber na festa.

- Tem um porém.
- Qual?
- Eu quero mais um beijo.
- Nossa, isso é muito difícil. -Ele brincou, me segurando pela cintura- Por quê você me faz passar por esses sacrifícios?

Grudei meus lábios nos seus, e aprofundados cada vez mais o beijo, que ficou bastante intenso.
Fomos interrompidos por uma tosse forçada, no caso, meu pai.
Javon me soltou, um pouco sem graça e forçando um sorriso.
- Oi.
- Oi. -Meu pai respondeu, indignado.

- Pai, eu vou sair para almoçar com ele, beleza? Daqui a um tempo estou em casa, de novo.

(...)

Fomos caminhando de mãos dadas e conversando durante o caminho.

Quando chegamos, nos sentamos em uma mesa qualquer.
- O que você vai pedir?
- Eu ainda não sei. -Ele deu de ombros.
- Acho que vou pedir panquecas de queijo.
- Vou te imitar. Você vai pedir sobremesa?
- Não sei. Tem sorvete?
- Na parte de trás do cardápio.
- É, acho que vou pedir sorvete.

(...)

Depois de passarmos um tempo juntos, Javon me deixou em casa e eu assisti alguns episódios de séries. Depois, acompanhei a moça que iria fazer a decoração no salão.

Era um salão pequeno, já que eu não havia convidado muitas pessoas.
Depois de tudo decorado, voltei para casa para me arrumar.

Coloquei o vestido, um salto alto fino de cor preta, um anel de prata, um brinco, um colar delicado de prata com uma pedra pequena de cristal.

Fiz um delineado estilo felíno, um pouco de sombra prata no canto dos olhos, um leve glitter prateado nas pálpebras e com algumas pequenas estrelas prata espalhadas abaixo e também nos cantos dos olhos. Cloquei também um cílhos postiços para deixar a maquiagem melhor.
Deixei a pele com um aspecto mais natural e passei um gloss.

Isso foi o que eu consegui, e sinceramente, ficou melhor do que eu esperava.
E sim, eu estava me sentindo linda. Fazia um tempo que não me arrumava tanto assim, e a sensação é simplesmente esplêndida.

- Como estou? -Perguntei a Brian.
- Uma gata.
- Pensei que você iria me ofender.
- Você está uma gata porque é a minha cara.
- Beleza. Isso sim, foi uma ofensa.

- Ei! Eu sou um lindo, você deveria ficar grata por ser parecida comigo.
- Menos, Brian. Você sabe que a mais bonita sou eu.

(...)

Fomos ao salão, e conforme as pessoas iam chegando, elas me parabenizavam e deixavam os presentes em uma caixa.

- Animada 'pra hoje? -Carol perguntou.
- Bastante. Eu só quero comer, dançar e abrir os presentes. Estou ansiosa.
- E pode apostar que vão ter presentes ótimos. Ótimos até demais... É perigoso de você infartar...
- Como?
- Nada. Estou brincando. Mas você está uma gata!
- Você também!

(...)

Javon, seus irmãos e seus pais chegaram. Depois de cumprimentar todos, foi a vez de Javon.

- Eaí. -Ele sorriu- Você 'ta linda. Linda 'pra caralho.
- O que foi? Está incorporando o Ash? -Brinquei, rindo enquanto o abraçava.
- Talvez. Mas você está muito linda, mesmo. Tipo, muito, demais.

- Você está me deixando sem graça.
- É, eu também estou sem graça. Eu não sei muito o que falar. Eu trouxe isso. -Ele entregou uma, muito linda por sinal.
- Uma rosa? Em uma festa euphoria? -Sorri.
- É... Eu sei que não tem muito sentido. Mas é que você vai receber o presente depois, e eu não quería chegar de mãos vazias. Pensei que gostaria de uma flor. E, bom, como não tem muito sentido, fiquei com um pouco de receio de comprar um buquê. Vai que ficasse estranho por causa da festa, porque buquês são para situações românticas. Mas, se você quiser, ou não gostar, eu posso trocar depois. Talvez por uma flor que você goste mais. Eu deveria ter perguntado, na verdade... -Ele coçou a nuca, visivelmente constrangido e envergonhado.

- Está ótimo, calma! Está perfeito. Essa rosa é muito bonita, eu adorei. Não tem necessidade de trocar, e eu vou guardar ela em um copo com água. -Sorri, beijando sua bochecha. Afinal, aqui não é um bom lugar para beijos de verdade- Por quê está nervoso?

- Eu não estou nervoso.
- Mas parece.
- Sei lá... Acho que só estou ansioso para a festa. -Ele riu- Ou você está me deixando nervoso.
- Como assim?
-  Sei lá... Talvez você esteja me encantando. Você está me deixando com vontade de te beijar, pena que aqui não é um bom lugar. -Ele sorriu.

- Você quer parar? -Perguntei, rindo- Você está me deixando sem jeito. Escuta aqui, você está muito atirado hoje! O que está acontecendo?
- Foi mal. Estou brincando! Ou não... Mas... Eu vou ficar perto da minha família, para você poder receber os outros convidados.
- Está bem.

- E sério, eu já falei isso... Mas você está muito gata. -Sorri.
- É. Sei lá... Eu meio que percebi que você me olhou de cima a baixo quando entrou no salão. E você prestou bastante atenção, então, eu realmente devo estar me superando hoje.

- É...
- Sério, mesmo. Eu senti você encarar a minha alma.
- Não é para tanto. Eu só admirei. Não posso? A culpa não é minha por você estar linda desse jeito.
- Já chega de me elogiar. Anda, vai comer os salgados antes que não sobre nada. Daqui a pouco eu passo na sua mesa, para falarmos um pouco.

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Oioi, voltei! Não publiquei esse fim de semana, mas estou de volta.







𝑨𝒃𝒐𝒖𝒕 𝒀𝒐𝒖 // ᴊᴀᴠᴏɴ ᴡᴀʟᴛᴏɴOnde histórias criam vida. Descubra agora