25.0 - Era um jantar privado

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Dias atuais

Às exatas 08:45 da manhã daquela segunda-feira, Tony chegou até a mansão pertencente à família Potts com suas roupas casuais e despojadas, humor irônico e piadas sem graça quanto à clássica "pontualidade britânica".

Pepper já não estava em casa, mas se tivesse, com certeza, ficaria indignada com a fácil interação criada entre seu ex namorado e Rosie, fiel escudeira. A mulher trabalhava com a sua família há tanto tempo e se rendia aos encantos de Stark de forma tão simples assim? Era um absurdo. Quase crime.

Após as filhas terminarem o café da manhã, ele as levou para a escola. O moreno perdera quase todo os primeiros momentos das gêmeas, então, cada pequeno feito como aquele significava muito.

Passaram todo o caminho entre risadas e conversas triviais. Não demoraram para chegar ao destino final, e o moreno se despediu prometendo que as buscariam na saída para levá-las até o jantar que tinham com a mãe.

É claro que ele cumpriu com sua palavra, enfrentando uma longa fila de jornalistas e fotógrafos que pareciam super interessados no porquê de o cantor estar tão próximo das filhas da estilista. Obviamente, não comentou nada. Deixou que pensassem o que quisessem.

Com ajuda dos seguranças da escola, que já estavam acostumados a lidar com aquela situação, vistos aos filhos das mais importantes pessoas que ali estudavam, pai e filhas seguiram até o carro. Passando pela multidão, Tony dirigiu de volta à mansão para que as garotas pudessem se arrumar e em seguida até o Frenchi, que ficava a pouco mais de 25 minutos de distância.

Para surpresa das duas, ao estacionar, ele não esperou apenas que as gêmeas se despedissem, mas entregou a chave do automóvel para o manobrista do local e seguiu com elas restaurante a dentro.

Desde a conversa que tivera com as filhas ainda em New York, duas semanas atrás, as palavras de sua mãe e Violet rondavam sua cabeça como nunca. Ele estava considerando se casar com Pepper, a ideia não era de todo mal, mas ainda sentia receio. Existiam dúvidas. Entretanto, todas as indagações se dissiparam quando soube do plano de William O'Connor para aquela noite.

Ele até poderia não se casar com a loira, mas, com certeza, não deixaria que aquele cara o fizesse.

Eles até podiam ser amigos, as mulheres Potts até podiam gostar dele, mas Tony não. Algo dizia que deveria manter os olhos abertos quanto ao homem, não permitiria que a ex-namorada confiasse algo tão importante assim como aquele testamento idiota a outro cara. Não deixaria que suas filhas e a mulher que um dia amara se tomassem responsabilidade de outro.

— Vai subir também? -Vi perguntou. A menina estava surpresa, ainda assim, animada com a ideia.

— Me pareceu um bom momento para conhecer seu futuro padrasto. -Brincou e viu a ruiva revirar os olhos, sendo atingido por uma forte sensação de nostalgia ao perceber o quanto aquela atitude a deixou idêntica à sua mãe anos atrás.

— Só deixa claro que foi ideia sua e não nossa. -Olivia pediu, também feliz com a decisão do pai.

— Para ela me odiar?

— Antes você do que a gente, né? -Violet ponderou.

— Nossa, que ótimas filhas eu fui arranjar. Muito obrigada! Sério, vocês são uns amores. -Ironizou.

— De nada. -A garota deu de ombros.

— Além disso, você tem dinheiro o bastante para comprar o perdão dela com bolsas, sapatos e diamantes, nós não. -Liv acrescentou.

Come Back... Be HereOnde histórias criam vida. Descubra agora