Confidência.

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"Olá, meu amor.

Sei que é tarde, mas preciso te levar a um lugar. Notei você meio triste pelo que aconteceu, de fato ver um garoto entre a vida e a morte é uma situação traumatizante, mas acredito que está precisando se distrair, já que está tudo bem.

Roupa de banho (ou não, se quiser... risos) e sem reclamações.

Te espero 02:00AM na recepção.

Beijo.

- Carolzinha".

~

- Eu estou achando que nessa ilha só existem aventuras de madrugada e que vocês se aproveitam que os turistas estão sonolentos para enganá-los dizendo que isso tudo é encantado, mas na verdade estamos todos delirando. - Brincou coçando os olhos e fazendo Carolina gargalhar alto enquanto a puxava pela trilha de terra, com apenas uma lanterna ligada. - Eu estou brincando tá bom, Sirena, por favor não leve a sério. - Apressou-se em se desculpar com figura que supostamente regia aquelas terras.

- Na verdade esse é um lugar em que os turistas adoram vir, durante o dia fica cheio e eu queria poder curtir isso a sós, contigo. - Foi sincera fazendo a moça se derreter. - Ai a noite seria a melhor opção pra nós duas, não tem ninguém.

E então o barulho do botão da lanterna sendo apertado surgiu, logo depois o escuro, avisando que Carolina teria a desligado. Antes mesmo que a morena se pronunciasse, a moça segurou o rosto dela e atacou os lábios carnudos em um beijo cheio de vontade, surpreendendo-a. Demorou um pouco para que Aurora digerisse o que acontecia, mas suas mãos pousaram no colo da ruiva e passou a retribuir ao beijo, que era quente mas estava lento, bem demorado e continham suspiros que demonstravam o quanto as duas gostavam daquele contato.
Com a mão que segurava a lanterna, ainda com ela, pousou-a no cóccix da moça que estremeceu pela temperatura gelada do objeto e a outra mão que segurava o rosto de Aurora entrelaçou os dedos nos cabelos dela com cuidado, a boca seguiu beijando-a e a língua desbravando-a da forma que conseguia e que sabia que ela gostava.

- Estava morrendo de saudade dessa boca. - Confessou em um sussurro roçando os lábios e ouvindo um grunhido leve da morena, em puro drama, querendo continuar aquele beijo interrompido.

- Então volta pra ela. - Sugeriu apertando a blusa da moça e puxando-a de volta, tomando os lábios rosados para si em outro beijo ainda mais intenso, com saudade.

Ela deixou que ruiva tomasse as rédeas, adorava se desmanchar por completo em meio àqueles braços, as mãos grandes e tatuadas da moça pálida a puxando contra si era uma tentação absurda que adorava ter que passar, adorava ser tentada por Carolina, adorava testar seu autocontrole, pois seu maior desequilíbrio e o auge da sua inquietude quem a provocava.

- Adoro que agora eu posso te beijar a hora que eu quero. - Sussurrou baixinho passando por trás de Aurora e a abraçando.

- Eu também adoro que chegamos nessa fase. - Suspirou sentindo o calor do corpo da ruiva.

Em ousadia a moça pálida passou os cabelos castanhos todos para um lado e distribuiu beijos demorados, languidos, no pescoço exposto enquanto já se apossava da cintura da morena com o quadril dela grudado no seu.

Ficava nervosa tocando a moça, talvez por estar em fase de conhecimento da anatomia dela, ou porque se importava muito se ela gostava ou não, ou talvez porque ainda estivesse se acostumando com a idéia de que ela tinha permissão, agora, para fazer o que bem entendesse... Que os gestos dela e todo afago, carinho e até melosidade seriam todos muito bem-vindos, porque Aurora esperava por eles.

Bilhetes para Aurora - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora