Aviso de conteúdo extremamente sensível.
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"Me desculpa sair sem dar aviso, precisei ir embora e não quis te acordar, você estava num sono tão bom que fiquei com dó.
Estou de trabalho hoje, mas assim que puder, te procuro.
Tome um belo banho e o café da amanhã está a sua espera, assim como eu.
Milhões de beijos que ainda quero te dar.
- Carolina".
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— Vem, vem. — Eduarda ofereceu a mão para a moça morena, que de início não estava entendendo nada.
Elas haviam começado a conversar sobre assuntos aleatórios, criando assim uma boa comunicação, se entendiam e a conversa fluía facilmente, até chegarem na pauta que tinha o nome Carolina... Eduarda estava trabalhando e conversava escondido com Aurora, porém, após perguntar para a moça se ela sabia o que ruiva estava fazendo, a morena negou e então ela largou tudo, começando assim a guiar Aurora para algum lugar, estava eufórica, ansiosa.
— Eu não tô entendendo nada, Duda. — Ela aceitou a mão da moça e deixou com que ela a levasse onde pretendia, subindo o morro de areia.
— Não precisa. Sem questionamentos. — Ordenou a mulher. — Só olhe, você precisa ver isso. — Sorriu em animação.
Andava em direção a um enorme galpão que era ao lado do hotel, parte dele estava evidente a reforma, havia cimento, tijolos e terra. Já do outro era como uma sala, cercada por vidros que ficavam embaçados de longe porém à medida em que se aproximavam, ficava visível o que havia lá dentro.
Aurora estranhou, franzindo o cenho, enquanto Eduarda a olhava com uma expressão de empolgação, de quem esperava uma reação, um susto talvez, uma surpresa.
A morena estreitou os olhos encarando o vidro e conseguindo identificar uma meia lua de adolescentes, uma música tocava em alguma batida agitada e eles estavam tão eufóricos quanto, era possível ouvir os gritos, palmas e incentivos. Direcionou por fim o olhar para o meio, onde era notável alguém... Era Carolina, uma Carolina hipnotizante, diferente, lotada de atitude.
Aparentemente estava em frente a um estúdio de dança, o piso do local era de madeira, bom o suficiente para não escorregar os sapatos e também não machucar, funcionava como uma vitrine, nas paredes haviam espelhos e a entrada inteiramente de vidro, dava para ver o que acontecia, tornando-se um atrativo para olhos curiosos. Talvez fosse uma aula de dança onde Carol provavelmente era a professora.
A ruiva dançava com mastria alguma coreografia que parecia planejada e se fosse improviso, ela sim era muito boa naquilo, volta e meia as suas mãos passavam entre os cabelos ondulados soltos jogando os de um lado para o outro em pura estratégia, ela estava suada, mas seguia fazendo seus passos tão precisamente que era surpreendente, não tanto quanto o controle que parecia ter do próprio corpo, tão bonita, até sensual, superior, mostrava que naquela hora e naquele quesito precisava ser respeitada porque sabia exatamente o poder que tinha e tudo o que fazia. Sabia o efeito e as reações que causava.
— Puta merda! — Aurora disse estática sem conseguir direcionar seus olhos para outro lugar... E nem queria. — Ela é muito boa, Eduarda! — Disse eufórica.
— Sim! — Bateu palmas empolgadamente. — Não acredito que ela não te mostrou que sabia dançar.
— Ela chegou a comentar, mas não disse que era assim. Ela dança demais. — Respondeu ainda impactada.
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Bilhetes para Aurora - Lésbico. (CONCLUÍDO)
Romance• Livro 3 da saga "Para Nos Eternizar". • Aurora é uma cozinheira nata que anda enfrentando uma fase de estresse extremo, pois o seu querido restaurante está quase declarando falência. Devido a uma sugestão da sua ex-mulher, ela decide tirar um temp...