Antepassados com soluções.

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Aviso de conteúdo sensível e spoilers da saga.

Esse é um dos capítulos que quem leu desde o primeiro livro vai saber de tudo o que foi exposto e quem não leu muito provavelmente vai ficar um pouco perdido.

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— Quero que me expliquem tudo o que estão vivendo agora, sem nenhuma vergonha, o que é escutado aqui, fica aqui. — Pediu.

— Bom, uma sucessão de coisas ruins. Por causa do estresse, ansiedade e depressão, eu resolvi viajar a passeio pra tentar distrair um pouco a mente e nesse passeio fui parar no hotel da mãe de Carolina, então tudo começou. — Pigarreou organizando os fatos em sua mente. — Primeiro a gente teve uma conexão absurda, desde o primeiro dia já parecia que nos conheciamos desde pequenas, eu tive medo de me entregar, mas no final acabou que estamos namorando de verdade.

— Está vendo? A história de vocês já começou com você se privando e demorando a se entregar a algo que você queria muito. — Lembrou. — E então... — Violeta falou para que ela prosseguisse.

— Primeiro tem um crítico que me inferniza e me desequilibra tão fácilmente, ele é muito invasivo, parece obcecado por mim, posta notícias falsas sobre a minha pessoa. — Explicou.

— Obcecado? — A idosa perguntou para ter a certeza de quem era.

— Sim, senhora. — Aurora concordou esperando uma resposta, mas a moça deixou ela prosseguir. — Depois teve o pai de Carolina, que é desrespeitoso com o nosso relacionamento sobretudo com ela, ele a suga rápidamente, ele deixa ela perdida, mas é perdida a ponto de ter amnésia.

— Como você se sente perto dele, Carolina? — Direcionou a palavra para a ruiva.

— Isso, exatamente o que ela disse, sugada, ele parece tocar o dedo em ferida profunda minha e eu me sinto tão mal. — Descreveu e Violeta assentiu para prosseguirem a explicação.

— Acabou que depois que o crítico me expôs, envolveu uma menina em toda situação, ela antes era moradora de rua e eu cuidava dela, a alimentava sempre que podia, mas as notícias que saíram acabaram causando consequências a ela também... Eu a trouxe para a ilha em que estávamos, senti coragem de admitir o que sentia por ela e Carolina também se encantou. No final de tudo agora ela é nossa filha, Heloísa é um presente enorme, só que é dependente química e não anda muito bem de saúde também. — Confessou nervosa.

— É, realmente todo mundo precisa resolver suas questões... Deixe-me advinhar, loira de cabelos encaracolados, nariz pontudo e olhos verdes como duas esmeraldas, que por acaso é o nome da minha mãe, Esmeralda. — Ela sorriu sabendo que a mulher também havia aceitado o seu destino.

— Ela é exatamente assim, parece tanto comigo que dá pra dizer que fui eu quem a tive. — A ruiva confirmou. — Me desculpe se isso soar indelicado, mas sua finada mãe, faleceu do quê? — Carol perguntou, pois já sabia qual havia sido o fim de Flora, de Jasmine, Melinda e todas as outras.

— Infarto. — Respondeu simples, a dor do luto estava curando, já se faziam anos e saber que sua mãe já estava em outra vida lhe confortava. — Todas elas tinham um problema no coração, primeiro foi Kassandra, depois Serena e depois a minha mãe ainda que não dividisse do mesmo sangue das duas. — Fez as mulheres seguirem erguendo as sobrancelhas por surpresa. — Mas enfim, prossigam por favor.

— Não sendo o suficiente, alguns exames meus demoraram a sair e então recebi o diagnóstico alguns dias atrás de um tumor cerebral, no mesmo lugar do de Melinda e acredito eu que no de Flora também. — Comentou triste, era doloroso falar aquilo. — Eu senti tudo desmoronar, senhora. Não tenho saúde, minha vida financeira não está boa também, tenho medo do que está por vir.

Bilhetes para Aurora - Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora