Ajoelhado no chão duro e gelado do covil de Voldemort, Draco teve o cuidado de esconder seus pensamentos, construindo cuidadosamente fortes barreiras de ocultação. Se o bruxo das trevas olhasse em sua mente e lesse suas dúvidas ali, ele não viveria muito.Ele se forçou a manter o foco, apesar da longa espera, recitando receitas de poções para ocupar a mente. A princípio, logo após receber a marca, Draco pensou que Voldemort os estava convocando, depois os deixou esperando apenas para mostrar sua superioridade.
Com o passar dos meses, porém, sua opinião mudou ligeiramente. Ele agora estava convencido de que o mago negro os estava deixando de lado até que ficassem menos desconfiados. Menos cuidadosos. Então ele saqueava suas mentes para descobrir seus segredos.
Quando seu nome foi chamado, Draco imediatamente ergueu os olhos, sem encontrar o olhar de Voldemort. Ele permaneceu em silêncio, esperando ordens, enquanto o mago negro o encarava com um sorrisinho zombeteiro.
— Querido Draco... Sua mãe implorou longamente para que você ficasse encarregado de minhas poções e devo admitir que, no momento, você está se saindo honradamente.
Draco olhou ligeiramente para baixo, mas não cometeu o erro de falar. Ele sabia que uma reação arriscaria colocá-lo em problemas e preferiu esperar que Voldemort lhe fizesse uma pergunta diretamente.
Voldemort esticou os lábios finos em um sorriso cruel e depois assentiu.
— Tenho uma missão para você. Severus estava trabalhando nesse assunto, mas infelizmente não teve tempo de terminar.
Voldemort fez uma pausa, olhando para o nada e Draco teve a sensação de que estava pensando na morte de Severus Snape. Um arrepio percorreu sua espinha e ele se forçou a recuperar a quietude, preocupado consigo mesmo. Então Voldemort suspirou e acenou vagamente com a mão.
— Minha aparência não passou despercebida à sua atenção, suponho. Parece que meu rato de estimação cometeu um erro em seu ritual... ou sua lealdade não foi tão forte quanto eu pensava... De qualquer forma, quero retornar à forma humana.
Os olhos de Draco se arregalaram brevemente e ele engoliu em seco, sabendo que não tinha as habilidades necessárias para fazer isso. O olhar de Voldemort se voltou para ele, suas pálpebras se estreitaram.
— Você tem algo a acrescentar?
Draco lambeu os lábios nervosamente, depois inclinou ligeiramente a cabeça.
— Sinto muito, mestre. No entanto, não tenho certeza se estou qualificado para... lhe dar satisfação.
Draco esperou alguns segundos, o silêncio em resposta lhe deu arrepios. Então Voldemort sussurrou, sem se preocupar em esconder sua diversão.
— Realmente? Então você não estaria qualificado para ser um porcionista? ?
Draco engoliu em seco e balançou a cabeça, antes de responder com cautela.
— Estou aprendendo o mais rápido que posso, Mestre. As anotações do Professor Snape são preciosas para mim, mas ainda tenho muito que fazer...
Voldemort o interrompeu com um sorriso de escárnio.
— Você aprendendo? Sua mãe mentiu? Ela disse que você era brilhante! Devo puni-la?
Horrorizado, Draco olhou para cima, com os olhos arregalados, e sua resposta saiu incontrolavelmente.
— Não!
Imediatamente, a Maldição Cruciatus explodiu e ele gritou, caindo no chão e se contorcendo com uma dor intensa. Voldemort estava monologando enquanto o torturava, mas Draco não conseguia entender as palavras. Ele teve que reunir toda a sua energia para suportar a dor insuportável, temendo perder a consciência.
A punição pareceu durar horas e quando Voldemort suspendeu a maldição, Draco permaneceu no chão, tremendo, com lágrimas molhando seu rosto. Ele permaneceu imóvel e silencioso, com medo de ser submetido à Maldição Cruciatus novamente.
Ele ouviu Voldemort se aproximando e se forçou a lembrar a receita da pimenta malagueta, ciente de que estava terrivelmente vulnerável. Ele pensou ter sentido um breve toque em sua mente, mas não tinha certeza: poderia ser uma ilusão devido à sua paranóia.
O mago negro zombou, sem esconder sua diversão.
— Espero que você tenha decidido me satisfazer agora.
Draco rolou para se prostrar, esquecendo todo o orgulho e escondendo seus soluços o melhor que pôde. Ele tremia de nervosismo, resultado da Maldição Cruciatus, e teve a impressão de permanecer no chão por um tempo infinito, esperando um sinal do monstro acima dele.
Finalmente, Voldemort rosnou, com uma pitada de aborrecimento.
— Vá para casa, Comensal da Morte. E certifique-se de obedecer. Se você falhar, devo presumir que sua mãe mentiu para mim... e você conhece o castigo reservado para aqueles que mentem para mim ou me traem.
Draco apenas assentiu, suprimindo a onda de ódio que o dominava o melhor que pôde, e se levantou o mais rápido possível, terrivelmente pálido. A dor paralisou cada um de seus músculos e ele teve que se forçar a se mover, ciente de que se demorasse muito para se afastar, arriscaria outro ataque de cruciatus.
Ele finalmente se afastou e assim que saiu do quarto — antigamente uma sala de estar ricamente decorada — onde Voldemort esperava por seus Comensais da Morte. Ele correu o risco de fazer uma pausa encostando-se na parede.
Respirando fundo, Draco procurou em seus bolsos e soltou uma risada amarga ao ver o frasco que havia preparado às pressas e pretendia apaziguar o louco a quem estava servindo. No final, ele não teve a chance de persuadi-lo e ele não tinha certeza se toda a sua reserva de poções poderia satisfazer o mago negro, já que agora ele queria recuperar a aparência humana.
Draco suspirou e abriu o frasco, bebendo-o com uma careta. Voldemort exigiu um grande estoque de poções analgésicas e Draco se perguntou longamente para que uso elas se destinavam. Ele sabia que Voldemort não se importava com a saúde ou o bem-estar de seus escravos, deixando os Comensais da Morte se defenderem sozinhos. Além disso, a guerra terminou e, apesar de alguma resistência, não houve nenhuma batalha que pudesse resultar em um grande número de vítimas.
O jovem afastou todas as suas perguntas enquanto bebia o frasco, suspirando de alívio quando a dor que cortava seus músculos diminuiu o suficiente para permitir que ele aparatasse. Com todos os seus planos de sair esquecidos, ele voltou para casa, decidido a dormir até a manhã seguinte.
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Espero que estejam gostando da fic 🥰
Peço-lhes desculpas caso tenha algum erro de ortografia.
Essa fanfic maravilhosa não é minha, mas tenho a autorização d* autor* original para traduzir lilicoud ( wattpad )
Fanfic também encontrada em outras plataformas, deixarei o link onde vocês poderam encontrar as contas das redes-sócias d* autor* e onde encontrar os outros site com as fanfics d* autor*
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Bjss meus bruxinhos/as 🧙🏻🔮
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Faux semblants
FanfictionA Segunda Guerra Bruxa terminou, mas infelizmente Harry Potter falhou. O jovem foi morto para grande consternação de Draco Malfoy... Este último esperava secretamente que Potter pudesse libertar o mundo mágico da loucura de Voldemort. O mundo mágico...