Aviso de conteúdo sensível: Insinuação a sexo, cenas de sexo e linguagem explícita.
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— Cheguei, linda. — Carolina falou fechando a porta atrás de si, observando Aurora digitar rapidamente algo no celular e deixar ele de lado.
— Tranca ela, por favor. — Pediu sem olhar para a ruiva, se levantou fazendo um coque nos grandes cabelos lisos.
— Seu cabelo não marca com coque? Ele é tão liso e macio. — Questionou em curiosidade virando-se de volta para Aurora, tinha acabado de trancar a porta como a moça pediu.
— Não, nem dá tempo de ficar marcado por causa do coque. Em dois minutos ele desmancha, isso daqui é só uma tentativa pra se livrar do calor por pouco tempo. — Riu apontando para o penteado que já começava a se afrouxar na cabeça. — Como foi o seu dia? — Parou em frente a Carolina e ao perceber a indecisão da ruiva sem saber cumprimenta-la, se deu a liberdade de segurar o rosto dela com uma mão, fazendo com que suas bochechas e lábios saltassem, então deixou-lhe uma sequência de selinhos que fizeram a mulher rir.
— Estressante. — Confessou. — E o seu?
— Normal, procurei coisas para fazer enquanto não estava com você. — Respondeu simples tirando os chinelos e passando a andar descalça pelo quarto. — Você vai tomar banho ainda?
— Não, não faz muito tempo que tomei um... Por causa daquele moço bêbado. — Respondeu em um desabafo colocando a mochila ao lado da cama de Aurora.
— Quê? Por quê? — Perguntou confusa parando de andar e olhando para Carol com as sobrancelhas franzidas.
— Ele jogou bebida em mim. — Disse triste, sua cabeça abaixou envergonhada.
— Eu não acredito. — Viu a expressão de Aurora mudar para raiva, a morena sentiu o ódio subir em sua cabeça.
Já não havia gostado do homem por ele ser uma péssima companhia, fazendo com que os outros hóspedes, além dela, se sentissem incomodados com a sua presença, não bastando ser extremamente zoadento, ainda descontava de todo o seu estresse nas garçonetes que o serviam, aproveitando-se de que eram mulheres para crescer em cima delas.
— Eu sinto muito, Carol. — Respondeu e não conseguiu deixar de abraçá-la, apertou o corpo da moça sendo retribuida. — Ele era um baita escroto, você não merecia ser tratada daquela maneira.
— Obrigada. — Disse em gentileza. — Mas está tudo resolvido já, ele foi expulso daqui por estar sofrendo penalidades e já estavam no limite. Ele ainda me ameaçou por ter chamado os seguranças, mas eu sei que ele não voltará. — Beijou a cabeça de Aurora e observou ela se afastar.
— Isso é ótimo. — Admitiu em um sorriso pegando outro frasco em sua mala.
— Tu passa quantos cremes? — Perguntou surpresa enquanto tirava os sapatos.
— Três, por quê? — Riu passando o líquido espesso nos braços.
— E qual foi o que você passou na boca? — Sentou-se na cama.
— Um esfoliante, pra deixar ela mais macia. Deixa eu passar em você? — Se animou voltando a apanhar o outro frasco do esfoliante e se jogou na cama sem nem esperar a permissão de Carolina. Passou nos dedos e foi deixando pingos nos lábios rosados enquanto a mulher ainda tentava entender tudo.
— Acho que pode, né. — Sorriu prestando atenção nos movimentos de Aurora.
Teu nome imita o mar
Eu cuido pra não me afogar...
Ela começou a massagear a boca de Carolina, os dedos indicador e médio faziam movimentos circulares lentos, acabaram mexendo demais com a ruiva que ficou com a respiração pesada e o seu olhar perdido parou nas orbes castanhas, que perceberam que o clima ali havia começado a mudar.
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Bilhetes para Aurora - Lésbico. (CONCLUÍDO)
Romance• Livro 3 da saga "Para Nos Eternizar". • Aurora é uma cozinheira nata que anda enfrentando uma fase de estresse extremo, pois o seu querido restaurante está quase declarando falência. Devido a uma sugestão da sua ex-mulher, ela decide tirar um temp...