Confinados

Dias 24, 25, 26 e 27

Na madrugada do vigésimo quarto dia, todos os confinados estavam no relento. A mensagem que a festa foi encerrada pelo líder ainda piscava em uma das telas, assim como em outra tela de fora piscava que ninguém podia encostar em outra pessoa até aquele aviso sumir, ou perderiam todas as suas moedas de jogo, todas de uma vez. E a porta da casa principal, simplesmente não abria. Estavam presos do lado de fora.

Mas nada era tão bom que não possa melhorar.

Tobirama estava no quarto, reclinado na cadeira gamer, enquanto comia um hambúrguer do patrocinador, que havia recebido assim que ativou os cards de uma vez. E tinha um copo de coca do lado também e ficou observando todo mundo meio perdido, pelo fato da maioria estar bêbada, acabaram encostando uns nos outros. E a parte que Tobirama não sabia é que as moedas perdidas pelos jogadores, iam todas para ele.

Ou seja, com Penélope e Bruno se pegando de tão bêbados que estavam, a conta do Senju subiu e ele riu maleficamente ali do quarto, precisava se distrair com algo e isso estava bastando. Embora não apoiasse o fato do artista casado estar pegando outra mulher em rede mundial.

Tobirama tinha recebido tratamento do médico da produção e levou quatro pontos na palma da mão, mas estava tudo bem. Recebeu um analgesico para aliviar a dor.

Porém Deus às vezes era tão bom que parecia que estava jogando ao lado do albino, pois agora para melhorar ainda mais, começou a chover e o controle da cobertura estava nas mãos do líder. Mas o albino não era tão irresponsável assim, então ele perguntou à produção. — Vocês querem que eu feche, por causa da decoração da festa?

— Não precisa, a decoração é impermeável, previmos o mal tempo para hoje.— Disse a voz do diretor no quarto do albino e o mesmo assentiu e disse. — Ótimo, então todo mundo vai se fuder. Chuvinha pra vocês. Otários. — Tobirama riu e então um alarme soou e era sua conta aumentando mais, ele rapidamente abriu as câmeras do jardim, mas nada, ninguém se encostando, e então abriu a câmera da casa e ali viu uma movimentação estranha embaixo do edredom e se lembrou que era Mônica e Meg que estavam la.

— Finalmente, agora me deixa em paz. — Disse o Senju e voltou para a tela da festa. Por mais que Izuna tivesse o magoado, tivesse feito o que fez, Tobirama tinha de fato um coração de manteiga e ver o garoto sentadinho encolhido em um canto tentando se proteger da chuva já que os demais ocuparam a varanda e nem mesmo Robert deu espaço para ele, fez o coração do Senju partir ainda mais.

Izuna ainda podia ser retirado do castigo, afinal, ele era o único de toda aquela galera que tinha acesso ao quarto do líder. Izuna só não estava livre do castigo do toque.

Tobirama queria tirar ele de lá, mas resolveu tentar ir dormir para esquecer essa ideia, mas quem disse que ele ia conseguir? Se mexeu de um lado para o outro e não conseguiu sequer pregar os olhos.

E o albino então se levantou xingando a si mesmo por ser um idiota fraco e foi para fora, atravessou o jardim abaixo da chuva que se tornou torrencial e assustou Izuna que estava com parte do corpo ensopada, por não ter espaço suficiente na varanda para si, quando o chamou. — Vem

O menor mais que depressa se levantou e foi direto para segurar a mão sã de Tobirama, mas o homem desviou a mesma e Izuna ficou tristonho, mas Tobirama disse. — Mesmo sendo vip você ainda não pode tocar em ninguém. Só eu posso.

Então eles entraram no quarto e Izuna foi até sua mala, pegou uma roupa e foi ainda tonto para o banheiro, enquanto isso o modelo ficou vendo mais da festa arruinada e ouvindo as conversas completamente aleatórias na varanda. Que nada faziam diferença para o jogo.

Depois de alguns minutos Izuna retornou do banho, já mais consciente e bebendo uma garrafinha de água que pegou na geladeira da cozinha do líder e ele perguntou sem jeito. — Alguma novidade? — Se refere às câmeras.