Jogos perversos.

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— Por que está me levando ao estúdio? — Perguntou. — Inclusive, não dava pra ver o que tinha dentro? Ou eu que viajei?

— Tem persianas, estão abaixadas. — Comentou rindo e arrastando a mulher para dentro do local totalmente escuro.

— Hum... Nós vamos ficar aqui, sozinhas? — Questionou sentindo as mãos da namorada se apossarem da sua cintura e fazerem ela caminhar em passos cegos.

— Uhum. — Instigou mordiscando a mandíbula da morena, justamente para deixá-la submissa na intenção de poder fazer o que quiser. — Você me dá permissão? Pra te tocar? — Sussurrou baixinho.

— O que você quiser. — Ela cedeu sem pensar suas vezes deixando-se ser sentada em uma cadeira sem braços deduzindo que Carolina sentaria em seu colo.

— Você disse que queria se divertir comigo... — O tom de voz passou a sair um pouco mais arrastado, as mãos pálidas passaram nos braços morenos, os colocando para trás e em rápidez ela prendeu os pulsos da namorada com uma algema.

Aurora se assustou, depois do estralo com a confirmação de que os pedaços de metal estavam fechados e o aperto nos seus pulsos, deduziu que a ruiva havia prendido ela a cadeira, tentou puxar os braços de volta e não conseguiu fazendo a namorada rir maldosamente.

— Olha a brincadeira de mal gosto, Carolina. — Repreendeu tentando se soltar, passando a ficar agitada.

— Tranquila, mi bien querer. — Respondeu em outra língua.

Separou as coxas torneadas morenas e também algemou cada calcanhar em um pé da cadeira, fazendo com que as pernas ficassem distantes e ela tivesse acesso livre ao meio delas. E então se afastou, em silêncio, deixando Aurora sozinha que tentava se soltar a todo custo por instinto. Qualquer um sabia que algemas só abriam com chaves ou sendo cerradas, porém a reação era sempre a mesma, se agitar puxando os braços e pernas até cansar e aceitar que não conseguiria se soltar sozinho.

— Carolina! — Chamou já ficando um tanto irritada com o silêncio e a falta de informações, ainda mais porque estava tudo escuro e não conseguia ver absolutamente nada.

— Eu planejei uma programação para nós. — Seu tom de voz baixou o volume, sugestivo, distante.

— O que você vai fazer comigo, Carolina? — Questionou apreensiva.

— Sh... A partir de agora você só fala quando eu mandar. — Ordenou sendo dura, autoritária. — Você só será solta quando eu deixar, só me tocará quando eu pedir, onde eu pedir. — Deixou claro. — Ouviu? — Perguntou abrindo o aplicativo de música e preparando aquela que já havia selecionado.

— Ouvi. — Disse obediente.

E então uma luz de led azul se acendeu iluminando a sala e deixando Aurora em mais dúvida ainda, até ver a sua namorada, erguendo as sobrancelhas em total surpresa.
Havia mudado a roupa, trajava uma blusa social e uma calça, até mesmo um salto, lhe dava um ar mais sério, talvez até bem mais sexy, que pelo visto era o que pretendia... A morena pressionou os lábios para não falar, sentia o desejo enorme de elogiá-la.

— Você disse que queria ter me visto dançar mais vezes, então eu resolvi realizar o seu desejo. — Fez a morena sorrir descaradamente. — Escolhi uma música e fiz uma coreografia especialmente para você. Apenas aprecie enquanto não pode me tocar. — Ela sorriu vitoriosa lembrando a namorada a condição em que ela estava.

Eu deixei minha garota em casa, eu não a amo mais

E ela nunca saberá disso

Bilhetes para Aurora - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora