Meu Novo Vício - Chase Atlantic

one

É engraçado como meu irmão acaba com a minha paciência, pelo celular.

_ vc tá sendo umas das colocadas nessa vaga, única e limitada!

_ e tu tem que ver que eu não quero, passar anos, trabalhando pro meu irmão.

_ pieh, é só tirar fotos, apenas, da pra vc trabalhar por fora. Senti suspiros pelo celular. _ porém vc tem que entender, que nós, Chase Atlantic, seremos sua primeira prioridade!

_ vc quer que eu faça a prova pra uma única vaga, pra tirar fotos de um bando de garotos, de uma banda de rock, que nem são conhecidos mundialmente?

_ ainda! Sei que está sendo hipócrita nessas suas palavras, vc foi a primeira pessoa a nos apoiar, qual é? Não quer trabalhar?

_ posso pensar?

Foi a última coisa que ele ouviu, "posso pensar?" antes de desligar na minha cara.
Eu sempre apoiei meu irmão, e os amiguinhos de rua dele, as músicas deles são ótimas, eles expressão sentimentos reais nas letras. Isso é bom.

Mas ter que trabalhar com meu irmão, que é insuportável, é horrível, mas eu não tenho outra escolha, vou ter que ir pra Los Angeles, fazer esse "teste".

Me arrumei o básico, vou chegar de surpresa na gravadora deles, com a câmera solta na cordinha, em volta de meu pescoço. Um vestidinho solto florido claro, com uma sandália nude, ótimo, tô pronta.

Pus as roupas que vi em minha frente dentro da mala, e logo fui pro aeroporto, não estava lotado, comprei uma passagem e logo fui viajar.

Meu avião saiu às 10 hr da manhã, eu estava sem café e sem almoço, será que iria chegar viva?

Meu fone tocava algumas músicas de meu irmão, as mais famosas na plataforma de música, ainda não bombadas, pois iriam começar turnê depois que contratassem uma nova fotografa.

Eles já tinham, uma tal de Jordan, ela era boa, muito boa, admirava o trabalho dela. O motivo da demissão? Ainda não sei amores, não vejo a hora de saber.

Adormeci. Não vou dizer por horas, pois não foi. Por minutos! Acordei com o avião balançando, estava pousando, sai bem plena, apanhei com a mão direita minha mala, e entrei em um táxi, amarelo, típico Estados Unidos.

Disse o endereço, e fiz o motorista ouvir na radia a banda de meu irmão. Cheguei, desci do carro, ele levou minha mala até a portaria da gravadora, mostrei meus documentos ao porteiro idiota e intrometido, e subi pelo elavador de milhões.

Juro, que achei que ele iria cair. Logo sai do elevador e dei de cara com Mitchel, ele estava fumando, e sem camisa. Sorri tímida, AIII QUE GATINHOO!!

— quem é vc? — soltou a fumaça pelo nariz e eu dei uma tossida básica, após me intoxicar com a fumaça — perdão!

— irmã do Christian, eu vim pra concorrer a vaga de fotógrafa da banda de vcs — passei a mão no cabelo ao vê-lo apagar o cigarro — não foi nada.

— vc é a Pietra? Ou estou enganado?

— sou sim.

— cresceu muito desde a última vez que te vi, bom seu irmão está lá dentro.

— não foi exatamente meu irmão, que eu vim ver e vc sabe.

— a sala de testes é logo ali, vcs vão fotografar 5 tipo de frutas, e tem que dar destaque a todas elas em uma só foto — sorriu e pegou o esqueiro.

— vou fingir que as frutas são vcs! — sorri de canto e caminhei puxando a mala.

— seu irmão é a banana! — caminhou até a janela meio aberta e ascendeu outro cigarro.

Segurei a risada estrondosa e fui até a sala que ele me indicou. Entrei, vários fotógrafos fazendo o mesmo teste, e eu fiz o meu. Cara fotografar frutas, no caso, uma banana, uma pera, metade de uma melancia, um limão e um morango, foi fácil.

Aguardei num sofazinho macio, tomando um licor de frutas, até que um homem de terno entrou com uns papéis em suas mãos e uma caneta, foi dispensando um por um, fiquei sozinha na sala.

— Pietra Anthony? — me olhou dos pés a cabeça, julgando minha humilde aparência.

SOU GOSTOSA VELHOTE.

— Sim.

— vc foi a única classificada, e teve apoio dos membros da banda, parabéns, e espero que faça um bom proveito desse novo emprego e dessa nova jornada conosco!!

Apenas sorri e estralei os dedos. Dando uns pulinhos baixos eu saí da sala e me deparei com os cinco em minha frente.

Christian me abraçou e embaraçou meu cabelo sedoso e lisinho, cumprimentei todos menos Mitchel, pegando em suas mãos.

— já almoçou irmã do krass? — Patrick pôs a mão em meu ombro.

— pior que não, e vc? — sorri.

— nenhum de nós, essa droga de escolha de fotógrafo novo, atrasou nosso almoço hoje.

— estamos indo almoçar num restaurante aqui pertinho, quer ir? — meu irmão me perguntou.

— obviamente!!

Saímos da gravadora e fomos pro restaurante, pedimos uma mesa para seis e logo pegamos o cardápio, cada nome diferente, Patrick me falou que só os nomes são estranhos e diferentes, pois a comida é a mesma que comemos em casa, e é bem mais caro.