Capítulo 5

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Após vários dias de intensa pesquisa, Draco não estava mais à frente. Ele havia deixado de lado a esperança de que Potter estivesse vivo para se concentrar na poção que precisava preparar, mas pegava se perguntando cada vez mais se o Grifinório realmente havia sobrevivido e o que havia acontecido com ele.

No limite dos nervos, Draco acabou saindo de seu apartamento. Precisava tomar um pouco de ar fresco, fazer uma pausa e esquecer as obrigações que pesavam sobre seus ombros.

No início, ele andava sem rumo pelo mundo trouxa, o boné cuidadosamente colocado na cabeça e as mãos nos bolsos. Quase mecanicamente, ele entrou em uma papelaria e comprou um bloco de notas e um lápis, depois foi para seu bar habitual.

Como sempre, ele ficou sentado em silêncio e enquanto esperava ser atendido começou a rabiscar, perdido em pensamentos. Draco deu um pulo quando o garçom colocou o copo com um pouco de violência na mesa, o olhar fixo nas anotações. Embora estivesse no mundo trouxa, o jovem não pôde deixar de corar ao ver que havia desenhado aproximadamente um raio semelhante à famosa cicatriz na testa de Potter.

Ele estava começando a beber sua bebida quando percebeu que não era o garçom que o havia intrigado da vez anterior e olhou ao redor da sala, com uma ponta de curiosidade. Havia poucos clientes e o jovem da última vez estava ausente. Decidindo que provavelmente era seu dia de folga, Draco finalmente mudou a página de seu bloco de notas com um leve encolher de ombros e começou a trabalhar. Enrugando o rosto, ele listou a lista de ingredientes que poderiam ser úteis na poção que iria preparar, riscando imediatamente aqueles que poderiam ter interações imprevistas com outros elementos.

Se ele pudesse preparar uma base, provavelmente poderia usar as anotações de Snape para refinar a receita... no entanto, ele ainda tinha um longo caminho a percorrer antes de chegar a esse estágio.

Quando Draco terminou de esvaziar sua caneca, ele pegou uma nova página de seu bloco para anotar os cinco ingredientes que havia selecionado, e franziu os lábios ao perceber que não lhe restava cabelo de unicórnio suficiente. Ele deveria se apressar para reabastecer seu estoque, ciente de que Voldemort não tomaria a falta de ingrediente como desculpa suficiente para sua falta de resultados.

Ele estava examinando o papel que havia retirado do bloco com a testa franzida, quando a marca em seu braço começou a queimar.

Horrorizado, Draco pulou e deixou um punhado de moedas na mesa para pagar sua bebida, antes de sair o mais rápido possível, ignorando os chamados do barman. Ele pediria desculpas na próxima vez que visitasse — se ainda estivesse vivo — e fingiria que tinha uma emergência.

Draco se escondeu em um beco e tirou o chapéu, depois transfigurou suas roupas trouxas em um manto mágico, esperando que seu feitiço durasse o suficiente para criar uma ilusão. Então, com um suspiro resignado, ele aparatou.

Quando Draco entrou na sala onde Voldemort estava sentado, notou que ele era o único chamado, mais uma vez. Percebendo que ainda segurava a folha rabiscada na mão, ele rapidamente a enfiou no bolso e se ajoelhou.

Pela primeira vez, Voldemort não o deixou esperando muito. Ele mal assentiu quando o mago negro falou.

—A poção está pronta?

Draco hesitou e Voldemort percebeu, já que a Maldição Cruciatus o derrubou quase imediatamente. Ele suprimiu um grito ao cair para frente, mas não teve reflexo para absorver o choque com as mãos e bateu violentamente com a cabeça. Porém, a dor da Maldição Cruciatus foi tão intensa que ele não sentiu, mordendo a língua até sangrar para não gritar.

Quando a maldição terminou, Draco ofegou, indiferente ao sangue que manchava seu queixo. Voldemort rosnou, furioso.

— A sua falta de resposta significa que você ainda não começou a trabalhar?

Draco balançou a cabeça o mais rápido que pôde, ignorando a tontura que o dominava.

— Não, mestre. Eu comecei. Identifiquei uma lista de itens básicos, mas preciso de um pouco de cabelo de unicórnio para começar a preparar.

Voldemort estreitou os olhos para ele e murmurou, obviamente desconfiado.

— Uma lista ?

Com as mãos trêmulas, Draco tirou do bolso a folha de papel amassada que estava rabiscando e entregou-a ao bruxo das trevas. Este examinou-o longamente, depois assentiu, sem fazer o menor comentário.

Após recuperar o pedaço de papel, Draco se ajoelhou novamente, esperando pacientemente pela permissão para sair. Seus músculos doíam e seu crânio começou a latejar, deixando-o quase tonto.

Voldemort bufou e anunciou, de uma forma que deixou claro que estava lhe fazendo um grande favor.

— Amycus irá lhe fornecer cabelo de unicórnio. Ele é o responsável por Hogwarts e se encarregará de tirá-la dos unicórnios.

Draco assentiu, mascarando seu desgosto o melhor que pôde com a ideia de unicórnios serem profanados pelo próprio Carrow.

— Obrigado professor.

Voldemort acenou com o braço em aborrecimento.

— Você pode ir. Não se atreva a me deixar esperando, Comensal da Morte, ou a minha raiva será terrível.

Draco inclinou a cabeça e respondeu imediatamente, completamente sincero.

— Passei todo o meu tempo trabalhando nesta poção, mestre. Preciso ter certeza de que isso não causará nenhum efeito adverso em você, então demorei um pouco para encontrar algo com que trabalhar.

Voldemort olhou para ele pensativamente por alguns momentos, depois assentiu.

— Tudo bem. Então vamos ver do que você é capaz. Quero um relatório do seu progresso toda semana e espero que você tenha rapidamente resultados promissores para me apresentar.

Draco não pôde deixar de estremecer com a ameaça implícita nas palavras do mago das trevas e assentiu rapidamente, piorando a dor de cabeça e a tontura que sentia. Quando finalmente conseguiu se afastar, teve que suprimir um soluço de alívio e foi necessária toda a sua concentração para conseguir andar normalmente, para ignorar os espasmos musculares e a dor residual da Maldição Cruciatus.

Ele aparatou em sua casa e decidiu que era um milagre não ter tido estrunchamento no processo, considerando sua condição. Sem se preocupar com a bagunça, ele se despiu a caminho do banheiro, sem nem perceber que suas roupas voltaram ao aspecto original ao cair no chão, e correu para o chuveiro sem ousar se olhar no espelho, antes de ligar a água quente na torneira ao máximo. 

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Peço-lhes desculpas caso tenha algum erro de ortografia.

Essa fanfic maravilhosa não é minha, mas tenho a autorização d* autor* original para traduzir lilicoud ( wattpad ) 

Fanfic também encontrada em outras plataformas, deixarei o link onde vocês poderam encontrar as contas das redes-sócias d* autor* e onde encontrar os outros site com as fanfics d* autor*

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Próximo capítulo será postado na segunda-feira, tenham um ótimo fim de semana 🥰
Bjss meus bruxinhos/as 🧙🏻​🔮​

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