21.2 - E quer mais um conselho?

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Oi oi oi, gente! Como estão?

Passando para avisar que a partir de hoje teremos atualização de "Come Back" toda segunda e quinta-feira às 19h da noite!

Aliás, já foram conferir o novo capítulo de High Infidelity? Só ir no perfil milaedudafics, juro que não consigo descrever o quanto estou amando escrever essa fanfic!!!!

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— Elas são incríveis! -Foi o primeiro comentário que Maria fez quando ficou a sós com o filho. Eles haviam acabado de deixar as gêmeas no portamento que Pepper tinha na cidade e agora se dirigiam para onde Tony morava.

— É, elas são. -Ele concordou, sem prolongar o assunto.

— Mas tem mais coisa acontecendo, alguma bem seria, que está te incomodando. -A mulher observou.

— Não é nada. -Deu de ombros. — Você só está imaginando coisas.

— Eu te conheço desde que nasceu, Anthony. Nem parece que estava vivendo os melhores dias da sua vida ao lado das meninas. -Pontuou. — É por causa da mãe delas? Deu para perceber que vocês ainda mexem um com o outro, e considerando que o que afastou vocês foi um grande mal entendido, faz sentido esses sentimentos retornarem, deixarem vocês confusos...

— Mãe, você é advogada, não psicóloga. -Tony deu o assunto por encerrado, se mantendo focado no trânsito à sua frente.

Mas claro que Maria não se daria por vencida, era boa demais para isso.

Apenas esperou que chegassem em casa para retornar com seu interrogatório.

— Não haja como se não tivesse havendo nada.

— Você não tem nenhum cliente com quem se preocupar essa semana além de ficar xeretando a minha vida? Tenho quase 40, lembra?

— E continua tão teimoso como quando tinha 3. Agora, me conta tudo.

Tony suspirou, se irritando levemente. Deveria ter imaginado que a mãe não desistiria.

— Eu escutei uma conversa das meninas, foi isso. -Disse, por fim, caminhando até o bar. Precisava preparar uma bebida.

— Garotos? -A mulher deduziu.

— O quê? -Perguntou, ofendido, como se aquela insinuação fosse um absurdo. — Não, nada disso. Uma história sobre testamento e herança. -Se serviu de uma dose dupla de whisky e deixou que o líquido âmbar queimasse sua garganta aos primeiros goles. Se apoiou contra o balcão e suspirou, percebendo que a mãe aguardava por mais detalhes. — Eu não ouvi tudo, okay? Mas uma coisa ficou bem clara, o avô da Virginia deixou uma herança para elas e só vão ter acesso se a mãe se casar dentro de 1 ano.

— É muita coisa?

— Estamos falando de todas as propriedades, investimentos, conta bancária, ações do Golden Horizon Bank. Então sim, é muita coisa. O cara tinha o próprio banco além de ter sido o primeiro-ministro da Inglaterra, não deve ser menos que algumas dezenas de bilhões.

— E você está irritado porque...

— Não ficou claro? Elas já sabiam sobre isso quando vieram me procurar. Desde o início, elas sempre souberam.

— Você está se sentindo usado.

— Mas é claro. Tenho certeza que isso tem dedo da Virginia, quer dizer, toda essa história parecia suspeita demais. Elas devem ter tudo tramado. -Em sua voz, a amargura estava estampada.

— E claro que você não conversou com a Olivia e a Violet sobre isso. -Maria constatou.

— Por que eu faria isso? A conversa que tiveram deixou bem claro a intenção.

— Céus, Anthony. Como você pode ser tão burro às vezes?

— Ei, eu sou seu filho! -O moreno, visivelmente ofendido, protestou.

— E justamente por isso eu posso falar. -Se aproximando do mais novo, ela deu um leve tapa em sua nuca, como um sinal de advertência. — Você próprio disse que não escutou tudo. Então, metade do que acha, é apenas suposição.

— Vai ficar defendendo a Pe...Virginia assim? -Rapidamente se corrigiu. Como era possível aquela mulher ter tanto controle sobre ele mesmo depois de todo aquele tempo?

— Eu não estou defendendo-a, todo mundo é inocente até que se prove o contrário. -Indo até o bar, Maria também preparou uma bebida para si, enquanto Tony a observava em silêncio. Gin, gelo, e duas rodelas de laranja. — As meninas não deixaram claro que a mãe não suportava ouvir falar de você? As atitudes dela não deixou isso explícito? Você realmente acha que ela mandaria as filhas até aqui com um plano de fazê-lo se casar com ela?

— Bom, ela sempre foi uma ótima atriz. -Deu de ombros.

— E você se acha tão inesquecível assim? Para depois de 16 anos ela procurar justamente você? Meu amor, você olhou bem para aquela mulher? Ela pode ter qualquer um que ela quiser, tenho certeza que existem vários candidatos ao cargo de marido de aluguel.

— Ótimo. -O homem respondeu entredentes. Sendo mais atingido pelos ciúmes do que gostaria de admitir.

— Sabe, toda essa situação deixa claro porque só agora vocês estão se reencontrando: quando algo grande acontece, vocês fogem ao invés de sentarem, conversarem e resolverem. Juntos, como deveria ser.

— E o que teríamos para resolver?

— O orgulho! -Foi assertiva em suas palavras. — Não estou falando sobre conversarem apenas a respeito do que ouviu as meninas conversando, mas sobre vocês dois também. Hoje, naquele jantar, ficou evidente que existe muita coisa não dita, muita coisa apenas jogada para debaixo dos panos. Vocês até podem achar que isso deu certo anos atrás, mas agora, as meninas precisam ser prioridade. Elas também já se machucaram.

— Mãe, novamente, você é advogada, não psicóloga.

Maria riu, não se intimidando pelo filho. — Se você não quiser conversar com a Pepper... -Provocou-o. — Converse com as suas filhas, está claro que elas amam você. Está na hora de crescer, meu amor. Você agora é pai, não apenas um jovem imaturo.

— Pelo menos em um divórcio já sabemos de que lado você ficaria. -Tony resmungou.

— Olha, faz o que estou te dizendo. E quer mais um conselho?

— Algo me diz que você vai dar mesmo que eu negue, então, diga.

— Se case.

— O quê?

— Se essa história de testamento for verdade e a Virginia precisar se casar para ter acesso a herança, faça isso, pelas suas filhas.

— Você bateu a cabeça? Achei que fosse nova demais para começar a delirar.

— Anthony, você é o pai delas. É sua obrigação garantir que elas tenham tudo o que merecem. Um futuro bom e confortável.

— Eu e a Pep temos contas bancárias recheadas o bastante para garantir que as meninas tenham tudo o que precisam. -Ele informou, sem se preocupar em corrigir o apelido usado para se referir a ex.

— Eu não tenho dúvidas disso, mas essa herança também é das garotas. A Olivia e a Violett têm direito a cada centavo deixado pelo bisavô. Elas não estão fazendo nada de errado. Não é justo que vocês as privem do que foi deixado para elas por opção de vocês.

Desta vez, foi Maria quem deu a conversa por encerrada e o moreno acatou sua posição.

Ela pegou sua bebida, deu um beijo na bochecha do filho e subiu para seu quarto.

Confiava o bastante no seu garoto para saber que ele tomaria a decisão certa. 

Come Back... Be HereOnde histórias criam vida. Descubra agora