Meu Novo Vício - Chase Atlantic

eighteen

O garçom ficou com um sorriso no rosto, até que Clinton se decidiu.

— traga, vamos querer duas, ela come uma e eu outra, e faz o favor de trazer um suco natural, se vcs servirem claro.

— moço aqui e uma balada, servimos de tudo, menos almoço, café e janta — deu risada e se retirou.

— foi muita ousadia dele? — voltou a me encarar.

— há, eu acho que foi hein — pisquei lentamente.

Clinton terminou a última dose, e ficou uns 15 copos, ou mais, em cima do balcão. Outra pessoa chegou, retirou todos, e lavou os mesmos, secou, e limpou o balcão.

— estão precisando de algo? — disse enxugando a mão.

— seu amigo foi buscar nosso pedido.

— ok, entendi — saiu.

O garçom que nós atendeu, voltou com duas bandeja, cheias de batata, e pareciam estar uma delícia, e o suco era de maracujá.

— só tinha o suco natural de maracujá, não se importam né? — disse sem graça.

— claro que não, vão tudo pro mesmo lugar — digo comendo algumas batatas.

Clinton me acompanha na degustação, e a gente se entope de batata e suco, meu celular toca, não vejo quem é, o celular de Clinton, começa a encheção de saco.

_ fala Caraí.

_ onde vc se meteu com minha irmã seu cachorro?

_ eu?

_ sim vc! O síndico me disse que saíram juntos.

_ pergunta se ele anotou a placa kkkk.

_ não brinque comigo Clinton, onde está a Pietra?!

Tomei o celular da mão de Clinton.

_ krass? Tem como vc ir pra puta que pariu e me deixar em paz?

_ pq está agindo assim? Está bêbada?

_ não eu tô comendo e vc tá atrapalhando!

_ pq n avisou onde ia?

_ pq eu sou de maior e não te devo satisfação da minha vida.

_ Pietra vc está alcoolizada eu sei, vem pra casa e a gente conversa quando vc estiver sóbria.

_ quando vc não estiver chapado, a gente conversa também.

_ o que?

_ beijos de luz, reflita o que eu disse, e cuide mais da sua vida!

Fiz barulho de beijo com a boca e desliguei.

— bota no silencioso! — dei risada.

— seu irmão vai ficar louco.

— ele já é louco, não tem como ele ficar mais.

Rimos e voltamos a comer. Poxa tava realmente bom, e aquele suquinho, huuummm que delícia meus amores. Não comemos tudo, mandamos empacotar, pegamos as caixinhas com o resto da batata, e saímos de braços dados, cada um pra um lado, minha perna não me obedecia.

— vamos num daqueles negócios de massagens, e descanso?

— qual? Aqueles que coloca um pepino no olho e dorme a tarde inteira tomando bronze?

— deve ser.

— partiu, vc paga, sou pobre — pedimos um táxi, e tinha dezenas de mensagens do Krass.

Partimos pra uma causa de massagem e repouso, deve ser isso, se não for, foda-se. Clin pagou, e entramos, vestimos um roupão, nível casal, casal pagava menos, e então mentimos, não é pq ele tem dinheiro, que vai pagar mais caro.

Vestimos aqueles roupões, e ficou super confortável, fomos pra ala de massagem, e tiramos a roupa, nos deitamos. Passaram um gel em nossas costas, meio quente, super gostoso, e massagearam, levemente, e chegaram no ponto que eu mais queria.

Em minha coluna, estava dolorida, puseram no lugar. Clinton já dormia na massagem, com um pano em sua cabeça, estava pra cima, com as mãos soltas ao lado do quadril.

Me levantei da cama de massagens, acordei Clin, e nos deitamos em uma cama macia, dormimos o resto da tarde, e fomos acordados por um daqueles funcionários que ficam de vigia, deu o horário de sair, e tivemos que sair.

Saímos sãos, relaxados, e prontos pra mais bebedeira, eu nunca bebi tanto, tenho que controlar, não quero ficar dependente.