25.1 - Está me vendo fugir?

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O capítulo de hoje é para a querida e maravilhosa virginiapstark! Feliz aniversário, preciosa. Espero que esteja tedo um dia incrível!!!!!!!!! Te desejo tudo de mais incrível que possa existir nesse universo!

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Aos poucos, novos assuntos iam surgindo, mas sempre que William tentava puxar papo com Pepper, Tony dava um jeito de cortar.

O clima seguiu assim durante todo o jantar. Para encerrar a noite, pai e filhas decidiram dividir uma sobremesa, enquanto os outros adultos alegaram estarem cheios.

Quando o petit gateau foi servido, as gêmeas fizeram tantos elogios e imploraram com tamanha veemência que a mãe experimentasse, que ela se viu sem saída.

Em uma única colher levada à boca, a loira sentiu uma dose de açúcar explodir em sua língua e até acalmar os seus nervos. Mas ficou nervosa logo depois, quando viu que o creme respingou em uma das suas roupas favoritas.

— Com licença! -Disse irritada e marchando até o toilet, onde quer que fosse. — Será que poderia me indicar o banheiro? -Perguntou para o garçom mais próximo e ele lhe indicou o caminho.

Ela seguiu em passos rápidos, direto para a pia muito bem ornamentada e começou a esfregar água e um pouco de sabão no tecido para não manchar.

Também teve vontade de repetir esse ato em seu rosto, para ver se acordava do pesadelo em que se encontrava.

— Por que ele tenta brincar com o meu juízo assim, meu Deus? -Rosnou, entre dentes.

Passou a mão pelo cabelo, ajeitando os fios rebeldes, retocou o batom, colocou a bolsa de volta no ombro e saiu às pressas.

E na mesma velocidade que se jogou para fora do banheiro, sentiu-se ser lançada para dentro dele.

Tony lhe arrastou, uma mão em seu queixo, outra em sua cintura. A loira até tentou forçar as pernas para seguir em frente, mas foi em vão, porque ele a carregou para dentro de uma cabine, lhe empurrando contra a parede e deixando o corpo colado no seu.

— Que brincadeirinha é essa? -Nervosa, a mulher perguntou.

Mas aparentemente, ele não queria conversar.

Manteve o rosto próximo do dela, descendo devagar, os lábios tocando a pele macia com intensidade até encontrar a boca rosada. E naquele instante, Pepper entendeu que ele não queria só uma lasquinha, um pedaço, porque as duas mãos apertam em cheio sua bunda e a puxaram com tudo para cima dele.

O cheiro do moreno continuava delicioso, exatamente como ela se lembrava e era atormentada.

A mulher não pensou muito. Porque se pensasse, talvez faria pior. Então deixou que ele a beijasse.

Sentiu sua língua ser sugada para a boca dele, o cheiro de hortelã invadiu suas narinas, sua boca estava tão doce que era irresistível não o beijar.

Quando estava prestes a envolver o pescoço do ex com as suas mãos, ele a empurrou para longe, a virando de costas e lhe pressionando na parede.

Beijou-lhe a nuca, desceu devagar, puxando o zíper do macacão para baixo, a língua cobrindo o rastro da abertura. Deixou um chupão no cóccix e subiu devagar, os dentes arranhando a pele clara, deixando-a vermelha.

Tony segurou nos fios loiros, que ela havia acabado arrumar e fez sua cabeça pender para trás. Inclinou o rosto e tocou seus lábios com sutileza.

— Não quero te ver com aquele cara. Nunca mais -Disse com a boca colada na dela, por isso a voz saiu um pouco abafada.

— Preciso me livrar de você. -Ela não queria dizer, mas escapou.

O sorriso silencioso dele a deixou arrepiada.

— Nunca vai se livrar de mim.

Soltou os seus cabelos. Envolveu suas mãos na cintura da mulher e subiu bem devagar, até ter seus seios em suas mãos. Massageou ao mesmo tempo em que beliscava, suavemente.

A respiração que já era difícil se tornou impossível.

Ele tinha razão e Virginia odiava isso. Por mais que tentasse, nunca iria se livrar dele.

Teve "sorte" de ter dezesseis anos de plena paz, longe de Tony. Agora que haviam se reencontrado, parecia que nunca mais iriam sair da vida um do outro. Talvez não fosse a vida que sempre sonhou, mas ele deixou bem claro que era o tipo de homem que estaria lá o tempo todo para lhe deixar louca.

E ela se culpava. Porque parte dela ansiava por isso.

E por isso tentava lutar contra o que sentia.

— Para de resistir, Potts.

Aquela era a primeira vez em um longo tempo que ele a chamava assim e num tom muito sóbrio.

Deixando-a toda arrepiada.

— Não vou deixar que faça comigo o que quiser, Anthony. -Se virou lentamente até encará-lo.

— E se eu deixar que faça comigo o que quiser? -Ele provocou.

Seu pobre coração já não aguentava mais.

Havia vivido sentimentos demais nas últimas semanas e se não fugisse naquele momento, seria capaz de ter um infarto. E não podia, tinha duas filhas para criar.

— Não tem direito de brincar com os meus sentimentos. -Foi bastante clara no que queria dizer.

— Não é exatamente com os seus sentimentos que quero brincar. -Desceu o dedo indicador por dentro do macacão, mas acabou recebendo um tapa no dorso da mão e viu a ex se afastar. — Virginia! -E ele é mais incisivo, a puxando pela manga da roupa.

Pepper se afastou, mais uma vez, porque não via o que mais tinham a tratar.

Acabou. Precisavam seguir seus caminhos, arcar com as suas decisões.

— Anthony. -Respondeu, num tom ameno.

Se livrou do aperto dele e saiu apressada do banheiro.

A loira se dirigiu à mesa e ficou feliz em ver que as filhas já haviam terminado a sobremesa. Se despediu apressada de William, desculpando-se, e arrastou as filhas juntas consigo, que não entenderam muito bem o que estava acontecendo.

Enquanto aguardavam o manobrista chegar com o carro, as mulheres Potts escutaram o que se parecia com um princípio de discussão.

Pepper não precisou se virar para saber do que se tratava, ou melhor, quem protagonizava a cena, mas as gêmeas fizeram, se deparando com o pai à poucos centímetros de distância do tio, os dois se encaravam severamente.

— Se afaste da Gin, e de tudo que envolve a vida dela. Não tem nada para você aqui. Você não vai arruiná-la mais uma vez.

Tony riu, ironicamente. — Se pensa que você vai me impedir de ficar longe dela, está muito enganado. -Falou cada palavra com lentidão para que O'Connor lhe ouvisse muito bem e não lhe restassem dúvidas. — O que me manteve longe dela foi a pura e simples vontade dela. Não tenho medo de você, nem de ninguém. Está me vendo fugir? Está me vendo dar algum passo para trás? Eu não sou de desistir e mesmo que fosse, a Pepper não é mulher para se abrir mão.

Come Back... Be HereOnde histórias criam vida. Descubra agora