dias 58 e 59

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— Três amigos, três aliados, três forças, três emoções. A nossa eliminação de hoje não foi considerada fácil, na verdade nenhuma foi, talvez uma ou duas, mas essa. Essa está muito acirrada. Alguns querem Dani fora, mas porque? Onde errou? O que fez que levou o público a escolhê-la? E se for o Cláudio? O que o Cláudio fez para ser escolhido? E se for o Tobirama, onde ele errou para ter essa sentença que o nosso público decreta? São pequenas atitudes que podem levar a eliminação, vocês estão sendo expostos vinte e quatro horas por dia, o público maratona Confinados, vive Confinados, eles praticamente se confinam junto com vocês, estão de olhos atentos a cada detalhe. Então vocês não podem errar nas escolhas, cada ato é analisado pelas pessoas que os assistem. E basta um desvio e esse desvio te coloca para fora da casa. Você que sai hoje teve a chance de continuar um pouco mais se não fosse um desvio, uma decisão errônea que você tomou, isso acabou custando a sua estadia na casa, Dani. — Marcos disse e a garota caiu de joelhos ao chão, chorando. 
O clima não foi de comemoração, definitivamente. Nem do lado de Mônica que queria Tobirama fora, os neutros nunca comemoravam uma eliminação e o lado de Izuna foi apenas lamentação, pois pela primeira vez um aliado estava deixando a casa. Izuna abraçou Dani que não parava de chorar e depois Cláudio a abraçou e Tobirama também. Marcos pediu para ela deixar a casa novamente e então o Senju olhou ao redor e viu a mala da violinista e a colocou no ombro enquanto Izuna ficou abraçado na garota e junto os neutros eles seguiram até o portão da saída, que era o mesmo por onde haviam entrado. 
Dani se despediu com um beijo e um abraço dos neutros, o mesmo de Izuna e de Tobirama e ia se despedir assim de Cláudio, mas o garoto segurou o rosto dela e após um olhar carinhoso trocado entre os dois, ambos uniram seus lábios e o garoto de cabelos médios e castanhos disse a linda violinista. — Desculpe não ter feito isso antes. — Eles sorriam gentis e se abraçaram mais uma vez.
Tobirama entregou a mala a ela e assim a garota deixou a casa que ficou em um clima imerso de tristeza pela saída da aliada. 
No 59º dia, não teve nada em casa, nenhuma ação, absolutamente nada. Izuna, Tobirama e Cláudio passaram o dia inteiro grudados um ao outro, conversando sobre o jogo, aproveitando que o líder estava sem acesso às câmeras ainda e conversaram sobre como poderiam evitar que aquilo acontecesse outra vez. 
Mas foi durante a tarde que Izuna deu um berro e correu para a sala e se jogou em cima do sofá depois de ficar mais pálido do que papel. Tobirama correu atrás dele, imaginando que fosse algo grave e perguntou. — O que foi Izu? 
O menor estava com os olhos esbugalhados, olhando em direção a cozinha como se estivesse com medo de algo. E então o garoto disse com a voz fraca, apontando em direção ao chão. — Um rato… tinha um ratinho bem ali. Ele olhou pra mim e disse “eu vou comer sua cabeça Izuna” e fez cara de malvadão e correu e eu corri também. Mas tem um rato do mal ali, eu não quero mais pisar naquela cozinha. Nunca mais. Não enquanto o senhor rato do mal estiver lá. 
Tobirama ficou parado um tempo, coordenando tudo que Izuna disse e chegou a conclusão que era apenas um rato e ele perguntou, achando fofo a reação de Izuna. — Espera, deixa eu ver se entendi, tudo isso foi por causa de um stuart little? 
Izuna assentiu, todo medrosinho por causa do rato e o Senju abriu um lindo sorriso ao moreno e perguntou. — Me diga Izuna, como eu vou te levar na Disney quando a gente sair daqui se você tem medo do Mickey?
— O Mickey não é maligno ele…— Izuna parou de falar, piscou os olhos algumas vezes e perguntou. — Você vai me levar pra Disney? 
O Senju sorriu e disse. — Sim, mas não pode ter medo do Mickey. 
— Eu não tenho medo do Mickey. — Disse Izuna ficando em pé no sofá repentinamente e Tobirama ficou em pé na frente do móvel segurando as mãos de Izuna que estava naquele momento mais alto que ele. — Então vamos para a cozinha. — Disse o Senju 
Izuna se aproximou da pontinha do sofá e soltou as mãos do Senju, mas pulou no colo dele e envolveu as pernas na cintura de Tobirama que segurou Izuna e girou o garoto. — Vou no seu colo. — Disse o moreno e Tobirama concordou e então enquanto seguia com Izuna para a cozinha, Mônica passou por eles e disse. — Quanta viadagem nessa casa. 
Nenhum deles ligaram, seguiram como se Mônica não existisse. 
— Que tal uma faxina, para passar o tempo e expulsar o senhor rato do mal? — Perguntou Izuna pulando do colo do Senju quando chegaram na cozinha. 
— Acho uma boa ideia, até porque acho que nunca foi passado uma vassoura nessa casa.— Os dois gargalharam e chamaram Cláudio e quem mais quisesse ajudar para um faxinão que terminou só depois que a noite chegou. Até o quarto galáxia foi faxinado, já o floresta eles tinham até medo de entrar lá com tanto azar que exalava daquele lugar, já que recentemente foi o quarto adotado por Mônica e seu time.  

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