Boa comunicação e intimidade.

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Aviso de conteúdo sensível.

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— Vamo dormir? — Aurora perguntou se espreguiçando e pronta para desligar a luz. O dia havia sido cansativo.

— Uhum. — Carolina respondeu distraída no celular.

Já tinha tomado banho, estava deitada na cama, um braço acima da cabeça, a outra mão segurava o celular, uma perna estava esticada e a outra dobrada para o lado. A morena não havia gostado tanto por ela ter ficado monossilabica, às vezes se distraia bruscamente no celular e respondia as coisas sem prestar tanta atenção, já tiveram situações em que havia irritado mais, agora só trouxe um pequeno desconforto que logo seria resolvido.

Aurora apagou a luz e o quarto ficou sendo iluminado pelo brilho da tela do celular da ruiva, então a morena fez questão de subir no colchão ficando de joelho abaixo dela, tomou a liberdade de esticar a perna que estava dobrada enquanto subia por cima da namorada. Não precisou nem pedir o celular porque Carolina cedeu ele com a maior facilidade e um sorriso sugestivo no rosto. A morena pegou o aparelho e o colocou ao lado do travesseiro, então depositou seu peso sobre o corpo da ruiva, já levando sua mão para a nuca dela e Carol já reagiu pousando seu tato sobre a bunda grande.

— Dormir é? — Questionou sentindo o calor do rosto da morena se aproximando no seu.

Aurora a entregou um sorriso e um selinho demorado, então iniciou um beijo lento e entregue enquanto subia a mão da ruiva para a sua cintura, mas foi só se distrair outra vez que ela voltou para o mesmo lugar, apertando o bumbum em uma pura ousadia e vontade.

— Uhum, dormir. — Ela respondeu entre os lábios rosados quando separaram-se para puxar o fôlego, não demorou muito para que voltassem a se beijar.

O contato foi ficando mais quente e necessitado, as duas sabiam que não podiam se beijar por muito tempo se não a situação piorava, sempre piorava... Mas eram atrevidas e não tinham nada a perder, então cederam a vontade de continuar ali. Em minutos Carolina já puxava a namorada contra o seu corpo enquanto ainda devorava a boca dela em um ato ainda mais quente, estava pronta para tirar a roupa da mulher. Caso não tivessem escutado o barulho fraco de batidas na porta, era abafado, tímido, mas ainda sim foi um barulho que fez com que elas se separassem de imediato, Aurora apressou-se em com o dedo contornar a boca da namorada e a sua, e torceu para que seus lábios não tivessem tão inchados e vermelhos.

De novo o barulho apareceu na porta, algumas batidas tão fracas que parecia que quem fazia o ato estava extremamente inseguro.

A morena quem se levantou ligando as luzes, checou como estava e abriu a porta, dando de cara com uma Heloísa de olhos arregalados, abraçada em um travesseiro e com uma cara de sono.

— O que aconteceu? — A morena perguntou estranhando.

— Me desculpa. — Heloísa disse com os lábios tremulando e abaixando a cabeça.

Assim que ela terminou de falar, um raio cortou o céu em uma imagem assustadora que só então fez Aurora notar que ele estava carregado de chuva, segundos depois o barulho veio fazendo a menina se encolher e começar a chorar sem vergonha.

— Eu tô com medo. — Ela disse com dificuldade conseguindo tocar a comoção da morena.

— Ô meu Deus. — Expressou puxando a jovem para dentro do quarto e fechando a porta.

— As chuvas daqui realmente são mais fortes, mais audiveis, porque estamos em total contato com a natureza, tem água por toda parte, a maré sobe, aqui tudo é muito aberto... Entendo que são bem mais assustadoras do que em uma cidade grande, porque o barulho de lá é bem mais alto e encobre, já aqui é tudo mais silencioso e fica evidente o som. — Carolina explicou para Heloísa e Aurora que também havia se encolhido com outro trovão. — Mas não vai acontecer nada, podem ficar tranquilas. — Tranquilizou e ela olhou para a loira. — Vem pra cá. — Chamou com as mãos.

Bilhetes para Aurora - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora