21.1 - E o que você respondeu?

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O capítulo do dia é em homenagem a minha querida pepperonyfics, que embora tenha feito anivérsario ontem está de parabéns todo os dias!!!!!! Tudo de melhor na sua vida, Mila. Que o universo esteja sempre conspirando ao seu favor, te presenteando com as mais belas coisas da vida! Não tenho palavras para descrever o quanto sou grata pela sua existência.

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Dias atuais

Virginia Potts se orgulhava de dizer que não se arrependia de nada em sua vida. Nem mesmo ter se envolvido com Anthony Stark, afinal, isso lhe rendeu as maiores alegrias de sua existência: suas filhas. Violet e Olivia eram tudo para ela. Eram as razões de todo sua vivência.

Mas naquele exato momento, sentada à uma mesa de um restaurante ao lado das garotas, do ex namorado e da mãe dele, ela podia dizer que a sua máxima estava indo por água abaixo. Se arrependia imensamente por ter embarcado para New York acreditando que as meninas mereciam de fato conhecê-lo melhor.

E mais precisamente, se arrependia de ter aceitado o convite para aquele jantar idiota quando deveria aproveitar sua última noite na cidade em algum bar, bebendo com uma de suas amigas.

Mas já era tarde demais.

Aquela não era a primeira vez que ia ao Zagat's. Já estivera naquele local algumas centenas de vezes, conhecia cada detalhe do cardápio espetacular e energia incrível, como as luzes baixas davam um tom intimista e aconchegante, além de cada aspecto de uma das mais belas vistas da cidade que nunca dorme.

Ela já tinha tudo decorado em mente, mas observava o ambiente como se estivesse ali pela primeira vez. Tentava ao máximo fugir dos olhares e perguntas dos outros presentes na mesa, mas nem sempre era possível.

— E o que você disse para ele, mamãe? -Liv pergunta, provavelmente se referindo a história que o pai contava sobre como se conheceram.

— Algo sobre ele ser um idiota. -Tenta desconversar, fingindo estar extremamente interessada no prato, quase intocado, de risoto na sua frente.

— E sobre ter cuidado pra onde apontava seus dentes brilhantes. -O moreno se recorda e a loira fecha os olhos, se esforçando para que a memória não viesse em sua mente.

Há 17 anos, vivia intensamente cada dia da sua vida para esquecer aquele momento.

Mas sempre que se deitava na cama, estava só ou suas ocupações se acabavam, a imagem do olhar dele centrado nela lhe batia com força no rosto.

— E o que você respondeu? -Vi questiona, dessa vez, direcionada a Tony.

— Que quando estava escuro demais para estudar, eu só sorria e uso o reflexo daquelas maravilhas.

Algumas palavras são apenas palavras.

Algumas palavras são carregadas de sentimentos.

Mas as palavras que são carregadas pela lembrança são uma catarse.

Ambos sentiam os pelos de seus braços se eriçarem, um a um, calmamente. E embora estivessem longe de todas as saídas do ar condicionado do lugar, não foram capazes de fugir do calafrio que percorreu suas espinhas em direção as nucas e os deixou profundamente concentrados.

Há 16 anos, não houve um dia em que não pensaram como seria a sensação de ter sido e ter vivido os últimos anos ao lado daquela pessoa que era intensa, corajosa e com certa vontade de viver que nunca viram igual.

Conheceram muitas pessoas ao longo de suas vidas. Mas nenhuma escapou das considerações de: esse beijo é bom, mas não se compara a aquele. Essa pele é tenra, mas o meu corpo não sente que vai explodir quando toco, como toquei aquela. E esses olhos são bonitos, vibrantes e calorosos, mas não me sinto vivo como antes.

— Cara, vocês viveram a história de um filme. -Olivia comenta, após escutar um breve resumo sobre o dia que mudou todas as nossas vidas.

Violet pareceu concordar, mas estavam animadas demais para notar que os pais lutavam contra suas próprias emoções. Como toda aquela história mexia muito mais com eles do que gostariam.

Notando o desconforto dos mais velhos, Maria iniciou uma nova conversa. Os quatro seguiram em uma conversa paralela sobre passado, presente e futuro.

Apesar de toda sua inquietude interna, Pepper conseguia perceber claramente o quanto as meninas estavam amando aquele momento, sobre o quanto conhecer o pai e a vó significava para elas, além de também ser significativo para eles.

Virginia já havia ouvido inúmeras histórias sobre a mãe do seu ex, já imaginava o quão incrível a mulher era, mas Maria estava se provando ser ainda mais. Ela parecia estar verdadeiramente encantada pelas netas, demonstrava interesse em cada letra que saía da boca das gêmeas. Ela era gentil, atenciosa e simpática.

Se esforça, até mesmo, para manter Pepper na conversa e quebrar o clima desconfortável que vez ou outra se instalava. Mas era sem sucesso, a ruiva estava absorta demais em seus próprios fantasmas para conseguir lidar com qualquer coisa que exigisse mais do que a metade de um único neurônio funcionando.

Talvez por isso, inventou uma enxaqueca e se despediu de todos o quanto antes.

Ela só precisava de sua casa, do conforto da sua cama e quem sabe, chorar no chuveiro por algumas horas.


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Queria lembrar, também, que está no ar "High Infidelity", nova fanfic em parceria com a Mila. Eu espero de verdade que vocês curtam e se entreguem a essa narrativa profana e arrebatadora tanto quanto nós!!!! Podem conferir a partir do perfil milaedudafics. Aguardo vocês!

Come Back... Be HereOnde histórias criam vida. Descubra agora