Dias 44 a 48

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Um dia já havia se passado, não faziam ideia se era dia ou noite, aquele quarto não deixava eles ter a mínima noção sobre isso e nem quanto tempo tinha passado. Só sabiam que estavam ali a tempo demais. Izuna, que agora estava sentado no chão tateou o escuro e achou a cama novamente e retornou para ela, se sentou ao lado de quem acreditava ser Tobirama, teve essa certeza quando o homem perguntou se ele estava bem e o abraçou, ajudando a se sentar na cama ao lado dele.

— Estou com sede. — Disse Izuna fazendo um biquinho, que não pode ser visto por Tobirama, mas o Senju imaginou que Izuna estivesse fazendo esse charminho e disse. — Espera deixa eu ver uma coisa… — Ele tateou o rosto de Izuna com uma das mãos e encontrou o biquinho de Izuna e sorriu ao falar. — Sabia que estava fazendo esse biquinho. Aguenta mais tá, qualquer coisa se você não aguentar me avisa que eu aperto aquilo ali, você não vai sair. — Disse o albino que beijou o topo da cabeça de Izuna depois de tatear o mesmo para ter certeza do que estaria beijando. 

— Não quero que saia por minha causa. — Disse Izuna e o Senju sorriu e disse. — E eu não quero que você desista do seu maior sonho, Izu. 

— Eu não vou ficar aqui sem você. — Disse Izuna

— Vai sim, se for preciso, vai sim e ainda vai ganhar sem mim aqui. — Disse o albino que logo segurou o queixo de Izuna e aproximou os lábios dos do menor selando-os e Izuna levou as mãos a nuca do albino e manteve os lábios dele ali grudados, transformando o selar em um beijo tranquilo e estalado. E isso claro que irritou Bruno do outro lado do quarto que já estava em um nível alto de estresse e com o que ouviu ele explodiu e disse. — Será que dá para vocês parar de se comer? Porra que saco já não basta estar nessa porra de quarto sem comida, sem água, sem poder mijar, com dor de barriga, no breu total e ainda tenho que ficar ouvindo essa começão de boca de dois viadinhos, pelo amor de Deus cara, desgruda um pouco. 

— Se você pedisse com educação até pensaria em parar mas como não pediu e ainda foi todo homofóbico com esse comentário infeliz, então foda-se, os incomodados que se mudem. Ou no caso, apertem o botão.  — Disse Izuna que riu e sem que Tobirama esperasse o garoto foi para cima do albino e o beijou com ainda mais voracidade, chegando até a derrubar o Senju na cama e ali trocaram um beijo úmido e quente e claro que propositalmente bem barulhento. 

Nenhum deles ligou para os comentários homofóbicos que vinham de Bruno, principalmente para os comentários pesados que passaram a vir quando Izuna estava sentadinho do lado de Tobirama e apenas para atazanar o colega de quarto escuro, o moreno começou a gemer como se estivessem fazendo algo a mais. O Senju precisou se segurar ao máximo para não rir quando Bruno realmente acreditou que eles estavam fazendo esse algo a mais ali. 

Em um momento, entre ofegos e sussurros Izuna disse — Ai.. vai… Tobi — e o menor começou a fazer barulhos com as mãos enquanto Tobirama estava mordendo o travesseiro do tanto que estava rindo sem som algum, sentia até mesmo uma falta de ar ali com tanto que estava segurando a gargalhada, imaginando a cena para o público em casa que podia ver com clareza Izuna com um sorriso lindo no rosto sentadinho de pernas cruzadas no escuro, pleno e fazendo aquela brincadeira e enfim tudo que acontecia ali dentro, afinal as câmeras tinham visão noturna.

Chegou um momento que o Senju não aguentou mais e explodiu em gargalhada e Izuna claro que o acompanhou e não demorou para que Tobirama sentisse um travesseiro voar em sua direção. — Vão se foder lá fora, idiotas — disse Bruno irritado. 


Mais um dia se passou e enquanto os três seguiam firmes no quarto escuro a casa estava curiosa para saber como eles estavam, eles não tinham qualquer tipo de contato com os três participantes, não sabiam sequer que um deles mesmos que se eliminaria do jogo. 

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