Bilhetes para Aurora - Lésbico. (CONCLUÍDO)

Descontrole total.

Aviso de conteúdo sensível: Linguagem explícita, violência (física, verbal e sexual) e preconceito.

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— Eu me sinto no BBB aqui. — Aurora comentou fazendo a namorada rir. Passou a mão entre seus cabelos e arrumou a calça que era bem acinturada, mas folgada nas pernas.

— Como assim? — Carolina perguntou franzindo o cenho terminando de abotoar a camisa que usava.

— Porque aqui minha vida está uma montanha-russa, sobe, desce e do nada tem festa. — Gargalhou junto com a ruiva, arrumando a pochete a prova de água na cintura, era pequena, cabia o dinheiro e o celular. — Tem briga, tem choro e do nada eu tô curtindo... Mas ainda bem que não tem câmera me filmando por vinte e quatro horas. — Admitiu colocando o colar, deixou um beijo nele e aceitou a mão que a moça lhe oferecia.

— É uma bela reflexão. — Assentiu com a cabeça ainda achando graça.

— Eu só tô indo por você, jamais deixaria de ver a minha dançarina arrasando. — Confessou em um choramingo, agarrando o rosto dela e dando um selinho na boca rosada suja de gloss, seu, é óbvio... Já estavam trocando beijos antes.

— É bom saber que posso ficar de casalzinho contigo dessa vez. — Expressou o seu alívio fechando a porta do quarto. — A gente vai beber hoje?

— Você quer? — Aurora questionou curiosa.

— Sim. — Ela assentiu e fingiu um sorriso inocente.

— Então eu também vou. — Confirmou.

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Não era uma festa como a balada da última vez, haviam toldos fincados na areia por toda parte por causa do tempo nublado, barraquinhas de bebida espalhadas, guias prontos para ajudar e um palco enorme montado perto do mar.

Ventava bastante, mas nada capaz de parar turistas dispostos a curtir e a beber, dessa vez com uma atração de verdade, uma banda de pagode tocava animando as pessoas presentes ali.

— Amiga, não é por nada não. — Eduarda começou se sentindo um pouco zonza. Falou tudo tão embolado que Carolina não entendeu.

— Quê? — Questionou jogando o cabelo ruivo para o lado e deixando a orelha exposta para escutar.

— Amiga, eu amo você, sabia? — Questionou segurando o rosto da ruiva que só agora percebeu o quão alcoolizada ela estava. — Mas...

— Eu também te amo. — Respondeu dando risada. — Mas o quê?

— Eu tenho que te contar uma coisa. — Revelou girando, procurando algo com seus olhos, achou que fosse melhor mover o corpo do que só a cabeça, pela tontura, porém estava completamente errada, porque começou a girar e desequilbrou precisando ser sustentada pela dançarina.

— Tá na hora de parar de beber né, Duda? — Perguntou tomando o copo dela da mão, não costumava se alcoolizar daquela maneira, mas às vezes, sabendo que tinha alguém de confiança para cuidá-la, bebia bastante.

— Não acho, devolve meu copo. — Tentou tomar o copo de Carolina, mas ela o ergueu impedindo. — Umbora mulher, eu sou mais velha que você! — Berrou saltando, focada em pegar a bebida de volta. — Obedeça os mais velhos. — Ordenou enquanto a ruiva tinha uma crise de riso.

— Proponho um acordo. — Sugeriu observando a amiga loira assentir. — Faça o número quatro com a perna, se você ficar de pé por cinco segundos, eu te devolvo. — Recebeu uma erguida de sobrancelha, Duda não gostava de ser desafiada e foi tentar.