sixty two

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Mitty me olhou sério e então entramos no carro. Ele me levaria a um mine lago. Que jovens e amantes se encontravam para dar uns amassou. KAKAKAKAKAAKAK MENTIRA. Só é a minha ingênua imaginação, já imaginando a cena que eu passarei mais tarde.

— vc não acha que esse teu professor foi meio inconveniente?

— em qual parte?

— todas. Assim, não julgando nem desfazendo. Mas ele é um merda, acho que deveria trocar de professor, ah tantas professoras boas e profissionais nessa área, que se encontra aqui.

— então vc não tá incomodado com exatamente o que aconteceu, e sim por ele ser um professor "homem".

— vc entendeu, ter mais intimidade sabe, mas liberdade.

— Mitty, uma coisa não tem nada haver com a outra, okay? Ele é um ótimo profissional, não vou mudar de professor, se ele agir com imaturidade comigo, eu mudo.

— ele desfez da banda que vc atualmente trabalha.

— sim, ele desfez, e daí? Tu gosta de música clichê?

— não, acho muito sei lá, não vou opinar.

— então, mesma opinião, tu não gosta, ele também não gosta, ele só falou uma coisa que a maioria fala quando não gosta de tal música ou de tal cantor.

— mas ele disse na minha frente Pietra, sou vocalista principal da banda, entendeu? Cara se não te doeu ou não te deixou mal, beleza. Mas eu me senti humilhado de tal forma, mano o cara nem se quer ouviu duas músicas inteiras.

— não é todos que ouve uma música contendo drogas, depressão e sexo misturadas, ele curte olivia rodrigo.

— entendi, vamos deixar isso pra lá, tu vai defender esse vacilão.

— não vou defender ninguém, para e pensa, não vou brigar com ele por ele dividir uma opinião que é DELE.

— tá, por um lado tá certa, mas deixar ele diminuir minha banda, algo que é literalmente seu meio de ganhar dinheiro. Me diz quem vai contratar um fotógrafo e pagar o mesmo salário que nossa banda paga a vc?

Fiquei em silêncio, por um bom lado, ele tá certo, eu deveria ter dito algo pelo menos, não defendido pois não vou de me envolver nesse tipo de coisa.  Mas eu ia fazer o que? É uma opinião do cara, sabe, apenas uma opinião, eu tenho a minha, se formos por na mesa aquilo que nós queremos que todos achem, iremos ter a terceira guerra mundial.

Então chegamos no lago eu sai, ele saiu em silêncio nem disse nada e nem agiu diferente. Fomos andando, ele com a mão no bolso, dando passos curtos, chutando folhas secas, e eu seguindo seus passos, com a alça de minha bolsa no ombro. Paramos na ponte do lado, que fazia uma meia lua, por cima do lago, cruzava de um lado no outro.

Escorei na tábua e eu o olhei, ele tirou e limpou seus óculos e os pôs no bolso. Eu o retirei do bolso e pus na minha bolsa, medo de quebrar a visão do meu futuro marido.

— odeio ter conversas tensas com vc, a gente só para discutindo ou brigando, temos que parar com isso.

— vc leva tudo pro coração, nunca temos uma conversa normal.

— não dá pra ter uma conversa normal, passamos 24 por 48 juntos, dormimos na mesma casa, tomamos o mesmo café, usamos o mesmo banheiro.

— o que custa tentar conversa sobre qualquer coisa? Dia a dia não é inventar uma história só pra ter a pessoa ali Mitchel!

— meu dia a dia é ao teu lado garota, sempre ao seu lado, eu vivo te admirando, e isso que vc quer ouvir? Que se for por assunto na mesa eu direi quantas horas passo, te admirando?

Não respondi.  Ele se aproximou pôs as mãos no meu rosto e me deu um leve beijo na boca.

— não dá pra contar histórias passadas pois a maioria faz mal só de lembrar. No momento se for falar do agora, só vai da em vc.

Eu sorri bestamente.  Sim, sorri de besta, eu sou muito burra. MITTYYYY CASA COMIGO, VAMOS VIVER DE ÁGUA E MIOJOS?!

Meu Novo Vício - Chase Atlantic Onde histórias criam vida. Descubra agora