seventeen

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Fui terminando meu filme, mas antes tranquei a porta de meu quarto, Krass ia ficar entrando, mesmo, eu tendo ameaçado ele com um controle.

Filme bom pra caralho, destranquei a porta, e apanhei minha toalha, linda e cheirosa, como a dona que a usa, hahaha. Destinei ao banheiro. Tomei um banho bem tomado, pra tirar o cheiro de ressaca de três dias, sendo que não bebi nada, ao não ser o negócio posto num frasco, do Mitty.

Eu estava no guarda roupa, escolhendo um vestido, neutro, sem muito babado, já não faz muito meu gosto cheio de flores, estou me acostumando com os meninos e o estilo deles.

Abaixei a toalha na cintura, agarrei os sutiãs de silicone, que grudam no peito, para usar com tomara que caia, ou roupa que não quer que apareça a alça. Pus os dois com o maior sacrifícios.

— meu Deus! — Mitty disse após entrar sem BATER e SEM CHAMAR.

— toma no cu Mitchel! — disse pondo as mãos nos seios e me virando.

Sou burra? Sou demais, mais é o Mitchel.

— não me chingue se vai ficar de frente de mim!

— que droga! — me virei, é hábito sempre me virar no susto.

Suspirei apertando os dedos contra a mão.

— pq diabos vc entrou aqui?

— seu irmão pediu um relógio de prata que está na gaveta de um criado mudo — falou numa voz calma.

— e pq aquela desgraça não veio buscar? Não tem pernas?

— vira uma pomba branca e fica na paz, eu não vi nada entendeu? Só me assustei.

— e se tivesse visto, ia fingir que não!

— tanto faz, já vi vários, agora se quer que eu saia daqui o mais rápido possível, pega logo esse relógio.

— pega vc, não vou soltar a toalha.

Escutei seu riso maroto, chegou perto de mim, e pôs o dedo em minhas costas.

— manchinha de nascença?

— acidente, e não é uma mancha é uma cicatriz, agora se manca!

— okay! — pegou o relógio na última gaveta, e saiu de mãos erguidas e de ré.

— anda Mitchel! — disse batendo os pés.

Ele se acelerou e saiu de meu quarto. Fiquei desconfortável, não gosto que vejam minha cicatriz, é algo muito pesado pra mim, uma das minhas maiores inseguranças.

Puxei um vestido preto de manga longa do cabide, e me vesti, alisei meu cabelo na chapinha, e pus uma bota, vou sair por aí, e sem hora pra voltar, é muito cedo? Sim, mas foda-se, não tem hora pra vadiar, quer dizer, se divertir.

Sai do meu quarto e peguei o cartão de Krass. E eu bem plena no corredor, até ouvir um "para aí".

— Clinton... — disse num sorriso aberto.

— vamo sair? — disse me acompanhando.

— a pergunta que vc quer me fazer é essa mesmo? Ou será que é, posso te acompanhar? Kkkk — ri dele.

— posso te acompanhar?

— se vc quiser beber shot até a garganta pedir por água — ele pegou minha bolsa e carregou.

— o que vc quiser! — deu o braço, segurei.

— cavalheirismo? Queria que seu irmão fosse igual a vc.

— sou o filho que deu certo — riu — e o Mitty o rebelde.

— tipo eu e o Krass, eu sou os dois, e ele o filho que deu totalmente errado...assim falam meus pais, mas eu acho que ele deu 100% certo, não acha? — arrumei meu cabelo atrás do ouvido.

— se ele deu, eu não sei, mas que ele é 100% um filhão bem sucedido ele é!

— poxa kkkkk — rimos e descemos no elevador.

Estávamos indo, e ele me fez parar, queria me fotografar, disse que também tinha dons com câmeras, mas eu sou bem mais eu.

— não ficou todo ruim! — disse olhando a foto

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— não ficou todo ruim! — disse olhando a foto.

— assume que ficou boa.

— não, eu digo que ficou legalzinho! — pisquei e peguei meu celular de volta.

Continuamos andando, e vimos uma balada aberta, achávamos que só abria após o sol ir embora, e as luzes da cidade ascender.

Entramos juntos.

Sentamos em um balcão e pedimos várias doses de bebidas, diversas bebidas, algumas que nunca bebemos. E começamos a beber, e a falar da vida, que não era tão boa assim.

— uma paixão antiga? — ele me perguntou.

— não tenho paixão antiga, na verdade eu nunca me apaixonei por alguém de verdade, lances de escolas servem? — disse rindo já meio chapada.

— vou levar em consideração — riu e virou outro copo.

— e vc? Me fala aí, sobre sua paixão antiga.

— há gente se amava muito, namoramos, noivamos, e antes de nos casarmos, a gente se largou, e eu não quis me relacionar com mais ninguém.

— ainda gosta dela? — pus o cotovelo no balcão, e escorei a cabeça.

— não, meu coração tá livre, e fechado — virou mais uma.

— vai com calma tá! — o olhei — já faz muito tempo que estamos aqui.

Olhei pro relógio na parede do bar.

— caraca já passou o horário de almoço, e eu nem almocei! — disse entristecida.

— temos porções de batata — garçom disse numa emoção.

Clin me olhou, encarou-me um tempo, e riu de cabeça baixa.

Meu Novo Vício - Chase Atlantic Onde histórias criam vida. Descubra agora