twelve

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Krass não me perguntou nada, apenas saiu da balada comigo. Mitty ainda estava escorado no carro, mas em pé dessa vez.

Entrei no carro, no banco da frente, e Mitty a trás, não falou nada, nem se quer mencionou alguma coisa. Chegamos, subimos pro apartamento, e eu fui para meu quarto, me tranquei.

Estou arrependida, eu deveria ter deixado ele me beijar, agora já foi, é tarde de mais? Sim é tarde de mais. E cara, o tapa que eu dei, tadinho, deve ter machucado.

Mais já foi, agora já foi. Esperei um tempão, e sai do quarto, Mitty estava com gelo no rosto, comecei a rir.

— podemos conversar? — me olhou.

— sobre?

— rosto, tapa, gelo...

— não lembro.

Peguei água.

— se lembra sim.

— será?

— para Pietra.

Fingi não ouvir.

— me perdoa? Eu tava bêbado.

— o álcool só te induz a fazer aquilo que vc já queria, mas não tinha coragem.

— realmente, mas isso tá errado, eu não queria.

— então pq tentou?

— sei lá.

— isso n é resposta.

Ficou em silêncio.

— eu quis na hora, só na hora.

— então tá, tá perdoado, na próxima fica sem dente — pisquei pra ele e sai da cozinha.

Ele suspirou e veio atrás de mim, ficou na sala, sentado no sofá, o olhei.

— tá doendo muito?

— não imagina, só levei um murro.

— desculpa.

— foi nada, só não tô ouvindo.

Fiquei com vergonha, e voltei pro meu quarto.

Já era de madrugada, tomei um banho, tava com cheiro de ressaca, lavei o cabelo e deitei na cama com a toalha enrolada nele.

Pus um filme, pânico VI, eu não via a hora de ver. Não vi nem a metade, acabei dormindo.

No outro dia bem cedo, acordei com Krass novamente. Iríamos viajar pra uma cidade, onde seria o show, o show iria ser atarde, e a noite seria em outra cidade. Simplesmente o dia seria corrido.

— veste uma roupa pra irmos, e depois olhe o grupo que fizemos ontem a noite.

Me levantei, sonolenta, vi uma roupa dobrada em cima da poltrona, com correntes e etc... Tomei outro banho pra acordar, sai do banheiro escovando os dentes, peguei a minha escova alisadora de cabelo, e voltei. Me arrumei bem rápido.

Eu estava pronta

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Eu estava pronta. Fui tomar café, Mitty estava com o rosto meio roxo, bem fraco, mas se notava de longe.

— o que ouve Mitty? — Krass olhou pro rosto dele.

Me sentei e pus suco de laranja.

— cai do sofá hoje de madrugada.

— cara isso tá horrível! E visível!

— não se preocupa, eles fazem uma maquiagem antes.

— cuidado com esse sofá, tá perigoso — eu disse e comi um pedaço de bolo.

— realmente — disse e sorriu de canto sem muito ânimo.

— vamos comer rápido, temos que chegar na gravadora e pegar o ônibus.

— ônibus?

— temos um ônibus, personalizado, com o nome da banda e uma foto — krass disse.

Tomamos o café, devagar para digerir tudo, eu estava numa ressaca, que o café não tinha gosto, só pensava em água. Fomos pro local de saída, e Clin estava um gato, todo de preto, Jes uma mistura de cores, não chamativas e sim escuras, e Pat, com uma camisa listrada desfiada na manga, todos lindos.

Entramos no ônibus, e nos sentamos, Krass se deitou na poltrona, eu me sentei perto de Jes e fomos conversando, falando sobre o show, e sobre o quão esperado ele era.

Chegamos onde seria o show, descemos antes, em um hotel, e ficamos todos no mesmo quarto.

No quarto tinha um café da manhã glorioso, tomamos café de novo, Mitty não quis, ficou mexendo no computador.

A cada cinco minutos eu o olhava, e sempre me perguntava, qual foi o motivo daquele assédio no estacionamento? Eu bati nele, mas queria ter o beijado, já que sou solteira, e ele também.

Talvez seja pq eu estivesse bêbada, e fui no impulso, acho que não terá outras vezes, mas se tiver, ficarei com as mãos pra baixo, pra não correr o risco, delas voarem, no ouvido dele, ou de outra pessoa.

Meu Novo Vício - Chase Atlantic Onde histórias criam vida. Descubra agora