Confinados

Desfile

Terminada a pintura depois de algumas horas, com a ajuda de Stéfanie e Nick o Senju vestiu as peças de fantasia que usaria depois que colocou o tapa sexo, cujo tinha a mesma pintura do corpo para mesclar-se ao conjunto. 

O adereço da cabeça ia colocar quando chegasse na alegoria que iria desfilar, afinal era pesado para ficar com ele à toa. 

— Até que ficou comportado. Nem aparece nada do corpo. — disse o Senju se olhando no espelho e disse novamente agora olhando para Stéfanie. — Você é muito boa nisso. Parabéns. 

A mulher sorriu e agradeceu. 

— Hmm olha só quem está aqui. — Disse uma mulher linda, morena, com o corpo com traços de pinturas brilhantes em tom ouro e com dois adereços de franjinha cobrindo apenas o bico do seio dela e com um tapa sexo tão fino, com as mesmas franjinhas que literalmente cobriam apenas a visão para a intimidade dela. Atrás da mulher, Nicolas entrou com o cinegrafista novamente, afinal a ausência dele era permitida enquanto o Senju estivesse nu e como a pintura cobriu seu corpo e ele estava “protegido”… então tinha que cumprir o contrato. 

O câmera pegou a hora que a morena e o Senju quase se abraçaram,depois dele tirar os fones, mas Stéfanie deu um grito que fez os dois se lembrarem de que borrariam tudo se eles se abraçassem.

— Clarinha, quanto tempo. — disse o albino. 

— Tempo demais. Está todo bonitão aí — disse a mulher e ficou olhando sem jeito para Tobirama, como se não soubesse o que falar e logo o Senju entendeu. Os seguranças, ela foi instruída a não falar nada a respeito da vida ali  assim que encontrou Nick do lado de fora.

— Você está mais. — Disse ele segurando a mão da mulher e fazendo ela dar uma voltinha. A morena estava praticamente nua, nem a pintura cobria o corpo todo dela. Apenas algumas faixas e brilho,muito brilho. 

— Ah pare, meu divo, mas eh isso… foi bom te ver de novo querido. Boa sorte meu bem e quando essa loucura toda passar a gente se conversa melhor sem uma câmera na minha cara, tomamos um café lá em casa, você e o mocinho lá, está bem?. — ambos riram e Tobirama entendeu muito bem há quem o “mocinho lá” se referia e assentiu a eles  tocaram de leve as mãos em uma despedida. Mas se reencontraram mais tarde quando foram fazer as fotos para.as redes sociais da escola. Assim como fizeram stories e também um reels com Tobirama aprendendo a sambar com a Clara, todo desengonçado. E fez outro reels onde mostrava a fantasia e a pintura de seus corpos em detalhes com a melodia do samba enredo de fundo. 

 

⏳

— Stéfanie, eu estou com uma dúvida. Porque vocês não deram o sol pro Tobirama e sim a lua? Tipo, nos gêneros já que O sol seria masculino e A lua, feminino. — Perguntou Nicolas, realmente curioso com isso enquanto observava o Senju se ajeitando no ponto mais alto daquele carro que fecharia o desfile. A aderecista sorriu e respondeu. — Sol e Lua não têm gênero, eles têm apenas pronomes que a sociedade definiu que lua seria A lua e sol seria O sol. Mas na realidade eles não têm gêneros e se tivessem, assim como nós, seriam livres para escolher se preferiam "o" ou "a" e a intenção de inverter os papéis, além da aparência do Tobirama e da Clara, é justamente frisar isso sabe, que gênero é apenas uma coisa que foi definida pela sociedade e não pela própria criação, por assim dizer. — Disse ela e logo ela pediu para um assistente de produção ajudá-la a subir no carro, pois ela tinha que dar a última conferida em todos que estavam ali e quando ela foi levada a topo, a mesma ajeitou o adereço da cabeça do Senju, aquela armação linda com penas plumas e brilhos tanto de glitter quanto pequenos fragmentos de espelhos e cristais que davam um ar ainda mais impactante a fantasia, principalmente quando a luz batia e refletia. A pintura corporal em tom azulado que remetia a maré que era influenciada pela lua brilhava com o tanto de brilho que a artista havia espalhados pelos detalhes.