A2: Sentença

11 0 0
                                    

Às três horas da tarde, Madara acordou com o som metálico das barras da prisão cuja um policial batia um cassetete contra a mesma. - Acorda mocinha. Vista isso. - Disse o mesmo, jogando um conjunto de roupas laranjas para o Uchiha.

-Parabéns, dia de limpeza na delegacia, você vai para a penitenciária aguardar seu advogado. - Disse o policial e esse se apoiou na grade e disse. -E aliás, eles vão adorar saber que você é uma mocinha, sabia?!

Madara respirou fundo e sentou na cama daquela cela e disse cruzando os braços ignorando a provocação sobre como o policial o chamou. - Eu sei que não posso ser transferido sem meu advogado sequer conhecer minha situação, conheço meus direitos.

-Direitos? -Perguntou o guarda. -Você acha que tem algum garotinha? Olha onde você está! Nem brasileiro você é para ter direitos do nosso povo.

-Sim eu tenho. -Disse Madara. -Direito a um advogado, há uma ligação que ainda não fiz, assim como direito a cela separada por ter uma formação. E acima de tudo eu cometi apenas delitos leves de trânsito, ninguém morreu, o máximo que fiz foi direção perigosa e isso não manda ninguém para a penitenciária. Ah, e acredito que ainda posso ter um extra... xenofobia né? -disse Madara convencido mostrando que realmente sabia os seus direitos.
Mas isso irritou aquele policial. Que abriu a cela e foi até Madara, segurou o mesmo pela gola da camisa o levantando da cama e bateu as costas do Uchiha contra a parede. -Você acha que sabe muito né, vadia? Você acha que a prisão é o que? colônia de férias? Lamento mocinha, mas você não tem direito algum aqui dentro. Eu mando e você obedece, é assim que funciona. -O policial pegou a roupa e estendeu a Madara. -Tira tudo e coloca isso.

-Não vou fazer isso. Afinal, sei que isso é abuso de autoridade também. -Disse o mesmo desafiando o policial, cuidando para não ultrapassar o limite do desacato.

-Olha como fala comigo garotinha, eu mando e você obedece, essa é a hierarquia desse comando. -Disse o policial socando o rosto do Uchiha que desabou no chão com a mão no rosto. E aproveitando o Uchiha no chão o policial foi para cima dele.

-Sai de cima de mim! -Berrou Madara se debatendo e segurando a mão do policial que tentava tocá-lo para obriga-lo a se trocar a força e claro... se aproveitar, e isso acabou gerando uma luta corporal entre ambos.

-Cala a boca! Fica quieta! -disse o policial tentando se livrar das mãos do Uchiha

O peso logo saiu de cima do corpo do Uchiha que acabou se encolhendo no canto e sentiu braços o envolver, o que o fez se debater, mas assim que abriu os olhos e viu quem estava ali ele o abraçou, claro que era Hashirama. Que falava algo mas Madara não entendia nada apesar dele estar falando em portugues, sua mente estava um caos imenso, uma confusão, e como se voltasse de um mergulho profundo sua audição se abriu e pode ouvir Hashirama perguntando se o policial havia feito algo pior com ele, ao mesmo tempo que ouvia a voz do delegado gritando com seu policial e mais algumas vozes exaltadas uma delas a de Tajima e outra Madara não reconheceu. Mas era alguém que falava em portugues mas com um sotaque gringo, esse falava "este lugar não é apropriado para o meu cliente, ele não vai ficar aqui! E se for processar ele por algo, ele vai responder em liberdade depois do que eu presenciei aqui! , todos nós presenciamos inclusive você delegado."

-Mada! -Hashirama o chamou mais alto e focou seu olhar no dele. -Ele fez coisa pior com você? Por favor, responda.

Madara imediatamente acenou negativo. -Não.. só... agora que ele veio pra cima de mim... -Madara estava tremendo e se levantou dali com a ajuda do Senju. Que caminhou com ele para fora da cela. -Espera eu não posso sair...

-Não era nem pra você estar aí, Madara. -Afirmou Hashirama e olhou para o Uchiha sabendo que Madara entenderia o olhar. Madara havia assumido a culpa por ele, era pra ele estar naquela situação e não o contrário. E isso já era motivo suficiente para fazer Hashirama se sentir péssimo, não deixaria Madara ali nem um segundo a mais que fosse.

ConfinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora